ASSEMBLEIA DE DEUS BRASIL

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domingo, 18 de setembro de 2016

ENCERRAMENTO ESCOLA BIBLICA DOMINICAL


Aula 13 - A EVANGELIZAÇÃO INTEGRAL NESTA ÚLTIMA HORA

3º Trimestre/2016


Texto Base: Lucas 24.44- 53



"E eles, tendo partido, pregaram por todas as partes, cooperando com eles o Senhor e confirmando a palavra com os sinais que se seguiram. Amém!" (Mc 16.20).

INTRODUÇÃO

Com a graça de Deus chegamos ao final de mais um trimestre letivo. Esperamos que as Aulas ministradas tenham causado um despertamento singular, contribuindo para que todos nós cumpramos a missão primordial que Jesus nos comissionou: a evangelização integral.

A realização da evangelização integral é uma ordem concreta e específica de Jesus, expressa nos textos da “Grande Comissão” (Mateus 28:19,20). Neste texto, notamos que Jesus nos envia em seu poder e autoridade para irmos a todas as nações e façamos discípulos (seguidores de Cristo), batizando-os em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Porém, aqui não termina o imperativo de Cristo; Ele continua dizendo: “... ensinando-os a guardar todas as coisas que tenho ordenado...”. Nós geralmente nos esquecemos desta última parte. Colocamos todo o esforço e ênfase na “salvação de almas” (e damos graças a Deus por estes esforços), porém devemos ter sempre presente que a Grande Comissão também inclui o ensinar todas as coisas que Jesus determinou.

Proclamemos o Evangelho, batizemos e façamos discípulos, porém ensinemos o povo de Deus a também viver uma vida santa, pura, que demonstre preocupação com o estabelecimento de justiça em nossa sociedade, com uma relação mais justa entre os homens e com a situação dos que sofrem perseguição, fome, opressão social e espiritual. Apresentemos o Evangelho de Cristo a todo o contexto humano. O Evangelho deve ser pregado aos pobres, aos ricos, aos setores médios, às nossas autoridades, enfim, a todos os segmentos da sociedade.

É bom entender que uma igreja só se envolverá de maneira séria e responsável com a Grande Comissão, quando estiver sob forte poder e unção do Espírito Santo. No princípio da Igreja, a evangelização atingiu o ápice quando experimentou um efusivo derramamento do Espírito Santo (At 2:1-4). Essa unção extraordinária modificou a estrutura espiritual de um grupo de homens assustados em verdadeiras brasas ardentes, e os levou a testemunharem do amor de Deus, mesmo com o sacrifício de suas próprias vidas. Se levarmos em conta o modelo autenticamente pentecostal de evangelização, cumpriremos, de forma cabal, o programa divino para alcançar tanto o nosso bairro, nossa cidade, nosso país, quanto as nações mais distantes. Mas, para isso, temos de nos voltar ao método de evangelização simples, porém eficaz, dos primeiros evangelistas e missionários.

I.  O QUE É A EVANGELIZAÇÃO INTEGRAL

A Igreja de Cristo é a Agência evan­gelizadora por excelência. Quando ela evangeliza, cum­pre integralmente a sua missão, pois integralmente promove o ser humano, o qual é constituído de corpo, alma e espírito (1Ts 5:23). A evangelização integral alcança todos os aspectos que direcionam o ser humano ao padrão que Deus sempre quis para ele: paz, justiça, alegria, felicidade, equilíbrio, vida eterna. Se a Igreja descumprir a sua tarefa básica, certamente, perderá a sua condição de Corpo de Cristo, reduzindo-se a uma mera organização humana.

1. Evangelização integral. A evangelização integral consiste na proclamação do Evangelho todo, para o homem todo, para todos os homens, e em todos os âmbitos: local, nacional e transcultural. O Evangelho é o agente transformador do caráter do ser humano, por isso Deus comissionou à Igreja fazer a evangelização a todos os povos e etnias(Mc 16:15), no afã de possibilitar a restauração do ser humano ao status quo da criação: imagem e semelhança de Deus(quanto ao caráter), dignidade, plena felicidade, comunhão com Deus e vida eterna.

Jesus direcionou os olhos dos discípulos para a ação missionária e deu-lhes um esboço geral da obra que deveriam fazer: “...e ser-me--eis testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judeia e Samaria e até aos confins da terra” (Atos 1:8). Jesus não ordenou aos discípulos evangelizar primeiro Jerusa­lém, depois a Judeia, em seguida Samaria e, finalmente, os confins da terra. Não. O seu plano-diretor era bem claro e objetivo: os discípulos deveriam ser testemunhas não apenas no território de Israel, mas até aos confins da terra; não apenas aos judeus, mas também aos gentios. O reino de Deus abrange todos os povos, de todos os lugares, de todas as línguas e culturas. O reino de Deus alcança a todos, em todos os lugares, de todos os tempos, que foram lavados no sangue do Cordeiro (Ap 5:9). Os discípulos eram testemunhas que haviam presenciado um fato glorioso, a ressurreição de Cristo, e essa notícia da exaltação de Jesus deveria ser anunciada até aos confins da Terra, ainda que, para isso, a morte fosse o preço a ser pago.

Todas as nossas ações, todo o nosso cotidiano deve ser criado e executado diante da perspectiva de que somos testemunhas de Cristo Jesus (At 1:8) e que devemos, portanto, testificar do Senhor, mostrar ao mundo, através da mensagem da Palavra de Deus e de atitudes, que Deus é nosso Pai, que somos filhos de Deus e, por meio deste comportamento, levar os homens a glorificar o nosso Pai que está nos céus (Mt 5:16).

2. Avivamento e evangelização. Onde começa a vida cristã? No Calvário. Mas, onde tem início a semeadura eficiente? No Cenáculo. Nenhum plano evangelístico, ainda que elaborado, terá êxito a menos que retornemos ao Cenáculo. Ou seja, sem o revestimento de poder do alto, não teremos força suficiente para anunciar o evangelho de Cristo. Naquele recanto humilde de Jerusalém - o Cenáculo -, apóstolos e discípulos aguardaram, em oração, o derramamento do Espírito Santo. Até mesmo Maria, a mãe do Senhor, ali estava à espera do Consolador que, na plenitude do Pentecostes, haveria de descer e revestir a todos com o poder do alto. A partir daquele instante, a Igreja foi chamada para fora, a fim de ganhar o mundo no poder do Espírito Santo.

Chamada para fora do Cenáculo, a igreja evangelizou Jerusalém. Chamada para fora de Jerusalém, a Igreja inundou a Judeia com a Palavra de Deus. Chamada para fora da Judeia, a Igreja chegou a Samaria, a Antioquia e a Roma. De cidade em cidade, a Igreja alcançou os confins da Terra.

No Pentecostes, todos somos chamados para fora, a fim de proclamar o evangelho de Cristo. Por essa razão tão santa, anunciemos que Jesus salva, batiza com o Espírito Santo, cura as enfermidades do corpo, da alma e do espírito, opera sinais e maravilhas e, em breve, há de voltar para levar-nos à Jerusalém Celeste.

No poder do Espírito, falaremos de Cristo sem impedimento algum. Infelizmente, há igrejas pentecostais, quer entre as neos, quer entre as históricas, que, apesar do título que ostentam, já não têm o Espírito Santo. São místicas, mas não espirituais; sincréticas, mas não bíblicas; em vez de evangelizar, fidelizam clientes que se escravizam a um cristianismo divorciado de Cristo e a um pentecostes sem o Espírito Santo. Urge um avivamento como aquele do Cenáculo.

II. DISCIPULADO INTEGRAL

O discipulado, conhecido como a missão educadora da Igreja, é, ao lado da evangelização, um dos pilares fundamentais da Igreja. São duas tarefas indissociáveis, impostas por ordem de nosso Senhor Jesus e que está exarado na passagem de Mateus 28:19,20.

Quando alguém se converte a Cristo e nasce de novo é considerado um recém-nascido, é uma pessoa que tem pouco ou nenhum conhecimento a respeito das coisas de Deus, a respeito da vida com o Senhor Jesus. Embora tenha recebido uma nova natureza, embora seu espírito tenha se ligado novamente a Deus, ante a remoção dos pecados, é um ser humano e, como tal, precisa ser ensinado a respeito do Senhor, ensino este que deve ser protagonizado pela Igreja, que é a quem o Senhor incumbiu esta tarefa sobre a face da Terra. Jesus é quem salva, mas é a Igreja que deve “fazer discípulos”, que deve “ensinar”. O discipulado não deve ser parcial, mas integral; este, compreende as seguintes ações: doutrinação, integração, treinamento e identificação. “A salvação é de graça, mas o discipulado custa tudo o que temos" (Billy Graham).

1. Doutrinação. A doutrinação consiste no ensino das verdades centrais da fé cristã, tanto aos novos convertidos quanto aos que são antigos na fé. Isto é uma atividade contínua da Igreja, a fim de que o cristão possa pensar, agir e viver de acordo com o mandamento de Cristo; ou melhor, para que o cristão adquira firmeza na fé, maturidade cristã. A doutrinação deve ser iniciada no ato da conversão, tendo continuidade durante toda a vida cristã (At 2:41-43).

Paulo jamais se mostrou remisso à doutrinação da igreja de Cristo. Em Trôade, ministrou aos irmãos até altas horas: “No primeiro dia da semana, ajuntando-se os discípulos para partir o pão, Paulo, que havia de partir no dia seguinte, falava com eles e alargou a prática até meia-noite”(At 20:7-8). Nem o incidente com o jovem Êutico lhe arrefeceu o ardor do ensino da Palavra de Deus: “E, subindo, e partindo o pão, e comendo, e ainda lhes falou largamente até à alvorada; e, assim partiu”(At 20:11). Este é o desvelo que o líder obreiro do rebanho do Senhor deve ter.

2. Integração. Integrar significa juntar, incorporar, tornar parte. Só a doutrinação não é suficiente; é indispensável que aja facilitação para que o ente cristão seja integrado na comunidade, na igreja local. Sem a integração social do novo crente, sua doutrinação torna-se ineficaz. O novo convertido precisa sentir que é parte da família de Deus. Há igrejas onde tornar-se membro significa apenas adicionar o nome no rol de congregados, sem nenhum requisito ou expectativa. Seguir a Cristo, porém, inclui integrar, não apenas acreditar. É bom saber que a igreja é um corpo, não um edifício; um organismo, não uma organização.

Segundo estatísticas divulgadas, de cada cem pessoas que aceitam a Cristo, apenas dez descem às águas batismais, e dessas, apenas três permanecem após o primeiro ano do batismo. Uma das razões principais para isso é a falta de integração do novo convertido ao seio da igreja. O amor que integra não compreende apenas palavras, mas ações efetivas - “Meus filhinhos, não amemos de palavra, nem de língua, mas por obra e em verdade”(1João 3:18). Aqui, o apóstolo João adverte que, se os cristãos não se amarem mutuamente, jamais se sentirão parte do corpo de Cristo.

Portanto, quando falamos em integrar o novo convertido, estamos falando simplesmente de fazê-lo parte do corpo visível do Senhor - a igreja local -, promovendo-o à integração espiritual, doutrinária, social emocional e cultural, bem como envolvendo-o no serviço cristão. A sua união ao corpo místico de Cristo é obra do Espírito Santo; entretanto, cabe a nós a missão de levá-lo pela mão em seus primeiros passos na fé, e de ajudá-lo a ocupar o seu lugar na comunidade dos salvos.

3. Treinamento. Ainda na fase da doutrinação e da integração, o novo convertido deve ser treinado a fazer novos discípulos. A igreja de Antioquia se preocupava com esta fase da evangelização integral. Lá, o ministério era completo. A igreja estudava a Palavra de Deus (Atos 13:1), buscava a face de Deus em oração (Atos 13:3) e obedecia a Deus (Atos 13:3). Dentre os seus mem­bros, saíram os primeiros missionários transculturais do Cristianismo. Enquan­to a igreja e os seus obreiros oravam, jejuavam e serviam ao Senhor, disse o Espírito Santo: "Apartai-me a Barnabé e a Saulo para a obra a que os tenho chamado" (At 13:2). Vê-se que o Espirito Santo não age à parte da igreja, mas em sintonia com ela. É a igreja que jejua e ora; é a igreja que ensina, que treina; é a igreja que impõe as mãos e despede. Todavia, é o Espírito Santo quem envia os missionários. Assim, os missionários exercem seu ministério pelo Espirito Santo. Foi o próprio Espirito Santo quem enviou os missionários para o campo de trabalho (Atos 13:3,4). A partir daquele momento, a Igreja de Cristo, irradiando-se a partir do Oriente Médio, universalizou-se até chegar a nós.

4. Identificação. Uma vez que o crente recebe a justificação por meio de Jesus Cristo, deve andar de modo digno da vocação a que foi chamado. Isso será demonstrado através de sua conduta, o seu viver diário. A conduta do crente deve refletir a de uma pessoa transformada, que foi lapidada pelo poder do Espírito Santo. Mas essa identificação cristã não se dá de imediato, é preciso um discipulado radical contínuo para se chegar à maturidade cristã.

A igreja em Antioquia era uma igreja que havia dado lugar prioritário ao ensino exaustivo da Palavra de Deus, à doutrina (At 11:22-26). Barnabé, ao verificar que havia conversão autêntica de muitos irmãos naquela igreja, tratou de buscar a Paulo e, durante todo um ano, houve o ensino da Palavra àqueles crentes. O resultado daquele ano de ensino não poderia ser melhor: os convertidos passaram a ter uma vida muito semelhante à de Jesus; passaram a ser diferentes dos demais moradores de Antioquia; passaram a ser provas vivas da transformação que o Evangelho produz nas pessoas. Após terem sido ensinados na Palavra e terem mudado de vida, os moradores de Antioquia passaram a notar a diferença e, cumprindo o que disse Jesus a respeito do efeito das boas obras dos Seus discípulos, passaram a chamar os discípulos de “cristãos”, isto é, “parecidos com Cristo”, “semelhantes a Cristo” (At 11:26). Eram os homens glorificando ao Pai que está nos céus (Mt 5:16); era o resultado do ensino da Palavra.

Hoje, há uma grande necessidade de mantermos uma conduta exemplar. Infelizmente, o modo de comportamento de milhões foi deformado pelo mundo; ao invés de evangelizar, desevangeliza. Quem nos olha como evangélicos, já não nos vê como cristãos. É hora de resgatarmos nossa identidade como servos de Deus para que, à semelhança dos crentes antioquinos, sejamos conhecidos como autênticos discípulos de Cristo.

Concordo com o Pr. Claudionor de Andrade, quando diz que “houve um tempo em que nós, pentecostais, recebíamos os mais abençoados codinomes. Em São Paulo, éramos cognominados de ‘crentes’, pois fazíamos questão de alardear a santíssima fé no poder do evangelho. Já no Rio de Janeiro, apelidavam-nos de ‘bíblias’, porque não escondíamos nosso apego à Palavra de Deus. Noutros lugares, as alcunhas oscilavam entre o elogio e a calúnia. Os católicos mais romanos chamavam-nos de ‘quebra-santos’, porquanto ensinávamos que há um só mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo, o Homem Perfeito.

“O tempo passou. As coisas mudaram. Hoje, somos conhecidos por um agnome elegante e chique: ‘evangélicos’. Já não nos tratam de crentes, nem de bíblias, ou de quebra-santos. E, como evangélicos, fomos associados à prosperidade, ao luxo e à luxúria. Se continuarmos assim, logo perderemos também o nome de cristãos.

“Ontem, o mundo nos odiava, porque éramos biblicamente corretos. Hoje, o seu príncipe nos bajula, por estarmos entre os, política e socialmente, conformados. Ganhamos influência junto aos palácios e câmaras, mas já não temos ousadia junto ao trono daAquele cuja soberania não deve ser ignorada.

“Ontem, o joio entre o trigo. Hoje, o trigo entre o joio. E, pouco a pouco, vai a erva daninha sufocando a boa semente.

“No início, a igreja era evangelizadora. Agora, meramente evangélica. Se no passado fazíamos história, no presente, nem históricos somos. Já não temos perspectiva quanto ao futuro. Perdemo-nos no tempo, e já não temos noção de eternidade.

“Sim, há exceções e não são poucas. No entanto, fizemo-nos conhecidos não pelas exceções, mas pela regra geral. Se as exceções fazem o cristianismo invisível e militante, a regra geral dá corpo e forma à cristandade visível e já bem acomodada a este século”. (Pr. Claudionor de Andrade. O desafio da evangelização, pp.151 a 157).

III. A IGREJA DA EVANGELIZAÇÃO INTEGRAL

A igreja da evangelização integral é caracterizada por três ações básicas na divulgação do Evangelho de Cristo: promoção, comissão e manutenção.

1. Promoção. À semelhança de Antioquia, a igreja da evangelização integral não vive de si e para si. Antes, promove a proclamação de Cristo em todos os âmbitos (At 13:1-3). Para ela, não existe maior evento do que evangelizar e fazer missões. Cabe à igreja, portanto, na plena responsabilidade que lhe foi dada por Jesus Cristo, cuidar do ser humano em sua forma integral (1Co 6:18-20), promovendo a sua reconciliação com o Criador e proporcionando-lhe as condições necessárias para que ele sinta a plena comunhão da família de Deus.

Para cumprir a evangelização integral não é necessário nenhum método inovador, nem de fórmulas extravagantes, precisamos, sim, que retornemos ao Cenáculo para sermos revestidos de poder, e, assim, cumprir plenamente o cronograma divino do anúncio universal do Evangelho. O poder que a igreja recebe não é político, intelectual ou ministerial, mas um poder espiritual, pessoal e moral. A fonte desse poder é o Espirito Santo, e esse poder é dado para que a Igreja seja testemunha de Cristo até aos confins da Terra. Disse Jesus: “Mas recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós; e ser-me--eis testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judeia e Samaria e até aos confins da terra" (At 1:8). Jesus está dizendo aos discípulos que não lhes bastaria o poder do intelecto, da vontade ou da eloquência humana. Era preciso que o Espírito Santo agisse neles, dentro deles e através deles. Que o Senhor avive as igrejas locais, impulsionando-as aos confins da Terra.

2. Comissão. Na evangelização integral, a igreja tem de agir como a agência evangelizadora e missionária por excelência. Nenhuma organiza­ção pode substituí-la nessa tarefa. Jesus deu a ordem: “ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-os a observar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos” (Mt 28:19,20).

O homem não tem condições de salvar-se a si próprio e, mais, o deus deste século lhe cegou o entendimento para que não tenha condições de ver a luz do evangelho da glória de Cristo (2Co 4:4). Portanto, é tarefa da Igreja ir ao encontro de judeus e de gentios para lhes anunciar as boas-novas da salvação.

A ordem do Senhor é para que se pregue a toda criatura, mesmo aquela que, pela sua conduta, pela sua forma de proceder, é alvo de todo ódio, de toda repugnância, de todo o desprezo da sociedade e do mundo (vide Mc 5:1-20). Observe o exemplo de Jesus - Ele ia ao encontro dos publicanos e das meretrizes, considerados a escória da sociedade de seu tempo. E nós, o que estamos a fazer?

3. Manutenção. É dever de cada crente incentivar missões, orar pelos missionários e pelos que estão sendo enviados, e contribuir financeiramente para o sustento dos missionários. Quando olhamos para o princípio da Igreja, notamos nela o empenho dos crentes para que houvesse a manutenção e o sustento daqueles que tinham se dedicado à obra de Deus (At.2:44-46; 6:1-3; Fp.2:25; 4:18; 1Tm.5:18), como também o cuidado para que os pobres não passassem por necessidades que comprometessem a sua sobrevivência digna (2Co 8,9).

Não há qualquer fundamento para que se diga, como alguns, na atualidade, que não há qualquer necessidade de uma contribuição financeira na Igreja. Os textos bíblicos mostram, claramente, que devemos contribuir para a manutenção e sustento da obra de Deus e que esta obra envolve despesas e a necessidade de sustento daqueles que se dedicam integralmente a ela. Como se não bastasse isso, não podemos ter, na Igreja, qualquer necessitado, o que impõe a contribuição para que seja possível a ação social, não só entre os crentes, mas também em relação aos incrédulos, pois a ação social é elemento integrante da evangelização integral.

Em nossos dias, dias de “amor do dinheiro” (1Tm 6:10), vemos dois fenômenos totalmente inadmissíveis para o povo de Deus:

- Primeiro, a “mercantilização da fé”, em que, aproveitando-se dos mandamentos bíblicos referentes à contribuição financeira, muitos estão a tornar as igrejas locais em verdadeiras “empresas religiosas”, onde há uma sede de arrecadação que tem em vista tão somente a formação de impérios empresariais travestidos de organizações ou empreendimentos eclesiásticos e a nutrição de uma vida nababesca de poucos, que não estão nem um pouco preocupados com a obra de Deus, que se fazem cercar de um sem-número de “parasitas”, aproveitadores das “migalhas” que caem das mesas destes “mercenários”.

- Segundo, o “consumismo desenfreado”, que tem tomado conta dos corações de muitos crentes que direcionam os seus recursos para a satisfação de seus desejos e prazeres incontidos, com o desvio dos recursos que deveriam ser destinados à obra de Deus, e que servem apenas para a satisfação dos interesses materiais e mundanos dos que cristãos se dizem ser, e que fazem com que muito do que poderia ser utilizado na obra de Deus seja destinado para “mercenários” e para pessoas totalmente descompromissadas com a evangelização.

Como bem diz o Pr. Claudionor de Andrade, “evangelizar não é expandir impérios, ainda que estes exibam títulos eclesiásticos e igrejeiros. O evangelizar autêntico e pentecostal é mais semeadura que colheita, é mais chorar que rir, é mais pregar que teologizar. Que exemplo o semeador da parábola nos traz! O Mestre disse que ele saiu, mas calou-se quanto ao seu retorno, pois a evangelização integral tem a ver com o sair, e não com o retornar”.

“No auge da pros­peridade econômica do Brasil, o que fizemos em prol da evangelização mundial? Sabemos que algumas igrejas aproveitaram aquele momento para chegar aos confins da Terra. Outras, porém, viveram apenas para si, como se aquele instante não tivesse fim”.

Quando há compromisso com a Palavra de Deus, também comprometemos o nosso patrimônio com as “coisas de cima”, com aquilo que contribuirá para a salvação das almas e a glorificação do nome do Senhor. Pensemos nisto!

CONCLUSÃO

“Para que existe no mundo a Igreja Cristã? Ela não é um barco, em que podem flutuar os favoritos, felizes, e sem cuidado algum, por sobre o mar da vida até chegar à praia áurea. Ela não é uma companhia de seguros, à qual se podem pagar prêmios! Ela não é um clube social, cujos membros se reúnem ocasionalmente para gozar a companhia uns dos outros, se divertirem e trocarem ideias! Não. A Igreja de Cristo é uma instituição ganhadora de almas, a proclamar, a tempo e fora de tempo, que Jesus Cristo salva a todos os homens que O aceitarem...”(Orlando Boyer - Esforça-te para ganhar almas).

Foi um prazer estar com vocês neste trimestre letivo. Espero que as Aulas ministradas tenham despertado em cada coração o desejo de ganhar almas para o Reino de Deus. Que Deus nos conceda ânimo, saúde física e mental, e inspiração para enfrentarmos o novo desafio que está por vir. Deus os abençoe sobremaneira!

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Luciano de Paula Lourenço

Disponível no Blog: http://luloure.blogspot.com

Referências Bibliográficas:

Bíblia de Estudo Pentecostal.

Bíblia de estudo – Aplicação Pessoal.

Comentário Bíblico popular (Novo Testamento) - William Macdonald.

Comentário do Novo Testamento – Aplicação Pessoal. CPAD.

Revista Ensinador Cristão – nº 67. CPAD.

Ev. Dr. Caramuru Afonso Francisco. Evangelização – a Missão máxima da Igreja. PortalEBD_2007.

O desafio da Evangelização. Pr. Claudionor, de Andrade. CPAD.

Orlando Boyer. Esforça-te para ganhar almas. Ed. Vida.

FONTE: www.luloure.blogspot.com

quinta-feira, 15 de setembro de 2016

CASO BIANCA TOLEDO COM FELIPE HEIDERICH


Felipe Heiderich rebate Bianca Toledo e diz que “não existe laudo” que autorizasse sua internação


Felipe Heiderich, acusado pela ex-mulher de abusar sexualmente do enteado, de tentar o suicídio e de ser homossexual, respondeu as novas acusações de Bianca Toledo, de que teria feito denunciação caluniosa quando afirmou que foi mantido em cárcere privado.

Através de seu advogado, Leandro Meuser, as novas acusações foram rebatidas: “A Bianca não é médica, mas não também não existe nenhum laudo médico que indique o Felipe para a clínica psiquiátrica. Em momento algum ele foi atendido no hospital Lourenço Jorge, ele foi atendido na UPA da Barra da Tijuca”, disse o representante ao site Ego.


Essa declaração se refere a um trecho da nova acusação de Bianca a Felipe, quando a cantora afirmou que ela assinou a ordem de internação na clínica psiquiátrica após uma avaliação prévia feita no hospital Lourenço Jorge.

Meuser reafirmou que seu cliente foi mantido na clínica contra sua vontade, o que configuraria crime: “Felipe entende que ficou em cárcere privado porque não era vontade dele e até hoje não tem nenhum laudo de encaminhamento para a clínica. Nenhum médico indicou isso. Não existe depoimento de bombeiros. E entendo o fato dos funcionários da clínica tentarem se defender porque a clínica é uma das investigadas”, afirmou, rebatendo as afirmações da cantora sobre o Corpo de Bombeiros.

Sobre a acusação feita por Bianca de que Felipe Heiderich teria cometido denunciação caluniosa por dizer que foi mantido na clínica contra sua vontade, o advogado foi taxativo: “O Felipe não cometeu crime algum, até porque quem fez esse registro fui eu com procuração dele. Apenas relatei [o cárcere privado] para que fosse investigado se houve ou não crime. Fiz uma denúncia porque entendi que havia uma situação de cárcere privado, denunciei o fato e o delegado está investigando se há crime ou não”, pontuou, antes de concluir: “O Felipe aguarda o procedimento das investigações e ainda não deu o depoimento dele”.

FONTE: https://noticias.gospelmais.com.br/felipe-heiderich-nao-existe-laudo-autorizasse-internacao-85616.html

segunda-feira, 12 de setembro de 2016

ESCLOA BÍBLICA DOMINICAL 3 TRIMESTRE PENULTIMA AULA



Aula 12 - A EVANGELIZAÇÃO REAL NA ERA DIGITAL

3º Trimestre/2016

Texto Base: Tito 2:11-15

"Então, o Senhor me respondeu e disse: Escreve a visão e torna-a bem legível sobre tábuas, para que a possa ler o que correndo passa" (Hc 2:2).

 INTRODUÇÃO

O século 21 é o século do imediatismo. Somos a geração fast: da comunicação virtual, da internet banda larga, da celeridade, do nanosegundo... A velocidade com que as informações se multiplicam e se propagam é espantosa. Alcançamos o mundo na ponta de nossos dedos, e o colocamos dentro da nossa sala de estar com um clik. Em tempo real, assistimos, concomitantemente, ao que se passa no planeta Terra, essa pequena aldeia global. Isso não deve surpreender-nos porque todo este avanço já estava previsto na Bíblia Sagrada (Gn 11:6).

A Igreja precisa estar preparada para se enquadrar neste ritmo fast da informação. Cada dia, precisamos nos aperfeiçoar e nos atualizar. O mundo virtual se modifica com uma velocidade impressionante. Há bem poucos anos, o suprassumo das comunicações (ex.: telex, facsimile) tornou-se praticamente inútil. O e-mail, como sabemos, nasceu com os dias contados; sem cerimônia, ele desbancou as tradicionais cartas. Mas, logo em seguida, foi pisoteado pelo Messenger e sepultado pelo WhatsApp; e a pá de cal mais uma vez não vai demorar a chegar. E a igreja precisa acompanhar bem de perto essa veloz mudança no mundo das comunicações sociais e usar isso para pregar o Evangelho. No lugar da imbecilidade das redes sociais, a Igreja deve levar uma mensagem e uma atitude diferenciadas. Paz, mansidão, equilíbrio e domínio próprio são características que precisam ser notadas no uso dessa riqueza de mídia que a Igreja tem à sua disposição. Urge mostrarmos para esta geração digital que "Jesus Cristo é o mesmo ontem, e hoje, e eternamente" (Hb 13:8).

No primeiro século da Igreja, os apóstolos comunicavam o Evangelho com o que havia de mais moderno e eficiente em sua época. Certamente, se hoje eles estivessem entre nós não se furtariam em usar as tecnologias digitais para propagar a mensagem do Reino de Deus. Por isso, usar a mídia digital com destreza e criatividade é lançar mão de um instrumento legitimo que portará a mensagem do Evangelho. Avante, Igreja! Anunciemos as pessoas do mundo inteiro: “Arrependei-vos e crede no evangelho” (Mc 1:15).

I. PECADORES DIGITAIS NAS MÃOS DE UM DEUS REAL

É evidente que, com a multiplicação da ciência da comunicação, o pecado está mais contaminante e exógeno. Há pelo menos 18 anos ouvíamos dizer que, ao se desligar o televisor, uma janela se fechava ao pecado. Agora, carregamos o televisor no nosso bolso e na palma da nossa mão. Nossos celulares são, potencialmente, dispositivos pessoais e intransferíveis às tentações e concupiscências. Isso mostra que, na era da informação, há uma superexposição ao pecado. O Senhor Jesus alertou-nos que, por se multiplicar a iniquidade, o amor de muitos viria a esfriar-se (cf. Mt 24:12).

Apesar de o pecado estar virulento na era digital, os computadores, smartphones e tablets têm facilitado sobremaneira a divulgação da mensagem do Evangelho de Jesus Cristo. Inúmeras portas têm sido abertas e a Palavra de Deus tem chegado a lugares que dantes seria humanamente impossível penetrar. A igreja deve abraçar com todo ousadia essa oportunidade e não satanizá-la. Estamos na era digital, mas o pecado da humanidade é real e somente o Evangelho de Cristo pode oferecer esperança à hu­manidade.

1. Pecados em série. Muitas pessoas passam a vida inteira chorando por uma decisão errada feita apenas num instante. Pagam um alto preço por uma desobediência. Choram amargamente por tomar uma direção errada na vida.

Davi estava no auge do seu reinado, quando tragicamente caiu em pecado, vencido pela sua própria paixão desenfreada. Conforme 2Samuel 11:3,4, desocupado, ao observar do terraço do palácio uma linda mulher que se banhava, Davi deixou-se dominar pela cobiça. Deveria ter abandonado o terraço e fugido da tentação. Mas, ao contrário, desejou-a, mandou que a trouxessem e adulterou com ela. Como se isso não bastasse, Bate-Seba ainda ficou grávida. Os resultados foram devastadores. Nesse tempo, ele deixou de ser um homem segundo o coração de Deus. Davi, deste modo, caiu da graça (cf. Gl 5:4). O seu adultério levou ins­tabilidade a todo o Israel.

Muitos filmes e novelas de hoje procuram colocar o pecado de Davi no contexto do romantismo e "amor" inegável; procuram fazer do pecado alguma coisa bonita e agradável. Mas, as Escrituras não oferecem nenhuma cena romântica para justificar o erro. Simplesmente diz: "Então, enviou Davi mensageiros que a trouxessem; ela veio, e ele se deitou com ela" (2Sm 11:4). Neste momento, Davi deveria ter sentido remorso profundo e tristeza sincera. Mas, ele não se virou para Deus naquela hora. Achou que o pecado poderia ser escondido, e as consequências evitadas. Foi o começo de uma série de pecados que parecem tão estranhos na vida de um homem escolhido por Deus. As tentativas foram cada vez mais pecaminosas. Isso sempre acontece com quem tenta esconder seu pecado (Sl 42:7; Nm 32:23).

Depois de ter consumado o seu ato pecaminoso, Davi, de várias maneiras e durante um bom tempo, tentou ocultá-lo (2Sm 11:27). Ele poderia ter interrompido e abandonado o pecado a qualquer momento. Mas quando alguém começa a transgredir é difícil parar (Tg 1:14,15).

a) ao adultério, Davi acrescentou mentiras. Quando soube que Bate-Seba estava grávida, ele chamou Urias para dar notícias da guerra, e em seguida ofereceu-lhe um presente e deu-lhe licença para ir a sua própria casa (2Sm 11:6-8). Tudo era mentira, engano, logro. Ele achou possível esconder seu pecado, enganando o próprio marido traído. Mas Urias não facilitou o plano de Davi. Por ser um soldado dedicado, ele recusou tirar férias quando os colegas estavam na batalha.

b) não dando certo a tática anterior, ele parte para agressão moral de Urias: embriaga o seu fiel soldado. Davi ofereceu um banquete a Urias com vinho embriagante (2Sm 11:12,13). Foi uma armadilha enganadora para que ele fosse a sua casa para se deitar com Bate-Seba e encontrar justificativa para Davi encobrir o seu pecado. Porém, o final do versículo 13 diz que Urias “não desceu à sua casa”.

c) frustrado, Davi avançou das mentiras ao homicídio (2Sm 11:14,15). A fim de encobrir o seu pecado, Davi escreveu uma carta a Joabe, na qual arquitetava a morte de Urias, marido de Bate-Seba. O próprio Urias levou a carta que selou a morte dele e de mais alguns soldados. Um assassinato covarde de um leal soldado, planejado pelo rei da nação escolhida (2Sm 11:16,17). Neste plano sinistro, o rei envolveu mais uma pessoa, Joabe, que era o comandante do exército e serviu de cúmplice sem saber os motivos de Davi.

As tentativas de esconder o pecado geralmente levam o pecador ao fundo do poço. Davi, cujo coração costumava ser dedicado ao Senhor, se entregou ao pecado e à vontade do diabo. Quando o crente procede dessa forma, o julgamento divino o aguarda, pois "Deus não se deixa escarnecer; porque tudo o que o homem semear, isso também ceifará" (Gl 6:7).

O rei Davi mais do que ninguém sentiu na pele e na alma a tragédia desse pecado. A sua vida como homem comum jamais foi a mesma depois desse impensado ato. Deus, o Senhor de toda a justiça, reprovou o ato de Davi (2Sm 11:27), perdoou-o por se arrepender profundamente do ato impensado e precipitado, mas não o livrou das inevitáveis e trágicas consequências. Isto é uma advertência a todos os crentes desta era digital: “Aquele, pois, que cuida estar em pé, olhe que não caia” (1Co 10:12).

Hoje, discretamente, inúmeras pessoas, inclusive muitos que se dizem cristãos, acessam sites imorais e são até viciados na pornografia e sexo virtual, cujo conteúdo serve para alimentar as concupiscências mais grosseiras, baixas e abomináveis. Aquele que tem o Espírito Santo resiste a tudo isso, pois uma das virtudes do Espírito é o autocontrole/temperança (Gl 5:22). O erro não está no uso do tablet, do smartphone, do computador..., o erro está no acessar endereços e páginas virtuais imorais. É necessário temor e tremor a Deus, pois o pecado jaz à porta (Gn 4:7).

Cuidado com o pecado, pois ele pode levar você mais longe do que você quer ir. O pecado promete prazer e paga com o desgosto; levanta a bandeira da vida, mas seu salário é a morte; tem um aroma sedutor, mas ao fim cheira a enxofre. Só os loucos zombam do pecado.

2. Rede de intrigas. A influência das redes sociais na vida das pessoas é um fato incontestável. As redes sociais têm influenciado sobremaneira a vida de milhões de pessoas em todo o mundo. Podemos ver jovens se organizando politicamente em prol do bem comum, repassando informações úteis e aderindo a campanhas de solidariedade, como se vê rotineiramente. Vem se evidenciando a quantidade crescente de pessoas que utilizam as redes sociais como fonte de network (rede de contatos ou uma conexão com algo ou com alguém), resgatam contatos pessoais e profissionais, atualizam e disponibilizam os currículos, recomendam e são recomendados, divulgam trabalhos e parcerias... Em quase todas as coisas, podemos observar o lado positivo, porém, há o lado ruim, o lado negativo em muito maior incidência, infelizmente.

Com o surgimento das redes sociais, muitos cristãos diziam que os seus perfis tinham a finalidade de falar de Jesus. Mas não foi exatamente isso o que aconteceu. A maioria dos crentes está transferindo para o virtual os seus maus hábitos reais. Não há evangelização, não há pregação e não há testemunhos. Há, sim, muitas brigas, contendas e testemunhos duvidosos. Se por um lado, as redes sociais facilitam encontros e contatos entre amigos e parentes distantes, por outro, têm multiplicado intrigas, traições, adultérios e a destruição de lares. Esse efeito nocivo pode ser minimizado, senão anulado, se cada crente as utilizar para ganhar os pecadores digitais para o Cristo real.

Concordo com o Pr. Claudionor de Andrade quando diz que as situações que favorecem o pecado são sempre íntimas e sigilosas. Foi assim que Davi perpetrou um adultério e um assassinato. O caso de Amnom e Tamar (filho e filha de Davi, respectivamente) também é bastante emblemático (2Sm 13:1-14). Ammon utilizou-se de uma rede sofisti­cada de relacionamentos, administrada por Jonadabe, a fim de seduzir sua meia irmã, Tamar. E, assim, utilizando como pretexto amor e doença, estuprou a própria irmã, levando a vergonha e o ódio à família real de Israel.

Alguém pode indagar: se ambos os exemplos são tão antigos, em que a era da informação é mais perigosa? Seu risco está em multiplicar as possibilidades dessa mistura letal: intimidade e sigilo. Primeiro, com os computadores pessoais e, agora, de forma irresistível, com os tablets e celulares. Isso formou uma geração de usuários que vive seus dias na intimidade e no sigilo dos aparelhos eletrônicos. Escondidas atrás das telas, as pessoas sentem-se mais seguras em transgredir as leis e os mandamentos do Deus que tudo vê.

Cuidado, o pecado é maligníssimo. Ele é pior do que a pobreza, do que a solidão, do que a doença. Enfim, o pecado é pior do que a própria morte. Esses males todos não podem destruir sua alma nem afastar você de Deus, mas o pecado arruína seu corpo, sua alma e afasta você de Deus (Is 59:2). Pense nisso!

3. O e-mail fatal. Como disse anteriormente, a fim de encobrir o seu pecado, Davi escreveu uma carta a Joabe, na qual arquitetava a morte de Urias, marido de Bate-Seba. Davi utilizou o seu “e-mail” para o mal. Hoje, infe­lizmente, o correio eletrônico, tão útil e necessário, vem sendo utilizado também para arruinar reputações, caluniar e até matar. Nós, porém, podemos utilizar o nosso correio eletrônico para o bem, para a evangelização, para salvar vidas que estão à beira da morte. Vamos utilizar esta ferramenta para comunicar vida através do Evangelho de Cristo. Utilize seu e-mail para divulgar a Palavra de Deus. Devemos alcançar esse campo missionário virtual de pessoas reais que caminham para um lago de fogo também real (Ap 21:8). Devemos abraçar esse desafio com habilidade e dedicação.

II. GANHANDO ALMAS NA ERA DA INFORMAÇÃO (1)

Falar de Cristo através da Internet é um ministério que exige vocação, pois o ambiente da rede global de computadores acha-se poluído com sites ruins e mal-intencionados, que acabam pregan­do outro evangelho (Gl 1:6). É nesse ambiente que a sua página (blog, site, fanpage, etc.) tem de fazer toda a diferença. E tome cuidado com os vírus doutrinários, pois são fatais. Quem utiliza esse meio para evangelizar, precisa ter uma mensagem bem definida: o evangelho puro e simples de Cristo (1Co 2:2).

1. Uma rede para pescadores de homens. A rede mundial de computadores, conhecida também como internet, conecta o mundo inteiro. É um veiculo muito rápido de comunicação. É um potente meio de evangelizar e levar a Palavra de Deus a lugares que estão a milhares de quilômetros de distância. Evangelizando pela internet nós conseguimos alcançar pessoas em vários lugares que no método tradicional não seria possível. Então a internet acaba por ser um meio que pode incrementar e ajudar na evangelização do mundo. “E disse-lhes: Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura” (Mc 16:15). Redes sociais, blogs e comunidades são potenciais lugares de evangelização na internet; são lugares onde podemos tocar várias vidas com a mensagem de Cristo. Portanto, dediquemos um tempo para evangelizar na rede web. Gastamos tanto tempo na internet com coisas sem valor por que não dedicarmos alguns minutos para evangelizar? Atrelado à dedicação, sejamos exemplos, no trato, na modéstia e no amor. Mostremos que o mundo não nos influencia, mas nós é que influenciamos o mundo.

2. Você é o que você publica. Jesus disse em Mateus 12:34 que "a boca fala do que está cheio o coração" (ARA). Logo, as nossas postagens cotidianas, nas redes sociais, têm muito mais poder testemunhal do que as frases intencionalmente evangelísticas, pois somos o que publicamos. Admiradas, as pessoas indagavam acerca da fonte da autoridade das pregações de Jesus. Todas elas, porém, sabiam que Ele ensinava com autoridade, e não como os escribas e fariseus (Mc 1:22). O Mestre, antes de tudo, vivia estritamente por suas palavras. O seu discurso intencional concordava com as suas ações. Conclui-se que uma mensagem evangelística, perdida entre centenas de postagens inconvenientes, pecaminosas e mundanas, será tão destrutiva quanto o pior dos vírus de computador.

3. Crie uma FanPage. A FanPage é diferente do perfil. Este serve para pessoas; aquela, para empresas e instituições. A sua igreja, seu grupo de jovens e adolescentes, ou qualquer outro departamento de sua congregação, pode ter uma FanPage. É absolutamente gratuito e muito fácil de usar. Na verdade, o FaceBook encarrega-se de orientar o usuário nas postagens. Além disso, os relatórios da FanPage (todos fornecidos automaticamente pelo FaceBook) permitem-lhe monitorar a repercussão das postagens. A Igreja do Senhor precisa produzir conteúdos bíblicos de excelente qualidade, que se contraponham a avalanche pornográfica que o orbe virtual apresenta.

4. Desenvolva um canal no YouTube. Na internet apenas as iniciativas excelentes e gratuitas sobrevivem. Por isso mesmo, é possível usar alguns serviços excepcionais, na rede, sem gastar nenhum centavo. Haja vista os canais do YouTube. Você pode postar vídeos curtos (para fins evangelísticos) ou palestras e pregações. Mas é importante que você tenha algo em mente: ninguém acessa ou assina um canal para fazer de você uma celebridade digital. As pessoas só assistem àquilo que as interessa; na internet, ninguém é obrigado a nada. Então, seja criativo e relevante; busque a sabedoria do alto.

5. Crie uma lista de transmissão no WhatsApp. O Brasil tem mais aparelhos telefônicos ativos que pessoas. E se você possui um celular, provavelmente tem WhatsApp. Esse aplicativo caiu no gosto dos brasileiros de tal maneira, que o nosso país é a maior audiência dele fora dos Estados Unidos, segundo especialistas no assunto. Mas com o WhatsApp veio a perturbadora mania dos grupos. É grupo de mocidade, das irmãs, da classe da Escola Dominical, da faculdade e do pessoal do trabalho. E o que era para ser um fórum para assuntos ligados aos interesses comuns tornou-se um meio de divulgação de piadas, vídeos bizarros e imagens satíricas. Para fins evangelísticos, portanto, um grupo é uma coisa inútil. O que fazer? A solução pode estar nas listas de transmissão. Com essa funcionalidade, você pode enviar uma mensagem redigida em linguagem direta não para um, mas para todos os seus contatos. Ela será visualizada pelos destinatários como sendo um recado pessoal seu para eles, para cada um pessoalmente, mas sem o trabalho de redigir um texto para cada contato. Então, faça uma lista de transmissão apenas para os seus contatos não crentes.

III. EVANGELHO REAL PARA PESCADORES DIGITAIS (2)

A evangelização dos pecadores digitais, para ser bem-sucedida, tem de levar em conta alguns fatores.

1. Fator Habacuque (Hc 2:2). A mensagem pela Internet há de ser clara, breve e objetiva – “Então, o SENHOR me respondeu e disse: Escreve a visão e torna-a bem legível sobre tábuas, para que a possa ler o que correndo passa”. Nada de mensa­gens enfadonhas, cheias de parênteses e subjetivismos. Se não for assim, as pessoas que passam correndo pelos sites, em busca de novidades, jamais serão alcançadas pelo Evangelho. Portanto, seja direto e incisivo. Você pode, em alguns minutos, expor eficientemen­te o Plano da Salvação. Otimize este tempo, incluindo o apelo e a oração.

2. Fator Eliseu (2Rs 4:9). O profeta Eliseu era reconhecido, por todo o Israel, como um autêntico homem de Deus – “E ela disse a seu marido: Eis que tenho observado que este que passa sempre por nós é um santo homem de Deus”. Da mesma forma, a vida cristã deve ser o modelo e o referencial para a sociedade. Precisamos viver o que pregamos, ou pregar o que vivemos. Não há uma dualidade entre o que o crente diz e faz, do tipo “faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço”. O testemunho é feito principalmente por meio de nossa vida. Ele fala aos nossos ouvintes mais alto até que nossas palavras. O mundo não lê a Bíblia, mas lê a nossa vida, o nosso testemunho. Por isso o apóstolo Paulo exorta-nos: "Portai-vos de modo que não deis escândalo nem aos judeus, nem aos gregos, nem à igreja de Deus”.

É dever de todo cristão, ter uma vida íntegra, independente do modelo e dos padrões da sociedade moderna. Como disse o Senhor, por intermédio do profeta Malaquias: "Então, vereis outra vez a diferença entre o justo e o ímpio; entre o que serve a Deus e o que não serve" (Ml 3:18); demonstrando, assim, que o mundo deve ver esta diferença em nós. Portanto:

·    Nosso bom testemunho deve ser exemplar (1Tm 4:12) – “Ninguém despreze a tua mocidade; mas sê o exemplo dos fiéis, na palavra, no trato, na caridade, no espírito, na fé, na pureza”.

·    Nosso bom testemunho deve ser verdadeiro (João 21:24) – “Este é o discípulo que testifica dessas coisas e as escreveu; e sabemos que o seu testemunho é verdadeiro”.

·    Nosso bom testemunho deve ser íntegro (Tt 2:7) – “Em tudo, te dá por exemplo de boas obras; na doutrina, mostra incorrupção, gravidade, Sinceridade”.

·    Nosso bom testemunho deve ser irrepreensível (Tt 2:8) – “linguagem sã e irrepreensível, para que o adversário se envergonhe, não tendo nenhum mal que dizer de nós”.

·    Nosso bom testemunho deve ser transparente (Fp 4:5) – “Seja a vossa moderação conhecida de todos os homens. Perto está o Senhor”.

Que nossos sites e páginas sociais venham a glorificar a Cristo. Quem nos visita digitalmente tem de saber que temos um compromisso real com o Evangelho de Cristo. Por esse motivo, não se envolva em questões polêmicas que geram brigas e discussões. Cuide de sua reputação. Você constatará que, em muitos casos, sua postura será suficiente para levar almas aos pés de Cristo.

3. Fator Paulo (Atos 17:23). Chegando a Atenas, Paulo encontrou um ponto de contato evangelístico, ao deparar-se com o altar dedicado ao Deus Desconhecido - “Porque, passando eu e vendo os vossos santuários, achei também um altar em que estava escrito: AO DEUS DESCONHECIDO. Esse, pois, que vós honrais não o conhecendo é o que eu vos anuncio”. Esteja, então, inteirado quanto aos eventos, problemas e crises que atingem a sociedade. A partir de um ponto de contato inteligente, introduza eficazmente o Evangelho de Cristo.

4. Fator Filipe (Atos 8:30). Ao perceber que o oficial de Candace, rainha dos etíopes, lia o profeta Isaías, Filipe não perdeu tempo com uma abordagem sutil. Mas, de maneira direta, perguntou-lhe: “[...] Entendes o que lês?". Quem se dedica à evangelização, na internet, deve estar sempre preparado para interpretar a Palavra de Deus, pois a internet é um universo infestado de vírus doutrinários. É indispensável ao evangelista digital um preparo real. A recomenda­ção de Paulo não pode ser desprezada: "Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade" (2Tm 2:15).

CONCLUSÃO

O mundo jamais viveu um avanço científico como este que vivenciamos. Indubitavelmente, o conhecimento produzido no último século é superior a tudo o que foi escrito, descoberto ou criado anteriormente. Mas isso não deve surpreender-nos. Primeiro, porque está previsto nas Escrituras (Dn 12:4) e, segundo, porque o saber não é essencialmente danoso (Pv 2:6). Apesar das óbvias vantagens que a era da informação oferece, é um desafio evangelístico, pois não houve outro momento com mais distrações ou concorrências à pregação do evangelho do que o atual. Nunca o ser humano conheceu tanto sobre si e tão pouco sobre Deus. Por esse motivo, temos de concentrar-nos a falar de Cristo a uma geração que só conhece a rapidez e o imediatismo.

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Luciano de Paula Lourenço

Disponível no Blog: http://luloure.blogspot.com

Referências Bibliográficas:

Bíblia de Estudo Pentecostal.

Bíblia de estudo – Aplicação Pessoal.

Comentário Bíblico popular (Novo Testamento) - William Macdonald.

Comentário do Novo Testamento – Aplicação Pessoal. CPAD.

Revista Ensinador Cristão – nº 67. CPAD.

O desafio da Evangelização. Pr. Claudionor, de Andrade. CPAD.

Orlando Boyer. Esforça-te para ganhar almas. Ed. Vida.

(1) Adaptado do texto “A Evangelização na Era Digital”. Pr. Claudionor de Andrade. CPAD.

(2) Adaptado da Lição Bíblica do Mestre “O desafio da Evangelização”. pp. 87/88. CPAD.

FONTE: http://luloure.blogspot.com.br/