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segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

RETROSPECTIVA 2012



Retrospectiva Gospel: da “evangelização” da Globo à comprovação da força dos evangélicos no Brasil; Relembre o que de importante aconteceu em 2012



Retrospectiva Gospel: da “evangelização” da Globo à comprovação da força dos evangélicos no Brasil; Relembre o que de importante aconteceu em 2012
O ano de 2012 foi bastante agitado no meio cristão nacional e internacional, devido a momentos como às eleições, a divulgação dos dados do Censo 2010, que apontaram crescimento dos evangélicos no Brasil, polêmicas envolvendo grandes líderes evangélicos, como Ana Paula Valadão, o pastor Silas Malafaia, apóstolo Valdemiro Santiago, bispo Edir Macedo, entre outros fatos.
Em uma grande reportagem, o Gospel+ juntou os principais fatos do ano e separou em duas matérias especiais. A de hoje falará dos grandes eventos, momentos e instituições que de alguma forma, seja positiva ou negativa, ganharam destaque neste ano de 2012. Na matéria que irá ao ar no dia primeiro de janeiro abordaremos os grandes nomes e personalidades do meio cristão mundial pontuando quem se destacou e quem “pisou na bola” neste ano que se encerra, lembrando assim das falas do Pastor Silas Malafaia, da saga vivida pelo pastor Yousef Nadarkhani, das opiniões polêmicas sobre sexo vindas do Bispo Edir Macedo, dos ataques do deputado Jean Wyllys e de outros que talvez você não lembre agora, mas que de alguma forma começaram a fazer parte da história em 2012.
Nossa retrospectiva anual começa hoje lembrando do fato que mais pautou análises e projeções: o crescimento do número de evangélicos no país, entre os anos 2000 e 2010. A revelação, feita pelo IBGE através da divulgação dos dados do Censo 2010, apontou um crescimento de 61% das pessoas que se declaram evangélicas, somando um total de 42,3 milhões de pessoas, ou 22,2% do total de brasileiros.
O meio evangélico presenciou ainda uma forte polêmica entre o ministro-chefe da Casa Civil do governo federal, Gilberto Carvalho, e as principais lideranças evangélicas do país. O homem considerado braço direito da presidente Dilma Rousseff protagonizou o debate iniciado no Fórum Social Mundial em Porto Alegre, quando afirmou que o governo precisaria iniciar um debate ideológico com pastores, para obter maior influência junto à população evangélica. Entre os líderes que se manifestaram com repúdio à postura do ministro, estiveram o senador Magno Malta, o pastor e deputado federal Marco Feliciano e o pastor Silas Malafaia. O episódio foi superado após algumas reuniões e o ministro selou a paz com os evangélicos numa reunião em Brasília.
Outras discussões pautaram ainda o noticiário evangélico neste ano, e entre elas o anúncio do pastor Ricardo Gondim, que decidiu desvincular-se do movimento evangélico devido aos escândalos. Em sua justificativa, o pastor da Igreja Betesda demonstrou estar cansado pelos rumos que o movimento tomou e afirmou: “Passei a evitar a parceria de gente a quem eu jamais confiaria a carteira. Eu tinha que partir”.
Igreja Maranata viu-se envolvida num escândalo de corrupção, que resultou numa investigação do Ministério Público. As acusações feitas envolviam superfaturamento de compras da igreja, e desvio dos dízimos e ofertas dos fiéis. O caso ainda está sendo investigado, porém toda a cúpula da igreja foi afastada por ordem da justiça.

Sociedade

Na sociedade, os assuntos que tocaram diretamente o meio evangélico foram marcados pela intensidade dos debates. No início do ano, o polêmico julgamento sobre a descriminalização da “antecipação terapêutica do parto” de fetos anencéfalos, ou no popular “aborto de anencéfalos”, promoveu grande comoção entre os principais líderes cristãos do país. A divergência de opiniões a respeito do assunto pode ser ilustrada pelas posturas antagônicas de Marco Feliciano, que considerou a decisão um “assassinato”, e Ricardo Gondim, que aprovou a decisão sob o princípio de que “células se multiplicando não significa humanidade”. Em sua postura radicalmente oposta à dos demais, o pastor da Igreja Betesda afirmou que a decisão significava um avanço: “Vamos dormir em um Brasil melhor. Nenhuma mulher será mais obrigada a gerar um feto para a morte. Não é pouca coisa, nem foi pouca luta”.
Ainda sob o reflexo do embate entre o ministro Gilberto Carvalho e líderes evangélicos, o governo sinalizou com a possibilidade de proibir a locação de horários na TV para igrejas. A proposta faria parte do Novo Marco Regulatório para o setor de comunicações. Houve protestos por parte da bancada evangélica no Congresso, e talvez por sua impopularidade, a idéia não foi levada à diante pelo governo. A medida não agradou às igrejas e também às emissoras, que lucram com os horários alugados por igrejas. Um exemplo é a Band, que com 43 horas semanais de programação evangélica, arrecada anualmente R$ 276 milhões, fora o arrendamento da Rede 21 para a Igreja Mundial do Poder de Deus, por R$ 6 milhões mensais.
Outro tema de grande destaque nas manchetes dos veículos que cobrem o mundo cristão foi a tentativa do procurador federal Jefferson Aparecido Dias de, através da Justiça, obrigar o Banco Central (BC) a retirar a frase “Deus seja louvado” nas cédulas do Real, a moeda nacional. O BC se posicionou contrário à solicitação, e lembrou que além do sentido “amplíssimo” da palavra “Deus”, ela faz referência à Constituição Federal de 1988, que foi estabelecida “sob a proteção de Deus”. A Justiça recusou o pedido, pontuando que os custos da substituição das cédulas e moedas em circulação seria muito alto e causaria grande “intranquilidade” social, além do fato que a frase não representa uma imposição do Estado sobre o indivíduo. Contrário à mudança, o pastor Marco Feliciano prometeu apresentar um projeto de lei que proíba alterações nesse sentido.

Globo

De olho no crescimento dos evangélicos, a TV Globo investiu pesado na relação com esse público, não apenas na promoção e transmissão do Festival Promessas e convites a artistas para seus programas, mas também abrindo espaço de divulgação para a Marcha para Jesus e na aproximação dos líderes evangélicos. Analistas porém, afirmam que essa estratégia seria na verdade, um contra-ataque à TV Record.
A emissora carioca porém não passou imune às críticas de evangélicos em geral. A exibição de um casamento entre duas lésbicas no programa Na Moral, causou revolta ao pastor Silas Malafaia, que afirmou que o programa fazia uma “apologia ridícula” ao casamento gay. Malafaia, porém, foi questionado por outros líderes cristãos sobre o motivo de ele não ter criticado a novela Avenida Brasil, que apresentou uma personagem “evangélica” seminua em um de seus capítulos. O pastor da Assembléia de Deus Vitória em Cristo manifestou-se apenas dizendo que não se importa se o interesse da emissora global é comercial, pois os interesses dos evangélicos seriam apenas os do “reino”.
Outro motivo de críticas à Globo foi o título dado à atual trama apresentada às 21h00 pela emissora. Em sua estréia, Salve Jorge foi alvo de uma campanha contrária nas redes sociais. Os protestos causaram revolta na autora da novela, que afirmou que não se deveria “ampliar a voz dos imbecis”. Entretanto, apesar da campanha contra, o pastor Márcio de Souza criticou a “demonização” da novela, afirmando que o povo “côa mosquito e engole camelo”.
A aproximação das Organizações Globo com os evangélicos não se resumiu à reuniões e programas específicos. A Feira Internacional Cristã, apresentada há poucas semanas, é vista como uma investida do grupo para expandir sua influência no meio e concorrer com a Expocristã, já conceituada no meio evangélico.
Já o bispo Edir Macedo criticou a aproximação da emissora com os demais líderes cristãos e reafirmou que a meta de sua emissora, principal concorrente da Globo, é a liderança.

Política

Na política, houve críticas à atuação da bancada evangélica no Congresso, e o ambiente se tornou conturbado durante as eleições 2012, devido às bandeiras defendidas por alguns candidatos, e que, em essência, desagradavam os evangélicos. Em São Paulo, o candidato petista, Fernando Haddad, apadrinhado por Lula, venceu a disputa para a prefeitura, derrotando José Serra (PSDB). Haddad, que era ministro da educação quando foi iniciada a distribuição do material escolar apelidado de kit gay, teve a oposição cerrada do carioca Silas Malafaia, que prometeu arrebentá-lo na campanha. A postura agressiva fez com que até o próprio candidato apoiado por Malafaia, José Serra, buscasse um distanciamento do pastor, para evitar maiores problemas. No final, Haddad venceu Serra no segundo turno, confirmando estudo publicado pelo Datafolha, que indicava uma rejeição a candidatos apoiados por líderes religiosos.
Assista abaixo ao vídeo com as polêmicas declarações do pastor Silas Malafaia:
A disputa em São Paulo foi marcada por um fato inusitado: o candidato Celso Russomanno (PRB) liderou as pesquisas de intenção de voto em boa parte da campanha, porém, foi derrotado ainda no primeiro turno, ficando de fora da disputa no segundo. Apoiado pela Igreja Universal, denúncias sobre seu envolvimento com a denominação do bispo Macedo fizeram sua popularidade cair. Entre as denúncias, uma ex-obreira da Universal afirmou que o apoio da denominação visava facilitações para a construção do Templo de Salomão, obra milionária que a igreja vem tocando. Em resposta às acusações, Macedo publicou artigos criticando Haddad e em defesa de Russomanno.
O envolvimento de igrejas com políticos ou partidos visando interesses ou vantagens resultou ainda, numa acusação contra o missionário R. R. Soares, feita pela Folha de S. Paulo. De acordo com o jornal, Soares teria pedido votos por candidatos que buscavam a reeleição, como forma de garantir que licenças para construção dos templos da Igreja Internacional da Graça de Deus.
O presidente norte-americano Barack Obama, declaradamente evangélico, foi reeleito após disputa apertada contra o mórmon Mitt Romney. Durante a disputa, diversas lideranças cristãs criticaram o presidente por sua postura não tão conservadora, e apoio à união civil de pessoas do mesmo sexo. Apesar de tudo, Obama foi reeleito pelos cidadãos para continuar o processo de restauração da economia do país e maior atenção do Estado aos mais necessitados.

Igreja Mundial

O principal desafeto de Macedo, o apóstolo Valdemiro Santiago, líder da Igreja Mundial do Poder de Deus, também esteve nos holofotes. Em alguns momentos, por sua criatividade para novas arrecadações, com o lançamento da colher de pedreiro “Prudente Contrutor”, ou pela “‘simbólica’ Fronha dos Sonhos”.
Em outros momentos, as atenções se voltaram a Valdemiro e sua denominação pela conturbada inauguração da Cidade Mundial em Guarulhos; por denúncias feitas através da TV Record a respeito da compra das fazendas no Mato Grosso e eventuais crimes cometidos na transação; ou até mesmo pelo choro em seu programa de TV, quando pedia mais doações dos fiéis para que pudessem ser saldadas dívidas da Mundial.
Reveja a reportagem do Domingo Espetacular com denúncias contra a Igreja Mundial e o apóstolo Valdemiro Santiago:
A sanha arrecadatória o levou ainda a modificar o princípio do dízimo, e sugeriu aos fiéis que doassem à igreja um valor que representasse 10% do que eles gostaria de ganhar, e não os 10% do que realmente ganhavam. Episódios como esse fizeram da igreja alvo de críticas por parte de pastores, que consideram a denominação à beira da heresia.
Apesar dos escândalos, a Igreja Mundial segue seu projeto de expansão na mídia e, segundo sites especializados em TV, a denominação encerra 2012 em plena negociação para a compra da Rede 21, pertencente ao Grupo Bandeirantes e arrendada pela própria Mundial desde 2008.

Mundial versus Universal

Classificadas como concorrentes, Universal e Mundial protagonizaram em 2012, uma guerra por fiéis, com episódios inusitados. Em um deles, uma pessoa supostamente possuída por demônios acusa a Mundial de ser templo de satanás. O divulgador do vídeo com a “entrevista” com o demônio foi ninguém menos do que o bispo Edir Macedo.
Assista à “entrevista” no vídeo abaixo:

Igreja Universal

A Igreja Universal do Reino de Deus completou 35 anos em 2012, e deu andamento a projetos audaciosos, como o megatemplo em Portugal, ao custo de R$ 32 milhões e o Templo de Salomão, uma réplica do templo descrito na Bíblia com lugares para 10 mil pessoas, com obras sendo realizadas 24 horas por dia.
A denominação foi novamente alvo de denúncias, processos e investigações. No México, bancos cancelaram contas da igreja devido às investigações por lavagem de dinheiro realizadas pelo Ministério Público no Brasil. A justiça também decidiu contra a denominação num processo movido por dois ex-membros da igreja, que se sentiram coagidos a fazer doações de dízimos.
A ênfase na arrecadação e a promessa de conquistas financeiras através da teologia da prosperidade levou a Universal a ser destaque na mídia por declarações como “O diabo não se importa tanto quando o povo tem saúde, mas continua pobre; quando tem uma boa família, mas continua pobre; quando se liberta dos vícios, mas continua pobre; quando tem um bom caráter, mas continua pobre”. O texto divulgado pelo site da igreja sugeria que pobreza é sinal de fracasso.
Uma das maiores denominações neopentecostais do Brasil, a Universal não é investigada apenas pelos órgãos públicos, mas também por anônimos, que montaram no Facebook, uma página onde são reunidas denúncias contra a denominação, ou pelo ex-obreiro, que acusa a igreja de impor metas de arrecadação. Porém, os planos da igreja, de acordo com o pesquisador Johnny Bernardo, são de dominar o Brasil: “Para realizar seu intento – de criar uma nação evangélica e “governada” por Deus -, Macedo estabeleceu uma série de estratégias, como eliminação das concorrências, investimento maciço em meios de comunicação, influência da sociedade por meio de campanhas de marketing e defesa de temas polêmicos, a exemplo da legalização do aborto, e a busca do poder pela organização política”.

Record

O investimento maciço em mídia feito pela Igreja Universal, mencionado por Johnny Bernardo, tem na TV Record seu principal expoente. A emissora, pertencente ao bispo Edir Macedo, produziu sua minissérie bíblica de maior sucesso, Rei Davi, que frequentemente derrotava a TV Globo no Ibope, e embora tenha recebido boas críticas devido à fidelidade ao texto bíblico, apresentou cenas de nudez, consideradas desnecessárias e ostentou o patrocínio de uma marca de cerveja, sob a justificativa de que se tratava de uma produção cara.
A Record ostentou durante todo o ano a meta de chegar à liderança, embora algumas vezes tenha ficado atrás do SBT em audiência. O investimento realizado pela emissora, porém, demonstra a vontade de chegar ao topo: em julho, Macedo recebeu a presidente Dilma Rousseff em Londres, na inauguração dos estúdios da emissora para a transmissão dos Jogos Olímpicos.
Entre os evangélicos porém, a Record sofreu muitas críticas, devido à ênfase em participantes homossexuais no reality show Fazenda de Verão, e pela reportagem do Domingo Espetacular, que atacou a prática “cair no espírito” numa longa reportagem, classificando-a como “falsa manifestação do Espírito Santo”.

Ateísmo

Os investimentos do movimento ateísta na difusão de seus ideais cresceram em 2012. A entidade American Humanist Association (AHA) lançou um site infantil para “converter” crianças ao ateísmo e “ensinar valores morais sem a necessidade de Deus”.
O crescimento do movimento talvez possa ser medido através do caso da pastora Teresa Macbein, que após anos de ministério, renunciou ao cargo para assumir sua condição de ateia.
Em 2012 também foi divulgado o conteúdo de uma carta escrito de próprio punho pelo físico Albert Einstein, em que ele afirmava entender que a crença em Deus seja uma lenda resultante de fraqueza e incapacidade humana.
Porém, o movimento ateísta também viveu surpresas durante esse ano. O mais famoso e ativo ateu do mundo, Richard Dawkins, afirmou não ter certeza que Deus não existe.
Uma emissora cristã de rádio britânica fez um estudo com a participação de 71 ateus durante 40 dias. O desafio aos ateus participantes era que eles orassem ao menos uma vez ao dia no período e relatassem suas experiências. Ao final, dois se converteram e outros dois viveram experiências marcantes que os fizeram refletir sobre a frieza e falta de compaixão das pessoas.

Ciência

No campo da ciência, houve a aproximação das pesquisas com a fé se deu através da descoberta do bóson de Higgs, ou a popularmente conhecida “partícula de Deus”. Embora a descoberta ainda não seja definitiva, estudiosos evangélicos ressaltaram sua importância: “Note-se que sem a existência desta partícula, os teóricos do Big Bang reconhecem que o Universo não podia sequer ter se formado após o Big Bang. A comprovação de sua existência não irá provar que o Universo se formou como diz a Teoria do Big Bang… Sua existência não prova que a matéria existe desde sempre ou pode trazer à existência tudo a partir do nada… E sua existência certamente não prova que as leis científicas que regem o Universo poderiam ser escritas sozinhas”, afirmou Jeff Miller, doutor e apologeta.
Uma pesquisa feita por arqueólogos norte-americanos ressaltou a descoberta de indícios da ressurreição de Jesus Cristo: “Nossa equipe se aproximou do túmulo com certa incredulidade, mas os indícios que encontramos são tão evidentes que nos obrigaram a revisar todas as nossas presunções anteriores”, declarou o chefe da equipe de pesquisa.
Por fim, entre os destaques do segmento no ano, esteve o bioquímico Marcos Eberlin, que rebateu a teoria da evolução, pregada por Charles Darwin e aceita por inúmeros cientistas. Eberlin afirmou que a Teoria da Evolução seria uma falácia: “Não aceito a evolução porque as evidências químicas que tenho falam contra ela”. Devido a sua postura, Eberlin foi alvo de protestos na Academia Brasileira de Ciências.

Cinema

A sétima arte, como são conhecidas as produções de cinema, ganhou projetos de filmes de temática cristã em 2012, e Hollywood viu o início de gravações que são tidas, pela indústria cinematográfica, como grandes apostas.
Investimentos de milhões de dólares em filmes que recontarão a história de Noé, Caim, Pilatos e outros – como o intitulado Gods And Kings, que está sendo produzido por Steven Spielberg – são vistos em Hollywood como uma grande oportunidade de atrair aos cinemas um público que se afastou devido às produções tidas como profanas.
No Brasil, o destaque foi para o lançamento do filme Três Histórias, Um Destino, que é uma adaptação do livro do missionário R. R. Soares e estreou com alta média de ocupação das salas. Assista ao trailer do filme:
A polêmica ficou por conta do boato de que o humorista Renato Aragão estaria produzindo um filme em que Jesus Cristo havia falhado em sua missão na Terra, e o personagem Didi o substituiria. Aragão negou que o filme estivesse em produção.

Internacional

Em todo o mundo, o cristianismo ocupou manchetes devido a perseguições e polêmicas. Na Nigéria, o grupo extremista Boko Haram realizou atentados contra cristãos; No Irã, o presidente Mahmoud Ahmadinejad prometeu varrer Israel do mapa; e na web, ativistas muçulmanos prometeram morte aos cristãos.
Os cristãos formam, segundo a Universidade de Oxford, o grupo religioso mais perseguido do mundo, e em 2012, a cada cinco minutos, um cristão foi morto. Um missionário foi preso no Laos, país asiático, por converter 300 pessoas ao cristianismo.
Entre as muitas reações às ameaças, uma das mais inadequadas foi a do pastor Terry Jones, que queimou um exemplar do Alcorão. Já o pastor Silas Malafaia, criticou de forma veemente a postura da presidente Dilma Rousseff a respeito dos conflitos religiosos: “Perdeu a chance de ficar de boca fechada”, disse ele, falando sobre uma suposta “islamofobia”.
2012 marcou ainda a morte do fundador da Igreja da Unificação, reverendo Moon, e as declarações polêmicas do escritor J. J. Benítez, que criticou a Igreja Católica por não colaborar na averiguação da autenticidade dos Evangelhos: “A Igreja mente, manipula e censura”.

Fim do Mundo

As interpretações do calendário maia sobre supostas previsões do fim do mundo, que aconteceriam no dia 21/12/2012, renderam filme e documentários, e muitas histórias de gente que se propôs a criar fortalezas para resistir ao apocalipse e até, venda de perdões por parte de uma paróquia da Igreja Católica na Itália.
Todas essas histórias foram reunidas numa matéria especial sobre o fim dos tempos, publicada pelo Gospel+. No Brasil, o fundador de uma seita foi preso sob acusação de estelionato após sua previsão particular falhar e o mundo não acabar.

O que te marcou? O que falta acrescentar?

O que te marcou nesse ano? O que ainda falta ser lembrando nessa retrospectiva? Deixei seu comentário abaixo!
Como já anunciado, amanhã você irá ler um especial relembrando as principais personalidades brasileiras que de alguma forma tocaram no meio cristão em 2012. Além disso iremos apresentar números especiais como as notícias mais lidas e mais comentadas do site no ano. A segunda e última parte da retrospectiva vai ao ar nesta terça-feira, primeiro de janeiro de 2013. Não perca!
FONTE: http://noticias.gospelmais.com.br/

quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

ÚLTIMA AULA EBD DE 2012



Aula 13 – MALAQUIAS - A SACRALIDADE DA FAMÍLIA


4º Trimestre/2012


Texto Básico: Malaquias 1:1; 2:10-16

 
Portanto, deixará o varão o seu pai e a sua mãe e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma carne “(Gn 2:24).

 

INTRODUÇÃO


Famílias em perigo é um tema que está nas manchetes dos grandes jornais. É um tema atual, oportuno e urgente. A maior crise que estamos vivendo é a crise da família.

Conforme indicação de Malaquias, havia fortes sintomas de degeneração da fé do povo de Israel. A visão que o povo tinha de Deus era quase deísta: questionava o Seu amor (Ml 1:2), Sua honra e grandeza (Ml 1:14; 2:2), Sua justiça (Ml 2:17) e Seu caráter (Ml 3:13-15). Essa visão deficiente a respeito de Deus produziu uma atitude arrogante e fez que as funções do Templo fossem realizadas com enfado, o que insultava o Senhor ao invés de adorá-lo (Ml 1:7-10). O resultado moral dessa religião desprezível foi o povo voltar-se para a feitiçaria, adultério, perjúrio, fraude e opressão do pobre (Ml 3:5). A discórdia familiar era frequente, levando-os a se divorciarem das esposas judias para se casarem com mulheres pagãs (Ml 2:10-14;4.6); a sacralidade da família não era levada em consideração. As condições eram tão más que se fazia necessária a atuação de um Elias [Jesus Cristo] para restaurar a paz familiar e evitar outra destruição do Senhor (Ml 4:5).

A família é um projeto divino – uma ideia que nasceu no coração de Deus, executada por Ele mesmo. Foi um plano incluído dentro do projeto geral da criação, perfeito em todos os aspectos:“Viu Deus tudo quanto fizera, e eis que era muito bom” (Gn 1:31).

I. O LIVRO DE MALAQUIAS


1. Contexto histórico. Com relação ao aspecto histórico, nada sabemos sobre a vida do profeta Malaquias. Tudo o que entendemos é o que deduzimos de suas declarações. Não há como ter certeza de que Malaquias, que significa “mensageiro de Jeová”, é o nome do profeta ou apenas seu título.

Malaquias não data a sua profecia, mas todos concordam que ele é um profeta pós-exílico. O livro não menciona diretamente o reinado em que Malaquias exerceu seu ministério. Segundo alguns estudiosos, a referência ao “governador” (Ml 1:8) localiza o livro no período persa, e a ênfase de Malaquias dada à lei (Ml 4:4) pode indicar o período do ministério de Esdras  de restauração da importância e autoridade da lei (Ed 7:14,25,26; Ne 8:18). Alguns datam o livro entre o aparecimento de Esdras (458 a.C) e o de Neemias (445 a.C). Outros localizam Malaquias entre as duas visitas de Neemias a Jerusalém, por volta de 433  a.C. Cremos, entretanto, que Malaquias profetizou logo depois do período de Neemias. No tempo de Malaquias, o Templo já havia sido reconstruído. O culto, entretanto, estava sendo oferecido com desleixo: tanto o sacerdócio quanto o povo estavam em profunda letargia espiritual. O povo estava vivendo um grande ceticismo.

Conquanto não tenhamos certeza quanto ao nome do profeta, não temos dificuldade em formar uma concepção clara e precisa sobre a personalidade de Malaquias. O livro que leva o seu nome apresenta um pregador impetuoso e vigoroso que buscava sinceridade na adoração e santidade de vida. Possuía intenso amor por Israel e pelos serviços do Templo. É  verdade que ele deu mais destaque à adoração do que à espiritualidade. Contudo, “para ele o ritual não era um fim em si mesmo, mas uma expressão da fé do povo no Senhor”.

No cativeiro, os judeus ouviram bonitas e promissoras promessas de Deus por parte dos profetas Ezequiel e Zacarias. Eles voltaram extremamente esperançosos. Eles pensavam que o cumprimento das profecias desses profetas eram imediatas e que a era messiânica era iminente. A expectativa era que a nação encontrava-se a ponto de recuperar a glória perdida do reino de Davi. O solo ficaria milagrosamente fértil e as cidades, populosas. Logo surgiria o rei ideal, e todas as nações iriam a Jerusalém para servir ao Senhor.

Mas, com a passagem dos anos, a desilusão se instalou. A prosperidade e benção esperadas não se materializaram. A vida era dura. As colheitas eram fracas, os parasitas acabavam com as plantas e os frutos eram insatisfatórios. Visto que estas condições persistiram ano após ano, e os sonhos maravilhosos dos velhos tempos não se concretizaram, um espírito de pesada depressão se alojou na comunidade. Os sacerdotes relaxaram no desempenho dos deveres e negligenciaram a instrução religiosa concernente ao cargo. Os judeus passaram a reclamar que Deus não os amava ou não se importava com eles. Um espírito de cinismo se espalhou pela população e, até os que permaneceram fiéis a Deus, começaram a perguntar: “Por quê?”. Muitos retiveram os dízimos e ofertas (Ml 3:10). A injustiça social tornou-se comum. O casamento com os pagãos vizinhos era praticado livremente. O divórcio virou a ordem do dia enquanto o povo se esqueceu do concerto com Deus. Todo o mundo estava disposto a questionar a autoridade e os caminhos do Senhor.

Portanto, a situação do povo de Israel era muito difícil e critica, e exigia um profeta comprometido com a Palavra de Deus e destemido para enfrentar esse espectro espiritual do povo.

Porventura, esta situação do povo de Israel não tem certa pertinência aos nossos dias, em que vemos com clarividência uma aguda depressão espiritual em muitos que cristãos dizem ser? Oremos a Deus para que Ele suscite líderes, homens de Deus, capazes de trazer o povo de Deus, o povo da dispensação da graça, ao avivamento espiritual, ao estado original de sua criação.

2.  A vida pessoal de Malaquias. “Malaquias” significa “mensageiro de Jeová”. A opinião de que Malaquias, em Ml 1:1, seja um título descritivo, ao invés de um nome pessoal, é altamente improvável. Embora não tenhamos mais informações no restante do Antigo Testamento a respeito do profeta, sua personalidade fica bem patente neste livro. Era um judeu devoto da Judá pós-exílica, e contemporâneo de Neemias. Era, provavelmente, um profeta sacerdotal. Suas firmes convicções a favor da fidelidade ao concerto (Ml 2:4,5,8,10), e contra a adoração hipócrita e mecânica (Ml 1:7-2:9), a idolatria (Ml 2:10-12), o divórcio (Ml 2:13-16) e o roubo de dízimos e ofertas (Ml 3:8-10), revelam um homem de rigorosa integridade e de intensa devoção a Deus.

3. Estrutura e mensagem.

1. Estrutura. O livro, que consiste num sêxtuplo “peso da palavra do Senhor contra Israel, pelo ministério de Malaquias” (Ml 1:1), está entremeado por uma série de dez perguntas retóricas e irônicas feitas por Israel com as respectivas respostas de Deus por intermédio do profeta. Embora o emprego de perguntas e respostas não seja exclusivo de Malaquias, seu uso é distintivo por ser crucial à estrutura literária do livro.

“peso” (ou “mensagem repressiva”) do Senhor proclamado por Malaquias é assim constituído:

·         Deus reafirma seu fiel amor a Israel segundo o concerto (Ml 1:2-5).

·         Deus repreende os profetas por serem vigilantes infiéis do relacionamento entre o Senhor e Israel segundo o concerto (Ml 1:6-2:9).

·         Deus repreende Israel por ter rompido o concerto dos pais (Ml 2:10-16).

·         Deus relembra a Israel a certeza do castigo divino por causa dos pecados contra o concerto (Ml 2:17-3:6).

·         Deus conclama toda a comunidade judaica pós-exílica a arrepender-se, e a voltar-se ao Senhor, para que tornasse a receber as suas bênçãos (Ml 3:7-12).

·         A mensagem final refere-se ao “memorial escrito” diante de Deus a respeito daqueles que o temem e lhe estimam o nome (Ml 3:13-18).

·         Malaquias encerra seu livro com uma advertência e promessas proféticas a respeito do futuro “Dia do Senhor” (Ml 4:1-6)

      (Fonte: Bíblia de Estudo Pentecostal).

2. Mensagem. Sentença pronunciada pelo Senhor contra Israel, por intermédio de Malaquias” (Ml 1:1). Malaquias é o último profeta do Antigo Testamento antes que a voz da profecia se calasse num silêncio de quatrocentos anos. Que diz esse último mensageiro? Qual é a mensagem final? Qual é a palavra de despedida? Malaquias emboca a sua trombeta e faz uma urgente e apaixonada convocação ao povo de Deus para arrepender-se e voltar-se para o Senhor. Na verdade, a mensagem de Malaquias é uma denúncia contra o pecado e o formalismo. Os tempos mudaram, mas o coração do homem não. Os problemas que a igreja contemporânea enfrenta são praticamente os mesmos. Daí, a mensagem de Malaquias ser atualíssima e oportuna para a igreja hoje.

A mensagem de Malaquias é uma sentença, um fardo, um peso. Não é uma mensagem consoladora, mas de profundo confronto e censura. Essa mensagem tinha um triplo peso: era um peso para o profeta, para o povo e para Deus. A palavra "sentença", “peso”, significa mais do que uma palavra da parte do Senhor. É algo pesado, duro, que o Senhor vai dizer. É um peso para o coração do profeta, para o coração do povo e para o coração de Deus. Não é uma mensagem palatável, azeitada, fácil de ouvir. A profecia de Malaquias era profecia contra Israel. A carga que pesava sobre o profeta devia pesar também sobre a consciência das pessoas, até que se preparassem para “aquele Dia”.

Estamos hoje também com sérias deficiências em nossa espiritualidade. Precisamos ouvir a mensagem de Deus. O espírito pós-moderno com seu pragmatismo corre atrás de mensagens suaves, de auto-ajuda, que fazem cócegas na vaidade humana. O ouvinte contemporâneo não quer pensar, quer sentir; ele não busca conhecimento, mas entretenimento; seu culto não é racional, mas sensório.

Os púlpitos contemporâneos estão deixando de tratar do pecado e falhando em chamar o povo ao arrependimento. Os pregadores modernos pregam o que o povo quer ouvir e não o que povo precisa ouvir. Pregam para entreter e não para converter. Os pregadores modernos estão mais interessados em agradar aos bodes do que alimentar as ovelhas. A pregação contemporânea prega fé sem arrependimento e salvação sem conversão.

II. O JUGO DESIGUAL


O perigo que ameaça a fé: o jugo desigual.  A expressão “jugo desigual” contém a ideia de alguém estar num jugo desnivelado. O pano de fundo aqui é a proibição de pôr animais de natureza diferente sob o mesmo jugo. Havia uma proibição de “lavrar com junta de boi e jumento”(Dt 22:10) e também de fazer cruzamento de animais de diferentes espécies(Lv 19:19).

O apóstolo Paulo quando quis exortar a igreja de Corinto sobre este assunto, ele disse: Não vos prendais a um jugo desigual com os infiéis; porque que sociedade tem a justiça com a injustiça? E que comunhão tem a luz com as trevas?”(1Co 6:14). A ideia que Paulo está transmitindo é que existem certas coisas que são essencialmente distintas e fundamentalmente incompatíveis, que jamais podem ser naturalmente unidas. Assim como água e óleo não se misturam, a comunhão dos santos com os infiéis equivale a um jugo desigual.

Um crente não deve pôr-se debaixo do mesmo jugo com um incrédulo em, pelo menos, duas áreas: vida conjugal e participação em práticas cultuais pagãs.

Aprofundar a comunhão com pessoas descompromissadas com o Evangelho de Jesus Cristo é abrir brechas para Satanás. A associação entre o cristão e o incrédulo deve ser o mínimo necessário à conveniência social ou econômica. Leia e medite no Salmo 1. O crente, portanto, não deve ter comunhão ou amizade íntima com incrédulos, porque tais relacionamentos corrompem sua comunhão com Cristo.

1. A paternidade de Deus (Ml 2:10).Não temos nós todos um mesmo Pai? Não nos criou um mesmo Deus? Por que seremos desleais uns para com os outros, profanando o concerto de nossos pais?(Ml 2:10). Deus é o Pai do Seu povo de uma forma especial (Ml 1:6). Ele fez Israel o povo de Sua possessão. Deus chamou Israel para ser o Seu povo particular (Os 11:1). Nós, a Igreja de Cristo, também pertencemos à família de Deus. Jesus fez-nos filhos de Deus por adoção e também gerados peio Espírito de Deus. Por isso, temos a liberdade e direito de chamar ao Senhor de Pai (João 1:12; Gl 4:6). Somos coparticipantes da natureza divina (2Pe 1:4). Deus fez conosco uma aliança de ser o nosso Deus e sermos o Seu povo para sempre. Ele requer de nós fidelidade.

2. A deslealdade. “Judá foi desleal, e abominação se cometeu em Israel e em Jerusalém; porque Judá profanou a santidade do SENHOR, a qual ele ama, e se casou com a filha de deus estranho”(Ml 2:11). O jugo desigual é a quebra da aliança feita pelos pais (Ml 2:10). Quando o povo recebeu a lei de Deus no Sinai, ele prometeu a Deus que não daria seus filhos ou suas filhas em casamento aos adoradores de outros deuses (Êx 34:16; Dt 7:3). A questão não era os casamentos inter-raciais, mas a união com adoradores de deuses estranhos (Ml 2:11). O problema não era racial, mas religioso, pois a Bíblia menciona o casamento de Boaz com Rute, uma moabita. Embora estrangeira, ela foi convertida ao Deus de Israel e tornou-se membro da árvore genealógica de Cristo (Mt 1:5).

O casamento com pessoas não judias estava ameaçando a sobrevivência da fé da aliança (Ml 2:10,11; Ed 9:1,2; Ne 13:1-3). Ele era uma espécie de infidelidade conjugal com o Deus da aliança. Era uma traição e uma quebra da aliança (Êx 34:11-16; Nm 25; Nm 13:23-29). O apóstolo Paulo pergunta: "Que harmonia há entre Cristo e o Maligno? Ou que união há do crente com o incrédulo? Que ligação há entre o santuário de Deus e os ídolos?" (2Co 6:15,16).

Hoje, quando uma pessoa crente se casa com alguém não nascido de novo, está quebrando esse preceito bíblico (1Co 7:39; 2Co 6:14-17).

3. O casamento misto (Ml 2:11). O casamento misto é um instrumento poderosíssimo na mão do inimigo para retirar a identidade do povo de Deus, para impedir a sua continuidade. Uma das funções primordiais do casamento é o de propiciar a perpetuação da espécie humana, e a mistura entre salvos e ímpios no casamento é a garantia que tem o adversário de nossas almas de que a próxima geração seja completamente ignorante das coisas de Deus, esteja inevitavelmente comprometida e envolvida com o pecado.

A decadência da geração antediluviana foi devido ao casamento entre os filhos de Deus com as filhas dos homens, ou seja, de uma geração piedosa com uma geração que não temia a Deus. Foi assim também entre a geração que possuiu a Terra Prometida. Conforme Números 25, o relacionamento com as jovens moabitas preparou o caminho para a idolatria. Os casamentos mistos foram o fator principal da apostasia religiosa de Israel. Salomão e Acabe são exemplos tristes desse fato. De igual modo, aconteceu com a geração pós-cativeiro. O casamento misto foi duramente reprovado por Esdras (Ed 9:1,2), Neemias (Ne 10:30; 13:23-27) e Malaquias (Ml 2:10-16).

O casamento misto implica em infidelidade a Deus (Ml 2:11). Três são as razões que provam esse ponto:

a) O casamento misto atenta contra o propósito da família de viver para a glória de Deus. A família deve ser a escola da vida conforme os preceitos do Eterno. É no lar que devemos aprender a amar a Deus e a obedecê-lo (Dt 11:19). A vida cristã deve ser vivida exclusivamente para a glória de Deus. O casamento deve ser uma demonstração do casamento de Cristo com a Igreja. O lar precisa ser uma igreja santa, adorando ao Deus santo. Uma casa dividida não pode prevalecer. O profeta Amós pergunta: "Andarão dois juntos se não houver entre eles acordo?" (Am 3:3).

b) O casamento misto conspira contra a criação dos filhos no temor do Senhor (Ml 2:15). Um casamento misto tem grandes dificuldades na criação dos filhos. Ele constitui-se num sério obstáculo à criação dos filhos na disciplina e admoestação do Senhor (Ef 6:4). Uma casa dividida não pode manter-se em pé. Os filhos que nascem e crescem num contexto de casamento misto são puxados de um lado para o outro, ouvindo ensinos contraditórios, com exemplos contraditórios. As maiores vítimas do casamento misto são os filhos. Famílias desestruturadas e quebradas desembocam em igrejas fragilizadas.

c) O casamento misto é uma declarada desobediência ao mandamento de Deus (Ml 2:11). Tanto no Antigo quanto no Novo Testamento não encontramos amparo para o casamento misto. Ele não é a vontade de Deus para o Seu povo (Dt 7:3,4; 2Co 6:14-17).

III. DEUS ODEIA O DIVÓRCIO


Ainda fazeis isto: cobris o altar do SENHOR de lágrimas, de choros e de gemidos; de sorte que ele não olha mais para a oferta, nem a aceitará com prazer da vossa mão. E dizeis: Por quê? Porque o SENHOR foi testemunha entre ti e a mulher da tua mocidade, com  a qual tu foste desleal, sendo ela a tua companheira e a mulher do teu concerto. E não fez ele somente um, sobejando-lhe espírito? E por que somente um? Ele buscava uma  semente de piedosos; portanto, guardai-vos em vosso espírito, e ninguém seja desleal para  com a mulher da sua mocidade. Porque o SENHOR, Deus de Israel, diz que aborrece o repúdio e aquele que encobre a  violência com a sua veste, diz o SENHOR dos Exércitos; portanto, guardai-vos em vosso espírito  e não sejais desleais” (Ml 2:13-16).

Um das causas do divórcio é a falta de cuidado de si e do cônjuge (Ml 2:15,16). O casamento é como uma conta bancária, se sacarmos mais que depositamos, vamos à falência. Se investíssemos mais no casamento, teríamos menos divórcios (Mt 19:3-9). Quem ama o cônjuge, a si mesmo se ama (Ef 5:28).

Quais são os cuidados que precisamos ter? Andar em sintonia com Deus e Sua Palavra; não deixar o casamento cair na rotina; não guardar mágoa; não se descuidar da comunicação; suprir as necessidades emocionais e sexuais do cônjuge; administrar sabiamente a questão financeira

1. O relacionamento conjugal (2:11-13). Os casamentos mistos estavam ameaçando a teocracia judaica, a integridade espiritual da nação, e o divórcio estava colocando em risco a integridade das famílias. O abandono do cônjuge estava ameaçando o desmoronamento do lar em Israel.

Deus é o arquiteto, o fundamento e o sustentador do casamento. Ele está presente como a testemunha principal. O casamento foi instituído por Ele e é feito na presença dele. Em toda cerimônia de casamento é costume os nubentes convidarem testemunhas. Muitas vezes essa prática não passa de uma convenção social. Essas pessoas ilustres, acabada a cerimônia, voltam à sua rotina e não mais acompanham a vida do casal. Todavia, Deus é uma testemunha sempre presente (Ml 2:14). Nada acontece no relacionamento conjugal sem que Ele saiba. Ele vela pelos cônjuges, reprova a infidelidade e odeia o divórcio.

2. O compromisso do casamento. A união conjugal é a mais próxima e íntima relação de todo relacionamento humano. A união entre marido e mulher é mais estreita do que a relação entre pais e filhos. Os filhos de um homem são parte dele mesmo, mas sua esposa é ele mesmo. O apóstolo Paulo diz que quem ama a sua esposa a si mesmo se ama (Ef 5:28). O casamento é uma aliança em que deve existir lealdade e fidelidade. A infidelidade conjugal atenta contra a santidade dessa aliança. O cônjuge precisa ser um jardim fechado, uma fonte reclusa.

No projeto de Deus, o casamento é indissolúvel. Ninguém tem autoridade para separar o que Deus uniu. Marido e mulher devem estar juntos na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, na prosperidade e na adversidade. Só a morte pode separá-los (Rm 7:2; 1Co 7:39). A quebra da aliança conjugal é deslealdade. Jesus claramente afirmou: "o que Deus uniu não o separe o homem" (Mt 19:6).

3. As consequências do divórcio. O divórcio é desinstalador. É como um terremoto, provoca grandes estragos. O divórcio é o colapso dos sonhos, o naufrágio da esperança e a desistência deliberada de uma aliança firmada na presença de Deus.

A seguir, destacamos quatro consequências do divórcio apontadas pelo profeta Malaquias:

a) O divórcio provoca profunda dor na pessoa abandonada (Ml 2:13). À época de Malaquias, quando as esposas abandonadas iam ao altar e derramavam suas lágrimas, isso tocava o coração de Deus a ponto de Ele não aceitar as orações dos maridos que as abandonavam.

b) O divórcio traz graves problemas para os filhos (Ml 2:15). A poligamia e o divórcio não são compatíveis com a criação de filhos no temor de Deus. E, em última instância, essas práticas não eram proveitosas para obter a semente piedosa na árvore genealógica do Messias prometido. Ninguém poderia divorciar-se, casando-se com uma idólatra e ainda esperar uma santa posteridade atrás de si.

c) O divórcio provoca uma crise espiritual e uma quebra da comunhão com Deus na vida da pessoa que abandona seu cônjuge (Ml 2:13b). Os contemporâneos de Malaquias estavam subestimando o pecado do divorcio. Eles choravam, mas não obedeciam. Quando Deus não aceita o ofertante, Ele rejeita a oferta. No primeiro capitulo de Malaquias, Deus recusa-se a aceitar os sacrifícios porque os animais eram defeituosos (Ml 1:8,10,13); agora, Deus os rejeita por causa do divórcio dos ofertantes. A Bíblia diz que se há iniquidade no coração, Deus não ouve as orações (Sl 66:18). O apóstolo Pedro diz que se o marido não vive a vida comum do lar, suas orações são interrompidas (1Pe 3:7). Deus não aceita o culto desses homens porque Ele não aceita a quebra da aliança conjugal deles.

d) O divórcio provoca o repúdio de Deus (Ml 2:16). Deus odeia o divórcio e repudia aquele que age com violência com o cônjuge abandonado. Para Deus, o divórcio é como cobrir de violência as suas vestes. De fato, toda vítima do divórcio é violentada psicologicamente. Os golpes psicológicos precedem à separação física.

Precisamos alertar que Deus é a testemunha de toda cerimônia de casamento, e também será a testemunha de toda violação desses votos. O pecado do divórcio é uma coisas abominável que Deus odeia sempre. Pense nisso!

CONCLUSÃO


O casamento é um dos mais solenes concertos e comprometimentos que pode haver entre duas pessoas. É uma “comunhão divina e humana entre um homem e uma mulher”. Trata-se, pois, de um compromisso assumido entre um homem e uma mulher que ultrapassa o mero aspecto biológico ou social, mas que atinge, também, o nível espiritual. É a forma que Deus estabeleceu para a formação da família (Gn 2:24) e, por isso, exige que ambos os cônjuges sejam comprometidos com o Senhor, e que levem a sério a sacralidade do relacionamento familiar, para que se tenha o ambiente propício para a adoração ao Senhor.

Agradeço a todos que me acompanharam ao longo deste ano letivo. Que o Senhor abençoe a todos grandiosamente. Até o próximo ano, se Deus quiser! Feliz Ano Novo!

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Elaboração: Luciano de Paula Lourenço – Prof. EBD – Assembléia de Deus – Ministério Bela Vista. Disponível no Blog: http://luloure.blogspot.com

Referências Bibliográficas:

William Macdonald – Comentário Bíblico popular (Antigo Testamento).

Bíblia de Estudo Pentecostal.

Bíblia de estudo – Aplicação Pessoal.

O Novo Dicionário da Bíblia – J.D.DOUGLAS.

Comentário Bíblico NVI – EDITORA VIDA.

Revista Ensinador Cristão – nº 52 – CPAD.

A Teologia do Antigo Testamento – Roy B.Zuck.

Comentário Bíblico Beacon, v.5 – CPAD.

Malaquias – Rev. Hernandes Dais Lopes.

FONTE: http://luloure.blogspot.com.br/