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quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

ESCOLA BÍBLIA DOMINCAL 2016 CPAD


Aula 01 - ESCATOLOGIA, O ESTUDO DAS ÚLTIMAS COISAS

1º Trimestre/2016
 
Texto Base: Mateus 24:4,5,11-13; 1Tessalonicenses 1:10
 
“Sabe, porém, isto: que nos últimos dias sobrevirão tempos trabalhosos” (2Tm 3:1).
INTRODUÇÃO
Após estudarmos sobre “O Começo de Todas as Coisas – estudo sobre o Livro de Gênesis”, estudaremos no 1º Trimestre letivo de 2016 sobre “O Final de Todas as Coisas – Esperança e Glória paras os Salvos”. É um tema fundamental e urgente para a Igreja, em especial nos dias atuais, os quais denunciam que a volta do nosso Senhor está às portas.
Teremos uma grande oportunidade de reavivarmos entre os crentes o interesse pelas coisas que brevemente hão de acontecer, e nos conscientizarmos de que devemos a cada instante nos preparar para encontrar com o nosso Senhor Jesus nos ares. Quando os discípulos ficaram perplexos, olhando para o céu, após a ocultação da figura física de Jesus, de imediato o Senhor mandou dois anjos para lembrá-los que aquele Jesus que acabara de retornar ao Lar celestial, haveria de voltar da mesma forma que havia subido para glória (At 1:11). Essa atitude divina de relembrar os discípulos à cerca das promessas de Jesus sobre a sua volta revela-nos quão importante para a vida espiritual de cada crente é o estudo das profecias bíblicas ainda não cumpridas, daquilo que brevemente há de acontecer. Como diz o hino 300 da Harpa Cristã, “Nossa Esperança é Sua Vinda”. Sem a perspectiva da volta de Cristo, não há esperança para o crente, não há sentido em nossa vida espiritual, a nossa adoração a Deus perde a razão de ser. Não é, pois, por outro motivo, que o adversário tem procurado, de todas as formas, retirar dos púlpitos a mensagem em torno deste assunto, como também levantado inúmeras pregadores liberais, seitas e heresias, cujo intento é, prioritariamente, alterar e distorcer verdades a respeito da doutrina das últimas coisas, visando, assim, estabelecer um ambiente de confusão e de desesperança entre os crentes. “Sede sóbrios e vigiai em oração”(1Pe 4:7) - é a recomendação atemporal das Escrituras Sagradas.
I. O ESTUDA DA ESCATOLOGIA
“... O Espírito da verdade... vos anunciará as coisas que hão de vir”(Jo 16:13).
1. Definição. Doutrina das Últimas Coisas, também chamada de Escatologia, é o ensino a respeito das profecias relacionadas com o término da dispensação da Igreja e os fatos subsequentes até o final da história humana. O termo Escatologia deriva do grego “eschatos”=último. E “logia”=trato ou estudo. Logo, Escatologia é o estudo (ou tratado) das últimas coisas.
Alguns estudiosos da Bíblia dizem que a Escatologia não abrange apenas os fatos históricos que ainda estão por acontecer, dentro de nossa atual dispensação, mas abrange toda a atividade profética constante das Escrituras, pois, as profecias a respeito da primeira vinda de Jesus, por exemplo, são tão escatológicas quanto as profecias que se referem à sua segunda vinda, uma vez que, nos dois casos, o fato de Jesus já ter vindo a este mundo uma vez não altera a circunstância de que Deus fez as revelações antes que os fatos tenham acontecido, sendo, pois, uma ação divina de igual natureza tanto num caso quanto noutro. Embora até concordemos com este ponto-de-vista, temos que o objeto do estudo deste nosso trimestre diz respeito aos fatos que ocorrerão a partir do instante em que a Igreja se constitui no povo de Deus aqui na Terra, este período de tempo na história humana em que Cristo concluiu a Sua obra de reconciliação entre Deus e o homem e esta boa nova é anunciada a todas as nações, com a plena e livre ação do Espírito Santo sobre a humanidade, pronta a convencê-la dos seus pecados e a fazer prosperar a pregação do Evangelho, que é levada a efeito pela Igreja. Dentro desta perspectiva, vemos que a doutrina das últimas coisas tem como profecia-chave, como elemento de base, a revelação feita por Deus, através do anjo Gabriel, ao profeta e grande estadista Daniel, conhecida como a “Profecia das Setenta Semanas”, que se encontra em Daniel 9:24-27. É a partir desta revelação que se deve estruturar todo o Estudo das Últimas Coisas.
Veja o gráfico escatológico com base nas Setenta Semanas de Daniel:
 


 Jamais poderíamos falar de escatologia sem falar de Israel – descendentes de Abraão (Gn 12:1,2). Os filhos de Israel foram altamente privilegiados como nenhuma outra nação o foi. Deus escolheu a nação israelita para o estabelecimento de seu plano salvífico beneficiando toda a humanidade. Israel é a nação eleita por Deus – “Porque povo santo és ao Senhor teu Deus; o Senhor teu Deus te escolheu, para que lhe fosses o seu povo especial, de todos os povos que há sobre a terra”(Dt 7:6); “...Eu sou o Senhor vosso Deus, que vos separei dos povos”(Lv 20:24); ”E vós me sereis um reino sacerdotal e o povo santo. Estas são as palavras que falarás aos filhos de Israel”(Ex. 19:6).
Deus prometeu abençoar o mundo através de Israel – “E em tua descendência serão benditas todas as nações da terra...” (Gn 22:18).
Deus demonstrou sua presença, seu poder e seu nome (Rm 9:17) - “... Para isto mesmo te levantei; para em ti mostrar o meu poder, e para que o meu nome seja anunciado em toda a terra”.
Porém, Israel falhou e a tudo rejeitou, e as consequências foram trágicas para esse povo:
- Perderam o reino – “Portanto, eu vos digo que o reino de Deus vos será tirado, e será dado a uma nação que dê os seus frutos” (Mt 21:43).
- A casa ficou deserta – “Eis que a vossa casa vai ficar-vos deserta” (Mt 23:38). 
- Os ramos foram quebrados – “E se alguns dos ramos foram quebrados...”(Rm 11:17).
- Foram dispersos pelo mundo – “O meu Deus os rejeitará, porque não o ouviram, e errantes andarão entre as nações”(Os 9:17).
A pesar de todas essas punições, Israel é o ponto central da Escatologia Bíblica. Jesus falou: ”Olhai para a figueira”(Lc 21:29). A Figueira, na Bíblia, é um dos símbolos da Nação de Israel. O profeta Jeremias previu o futuro da nação usando dois cestos de figos – ele viu figos bons e ruins – “um cesto tinha figos bons... mas o outro tinha figos muito maus...”(Jr 24:2). Assim como no Novo Testamento o trigo representa a Igreja, também no Antigo Testamento a Figueira representa a nação de Israel entre todas as nações, ou entre todas as “árvores”, conforme o Senhor colocou em sua parábola: “... Olhai para a figueira e para todas as árvores”(Lc 21:29).
2. A escatologia e a volta de Jesus. O estudo da escatologia bíblica mostra que o cristão autêntico tem de estar sempre vigilante em oração (1Pe 4:7), pois a volta de Jesus Cristo pode acontecer a qualquer momento e de forma repentina (Mt 24:44).
Nosso Senhor prometeu várias vezes que viria nos buscar. Quando olhamos textos como o de João 14:1-3, somos consolados e podemos notar o cuidado do Senhor com os seus. Repare que alguns instantes antes, em João 13, Jesus falava sobre a sua morte e os discípulos ficaram preocupados, então o Senhor passa a consolar o coração deles com a promessa da sua vinda. Crer que Jesus morreu e ressuscitou, implica em crer que ele voltará. O próprio cerimonial da Santa Ceia aponta para a sua volta (1Co 11:26).
Todo cristão fiel ao Senhor aguarda ansiosamente a volta de Jesus. Devemos (como os cristãos do primeiro século, apóstolos e os pais da Igreja) viver como se o Senhor viesse hoje! A Bíblia não nos fala quando será à volta de Jesus. O Senhor não revela o dia nem a hora por isso devemos estar vigilantes (Mt 24:33,50; Mc 13:35-37; Lc 21:34-36; 1Ts 5:1-6).
Apesar de não sabermos o exato momento, a Palavra de Deus nos mostra como ocorrerá a Segunda Vinda de Jesus. Podemos notar que à volta do Senhor será em 2 fases distintas: Na Primeira Fase o Senhor virá até as nuvens e a Igreja será arrebatada até ele (1Ts 4:17). Na Segunda Fase, haverá a manifestação gloriosa, física e visível do Senhor Jesus ao mundo, para livrar Israel do poder do Anticristo, julgar as nações e implantar o Milênio (Zc 14:4; Mt 24:30; Ap 1:7). Esta revelação gloriosa ocorrerá 07 anos após o Arrebatamento.
O Arrebatamento e a Revelação gloriosa são dois fatos distintos. No primeiro o Senhor toma para si aqueles que são seus. No segundo ele vem com os seus que foram arrebatados para dar fim à Grande Tribulação, ao Anticristo e a todo o seu exército; julgar as nações e implantar o Milênio (Cl 3:4; Jd 14; Ap 19:11-16).
No arrebatamento da Igreja Jesus não pisará sobre a Terra, a Igreja se encontrará com o Senhor nos ares; o mundo apenas perceberá que algumas pessoas desaparecerão. Somente na segunda fase se dará a manifestação visível do Senhor ao mundo. Portanto, para a Igreja, a volta de Jesus está relacionada com o Arrebatamento; para Israel e para o mundo, está relacionada com o fim da tribulação. Podemos dizer então que a vinda de Jesus à Terra se dará literalmente após a Grande Tribulação.
Em toda a Bíblia vemos a promessa da volta do Senhor; uma das maiores esperanças e consolo para a Igreja (Mt 25:31; 26:64; Lc 19:13; 1Ts 4:17,18; Ap 2:25; 22:12, 20). Esta volta foi predita também: pelos anjos (At 1:10,11); por Enoque (Jd 14,15); pelos profetas (Zc 14:1-9); pelo Senhor no cerimonial da Santa Ceia (1Co 11:26).
II. A PREOCUPAÇÃO COM OS FINS DOS TEMPOS
1. Os discípulos de Jesus. “E, estando assentado no Monte das Oliveiras, chegaram-se a ele os seus discípulos, em particular, dizendo: dize-nos quando serão essas coisas e que sinal haverá da tua vinda e do fim do mundo? ” (Mc 13:3). Apenas Marcos informa que a pergunta foi feita por Pedro, Tiago, João e André. A pergunta dos discípulos, na verdade, pode ser desdobrada em três, e demonstra a visão correta que eles tiveram sobre os eventos escatológicos.
a) “Quando serão essas coisas”. Aqui, “essas coisas” falavam daquele tempo presente e estavam relacionadas com a destruição do templo, segundo Jesus havia dito alguns momentos antes, e que, na verdade, ocorreu no ano 70 d.C, quando o templo foi demolido pelo exército romano, que não deixou “pedra sobre pedra”, conforme tinha sido predito por Jesus.
b) “Que sinal haverá da tua vinda”. Isto refere-se à segunda vinda de Jesus. Essa segunda vinda acontecerá, conforme explicamos anteriormente, em duas etapas. Na primeira etapa, o Senhor Jesus virá para a Igreja - é chamada de momento do Arrebatamento da Igreja, que poderá acontecer a qualquer momento (Mt 24:44; 1Co 15:51,52). Na segunda etapa de sua vinda, o Senhor Jesus virá para os Judeus, ou para Israel, pois descerá, de forma visível, no Monte das Oliveiras. Esta segunda etapa é conhecida como o dia da Revelação, pois será visível a todos – “Eis que vem com as nuvens, e todo olho o verá...”(Ap 1:7).
c) “E do fim do mundo”. É difícil sabermos se naquele momento, Pedro, Tiago, João e André, que até poucas horas antes parecia que estavam ainda sonhando com um reino terreno, entenderam a profundidade e o alcance da pergunta que estavam fazendo, ou se foram inspirados pelo Espírito Santo a fazê-la, a fim de que o Senhor Jesus pudesse descortinar o futuro, em seu grande sermão escatológico.
A pergunta dos discípulos envolvia os acontecimentos daquela época, do nosso tempo e do fim do mundo. Assim, no ano 70 d.C, cumpriu-se uma parte do que eles queriam saber: o Templo foi totalmente destruído, não ficando “pedra sobre pedra”, e os judeus que conseguiram fugir, a partir daquela data, espalharam-se pelo mundo, para somente se fixar de novo naquela terra, como nação, em 1948.
A Segunda parte do que eles queriam saber ainda não se cumpriu - que é aTua Vinda. E, mesmo quando se cumprir, ainda não será o fim do mundo, pois haverá o Milênio. Assim, após os acontecimentos relativos à Tua Vinda, as atividades na terra continuarão, pelo menos, por mais mil anos. Então, ao que parece, virá o fim de todas as coisas!
Infelizmente, muitos não acreditam mais na Segunda Vinda de Cristo. Já no primeiro século algumas pessoas não acreditavam neste glorioso acontecimento. O apóstolo Pedro fala sobre os "escarnecedores", que dizem: "Onde está a promessa da sua vinda?”. Achando que a Palavra de Deus não haveria de se cumprir, por causa da demora em chegar o fim dos tempos (2Pe 3:3,4). Desde aquele tempo, nos primórdios do cristianismo, havia pessoas que não acreditavam na Vinda de Jesus. Os anos se passavam, as décadas decorriam, e não havia sinais da volta do Senhor para reinar com sua Igreja. Imaginem hoje quantos também descreem da volta do Senhor. Há até pastores de igrejas que desacreditam na volta literal do Senhor Jesus, descendo sobre as nuvens para buscar a sua igreja. Ocorre que a Palavra de Deus não pode falhar. Ela é ao mesmo tempo inspirada, revelada e inerrante, pois seu Autor é Deus, por intermédio do Espírito Santo, que transmite a mensagem para a Igreja e para o mundo.
Irmãos, Deus não se guia pelo tempo cronológico, ou kronos (gr.). Ele se guia por seu próprio "tempo", que pode ser traduzido pela palavra grega kairós, que se refere a um "tempo", período ou "era" indeterminados, que não podem ser avaliados ou estabelecidos pela lógica da cronologia humana. Foi por isso que o apóstolo Pedro, numa inspiração profética, referiu-se ao tempo da volta de Jesus de forma bem incisiva e profética, quando escreveu, em sua Segunda Carta, em alusão aos escarnecedores que duvidavam que Jesus voltaria, face os anos decorridos, desde seu retomo para os céus: "Mas, amados, não ignoreis uma cousa: que um dia para o Senhor é como mil anos, e mil anos, como um dia" (2Pe 3:8). Quem pode entender a mente de Deus? Ninguém. Não se sabe se Ele está usando a equação de mil anos, como um dia, ou de um dia como mil anos.
2. As previsões falsas sobre o futuro. Quantas vezes você ouviu dizer que o mundo ia acabar? A História da Igreja testemunhou, ao longo dos séculos, um grande número de falsos profetas e falsas provisões quanto ao futuro da humanidade. Só para esse ano de 2015 houve várias previsões sobre o fim do mundo. Pasmem, essas previsões foram feitas por pessoas que se dizem cristãs! Para o mês de setembro de 2015 fizeram várias previsões de que a Terra teria seu fim entre 22 e 28 de setembro, quando um asteroide cairia perto de Porto Rico. Muitas igrejas acreditaram no falso profeta que espalhavam estas falsas notícias. E nada aconteceu. Terminou em decepção e vergonha. E assim será para todos os falsos profetas e para aqueles que os seguem, por propalarem tempos e datas para o "fim do mundo".
Na verdade, tais pregoeiros do fim não passam de falsos profetas, que, além de frustrarem a fé de milhares de pessoas, deixam um legado de falsos ensinos e heresias que causam prejuízo à vida espiritual de milhões de pessoas que nelas acreditam.
O nosso adversário tem procurado, de todas as formas, retirar dos púlpitos a mensagem verdadeira em torno da volta de Cristo e o fim de todas as coisas, como também levantado um sem-número de seitas e heresias cujo intento é, de modo prioritário, alterar e distorcer a verdade a respeito da Doutrina das Últimas Coisas, visando, assim, estabelecer um ambiente de confusão e de desesperança entre os crentes.
A expectativa da segunda vinda de Cristo não deve transformar ninguém em sonhador preguiçoso ou fanático zeloso. Tanto viver desatentamente como marcar datas para a segunda vinda de Cristo estão em desacordo com os preceitos de Deus. Em vez de querer fazer parte da “comissão de planejamento” da segunda vinda de Cristo, devemos anelar fazer parte do “comitê de boas-vindas”.
3. Falsos profetas. Segundo disse o pr. Elinaldo Renovato, certo pastor evangélico, no Nordeste, fazia cálculos errôneos sobre a Grande Tribulação e a Volta de Jesus. Ele marcou o arrebatamento para 1993, e o início da Grande Tribulação (sete anos) considerando que o ano 2.000 seria o fim do 6° milênio. Nada aconteceu. Indagado sobre qual era o calendário em que ele baseava suas previsões sobre os fins dos tempos, respondeu que usava o calendário romano. Esqueceu-se de que o calendário que usamos tem um erro de defasagem de quatro ou cinco anos, cometido por Dionysius Exiguus, que só foi descoberto muitos anos depois. Segundo os estudiosos, Jesus pode ter nascido entre 6 e 4 a.C. Mas o referido pastor, homem de mais de 60 anos, considerava-se, presunçosamente, um dos maiores intérpretes das Escrituras. Desdenhou de uma comissão que foi ouvi-lo, tachando a todos de "meninos”, que não sabiam bem das Escrituras. Por causa de suas apostilas, também houve quem quisesse desmarcar compromissos, alegando que, se Jesus estava perto de voltar, para que fazer mais alguma coisa? Mas, para sua decepção e sorte do mundo perdido, Jesus não veio em 1993.
Outro “profeta”, baseado em cálculos matemáticos, somando ou subtraindo referências bíblicas e utilizando a contagem bíblica dos tempos, assegurou que o Anticristo seria revelado em 13 de novembro de 1986 às 17 horas em Jerusalém. Marcou o “fim do mundo” para março de 1987. Nada aconteceu. O falso profeta foi desmoralizado.
Por que tais ensinos fracassaram? Simplesmente, porque não estavam de acordo com a Palavra de Deus. Jesus, em seu sermão escatológico, ensinou: "Porém daquele Dia e hora ninguém sabe, nem os anjos dos céus, nem o Filho, mas unicamente meu Pai. Por isso, estai vós apercebidos também, porque o Filho do Homem há de vir à hora em que não penseis” (Mt 24:23,44).
III. INTERPRETAÇÕES ESCATOLÓGICAS
Segundo alguns teólogos e estudiosos sobre o assunto, há quatro maneiras de interpretar a escatologia bíblica:
1. Futurista. A linha de interpretação futurista faz os elementos proféticos e apocalípticos nas Escrituras referirem-se primeiramente a um 'tempo do fim' quando todos os eventos virão a acontecer, começando com o Arrebatamento da Igreja até os fatos subsequentes. A maior parte dele ainda é futuro para nós, como era para aqueles que viviam nos tempos bíblicos. Esta é a linha de interpretação mais adequada à realidade das profecias sobre os últimos tempos. Essa corrente de interpretação, porém, subdivide-se em:
a) Pré-tribulacionista. Esta corrente afirma que o Senhor Jesus arrebatará sua Igreja antes da Grande Tribulação (João 14:1-3; 1Ts 1:10). É a nossa posição. É o nosso credo. É o credo da Assembleia de Deus. Em 1Co 15:51,52 está escrito: “Eis que vos digo um mistério: nem todos dormiremos, mas transformados seremos todos, num momento, num abrir e fechar d’olhos, ao ressoar da última trombeta. A trombeta soará, os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados”.
A própria natureza da Grande Tribulação impede que a Igreja passe por qualquer fase dela. A Tribulação é uma época de ira, julgamento, indignação, trevas, destruição e morte. Paulo escreve: “Agora, pois, já nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus”(Rm 8:1). A Igreja foi purificada pelo sangue de Jesus e não necessita de outra purificação. Alguns questionam: “Os cristãos não precisam ser purificados?” A resposta é sim, mas eles são purificados através da confissão do pecado e através do sangue de Jesus Cristo, não através do sofrimento pessoal. “Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça”(1João 1:9).
Outra razão que vem justificar que a posição pré-tribulacionista é verdadeira é o que Paulo escreveu em 2Ts 1:7-8, que fala em dar “a vós, que sois atribulados, descanso conosco, quando se manifestar o Senhor Jesus desde o céu com os anjos do seu poder; como labareda de fogo, tomando vingança dos que não conhecem a Deus e dos que não obedecem ao evangelho de nosso Senhor Jesus Cristo”. A ira de Deus durante a Grande Tribulação será derramada sobre “aqueles que não conhecem a Deus”, não sobre a Igreja. Deus salvou a Ló da destruição de Sodoma e Gomorra, porque ele era um homem justo. Sendo ele um homem justo (2Pe 2:7), os anjos lhe disseram: ”Livra-te, salva a tua vida; não olhes para trás, nem pares em toda a campina; foge para o monte para que não pereças... pois nada posso fazer, enquanto não tiveres chegado lá”(Gn 19:17,22). A presença de um homem justo retardou a ira de Deus. Da mesma maneira, a Igreja terá de ser removida antes que a ira de Deus possa ser derramada sobre a Terra - “Mas nós, que somos do dia, sejamos sóbrios, vestindo-nos da couraça da fé e do amor, e tendo por capacete a esperança da salvação; Porque Deus não nos destinou para a ira, mas para a aquisição da salvação, por nosso Senhor Jesus Cristo”(1Ts 5:8-9).
O propósito da Grande Tribulação não é preparar a Igreja para estar com Cristo, mas levar os judeus e gentios rebeldes a julgamento (2Ts 2:12), após a rejeição da mais ampla revelação do amor e da misericórdia divinos na pessoa de Jesus Cristo.
b) Pré-milenista. Ser pré-milenista significa crer que a Igreja será Arrebatada antes da implantação do Milênio, que será o governo de Cristo, na Terra. Esta corrente teológica interpreta os capítulos 19 e 20 de Apocalipse de acordo com a sequência indicada:
- Em Apocalipse 19:1 encontramos a Igreja, no Céu - “E, depois destas coisas, ouvi no céu como que uma grande voz de uma grande multidão, que dizia: ALELUIA! Salvação e glória, e honra, e poder pertencem ao Senhor, nosso Deus”.
- Em Apocalipse 19:7 fala-se das Bodas do Cordeiro - “Regozijemo-nos, e alegremo-nos, e demos-lhe glória, porque vindas são as bodas do Cordeiro, e já a sua esposa se aprontou”.
- Terminada a festa das Bodas, no capitulo 19:12-14, encontramos o Senhor Jesus - o Cavaleiro do “cavalo branco” -, voltando à Terra, no Dia da Revelação do Senhor. Isto, sete anos depois do Arrebatamento da Igreja e no final do governo do Anticristo, aqui na Terra. É, também, o final da Grande Tribulação.
Nesta vinda de Jesus à terra, a Igreja, glorificada, virá com ele - “E seguiam-no os exércitos que há no céu em cavalos brancos e vestidos de linho fino, branco e puro” (Ap 19:14). Esta roupa os anjos não podem vestir; elas foram dadas à Igreja - “E foi-lhe dado que se vestisse de linho fino, puro e resplandecente; porque o linho fino são as justiças dos santos” (Ap 19:8).
- O final do capitulo 19 descreve a grande batalha do Armagedon, na qual o Senhor Jesus aniquilará o gigantesco exército das nações, ou dos reis da terra, prende o seu comandante - que é o próprio Anticristo -, o qual, juntamente com o falso profeta “...foram laçados vivos no ardente lago de fogo e de enxofre” (Ap 19:20).
- Satanás é preso; Jerusalém e Israel, libertados, reconhecem e aceitam o Senhor Jesus, como sendo o seu Messias; as nações serão julgadas... e o Milênio vai ser implantado.
- A Igreja permanecerá com Jesus, pois, antes de sua morte ele orou ao Pai, e pediu - “Pai, aqueles que me deste quero que, onde eu estiver, também eles estejam comigo, para que vejam a minha glória que me deste...” (João 17:24). Assim, pessoalmente, cremos que no Milênio, bem como na eternidade, a Igreja estará com Jesus, onde ele estiver.
c) Midi-tribulacionista. Os seguidores desta corrente interpretativa creem que a Igreja irá passar pelos primeiros três anos e meio dos sete anos da Tribulação e que será arrebatada antes do início da segunda metade da Tribulação.
Esta visão deve ser rejeitada, uma vez que a Tribulação nos primeiros três anos e meio terá guerras, pestes, fome, doenças, desolação e morte como início da ira de Deus sendo derramada sobre a Terra. Assim como a Igreja não pode passar pela última metade da Tribulação (porque o propósito da Tribulação é punir os incrédulos, não a Igreja), também não pode passar pela primeira metade.
d) Pós-tribulacionista. A posição do arrebatamento pós-tribulacionista sustenta que a Igreja passará por sete anos de Tribulação. Ela resistirá ao julgamento e à ira de Deus e será levada para se encontrar com o Senhor no espaço, para voltar imediatamente com ele para a Terra. Um texto usado para justificar esta posição é João 16:33: ”no mundo tereis aflições…”.
Nas Escrituras a palavra tribulação é usada de duas formas diferentes. Primeiro, é usada para descrever uma terrível provação que vem sobre os indivíduos que andam com Cristo; neste sentido o crente deve esperar por provações. Segundo, a palavra é usada para descrever o período de sete anos quando a ira de Deus será derramada na Terra sobre os homens por sua rejeição a Jesus Cristo e ao evangelho. O propósito da Grande Tribulação é punir aqueles que rejeitaram a Palavra de Deus. Os crentes têm a promessa: ”Agora, pois, já nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus”(Rm 8:1). A Igreja não pode experimentar o julgamento da Grande Tribulação porque seu julgamento foi removido pelo sangue de Jesus Cristo no calvário. Dessa forma, a visão do arrebatamento pós-tribulacionista deve ser rejeitada.
2. Histórica. Os adeptos da linha de interpretação história consideram que o Apocalipse é um livro histórico, ou seja, que os eventos nele contidos ainda eram futuros na ocasião em que foram descritos (o período bíblico), mas que já ocorreram e continuam a ocorrer dentro da vida histórica da igreja. Os adventistas acreditam que já estamos no cumprimento do capítulo 6 do Apocalipse, na abertura do 1° selo, que seria a pregação do evangelho. Com base no que já foi esclarecido neste estudo não precisa de esforço para refutar essa linha de interpretação, pois ela não corresponde à realidade bíblica.
3. Preterista. A abordagem preterista considera que o cumprimento da profecia apocalíptica ocorreu mais ou menos contemporaneamente com o registro bíblico dela, incluindo a destruição de Jerusalém, no ano 70 d.C. Destarte, os 'últimos tempos' já teriam acontecido quando o escritor bíblico os descreveu. Nesta linha de interpretação há manipulação de datas para tudo, visando acomodar as premissas da interpretação. Numa linguagem simples, essa corrente entende que, no Apocalipse, tudo é passado (pretérito). Entretanto, as profecias bíblicas sobre o fim dos tempos indicam que diversos eventos escatológicos ainda não se cumpriram, como o Arrebatamento da Igreja (Mt 24:44; 1Ts 4:17), a Grande Tribulação ou "a hora da tentação que há de vir sobre todo o mundo" (Ap 3:10), a vinda de Cristo em glória (Mt 16:27; Ap 1:7), o Julgamento das nações (Mt 25:31-46), o Milênio (Ap 20:2-5) ....
4. Simbolista. A interpretação simbolista (ou idealista) tira o elemento temporal da profecia apocalíptica. Segundo o pr. Elinaldo Renovato de Lima (1), no simbolismo tudo é "espiritualizado", tudo é simbólico; nada é histórico nem profético, mas apenas uma alegoria da luta entre o bem e o mal. É uma interpretação racionalista, que nega o sobrenatural e exalta apenas o homem. Como derivado dessa corrente, existe o ensino amilenista, ou amilenialista, segundo o qual não haverá um período literal de mil anos para o reinado de Cristo. Seus defensores afirmam que, "em momento algum, Jesus irá reinar sobre a Terra a partir de Jerusalém. O reino de Cristo não é deste mundo, mas Ele reina nos corações do seu povo sobre a Terra. Os mil anos simbolizam a perfeição e a plenitude do tempo que separa as duas vindas de Cristo". E que a igreja está vivendo esse Milênio simbólico, quando, logo após, haverá a ressurreição dos mortos. Todavia, as referências que indicam que o Milênio será literal são abundantes (Ap 20:2-5 e ref.).
Ainda afirma o pr. Elinaldo Renovato, os acontecimentos históricos do século passado e do atual desmentem totalmente a doutrina de que a Igreja está vivenciando o Milênio. As duas guerras mundiais, com milhões de vidas destruídas; o avanço das falsas religiões e das seitas; o aumento da violência e da corrupção; as grandes catástrofes naturais, como terremotos de alta intensidade, ceifando tantas vidas; o aumento da depravação da humanidade, a ponto de superar a pecaminosidade de Sodoma e Gomorra. Tudo isso desmente a teoria de que desde o século passado, estaríamos vivendo o Milênio. As características do Milênio reveladas nas Escrituras são muito diferentes. Diz a Bíblia: "Porque a terra se encherá do conhecimento da glória do Senhor, como as águas cobrem o mar" (Hc 2:14). Isso até aqui não aconteceu. Esse ensino tem tido a aceitação de muitas pessoas, incluindo pastores pentecostais, que antes pregavam a visão da vinda literal de Cristo à Terra.
Dentre os simbolistas há os pós-milenistas, que veem o Milénio como uma extensão do período atual da Igreja. Ensinam que o poder do evangelho ganhará todo o mundo para Cristo, e a Igreja assumirá o controle dos reinos seculares. Após isso, haverá a ressurreição e o julgamento geral tanto do justo como do ímpio, seguido pelo reinado eterno no novo céu e na nova terra. Os textos bíblicos, porém, indicam uma ordem diferente dos acontecimentos escatológicos. A ressurreição dos mortos salvos ocorrerá na vinda de Cristo. Paulo teve a revelação de Deus em relação à ressurreição dos crentes salvos, e da transformação dos que estiverem vivos na vinda de Jesus. No texto a seguir, não vemos hipótese para ser uma profecia simbólica, e, sim, literal e realista quanto à volta de Cristo: a ressurreição e o arrebatamento dos salvos.
“Não quero, porém, irmãos, que sejais ignorantes acerca dos que já dormem, para que não vos entristeçais, como os demais, que não têm esperança. Porque, se cremos que Jesus morreu e ressuscitou, assim também aos que em Jesus dormem Deus os tornará a trazer com ele. Dizemo-vos, pois, isto pela palavra do Senhor: que nós, os que ficarmos vivos para a vinda do Senhor, não precederemos os que dormem. Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro; depois, nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares, e assim estaremos sempre com o Senhor” (1Ts 4.13-17).
Uma leitura cuidadosa do texto citado toma por base o fato da ressurreição de Cristo, que não foi simbólico, mas literal, testemunhado por centenas de pessoas e registrado nas páginas dos Evangelhos. Paulo diz que, da mesma forma, os que estão mortos ("em Jesus dormem") serão ressuscitados por Deus. E acrescenta que "os que ficarmos vivos para a vinda do Senhor não precederemos os que dormem", e que, naquele momento glorioso para a igreja, "os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro". Isso não tem nada a ver com simbolismo. A linguagem, aí, só é figurada ou simbólica, no que respeita ao estado de morte, ou "estado intermediário", em que o apóstolo usa a metáfora do sono ("os que dormem"). No mais, a literalidade é tão clara como a luz de um dia de verão.
Completando seu precioso ensino acerca do arrebatamento da igreja, Paulo diz que os que estiveram vivos, por ocasião da volta de Cristo, serão "arrebatados juntamente com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares". Somente uma interpretação equivocada ou tendenciosa pode vislumbrar simbolismo onde não há a menor margem para tal entendimento.
Na ascensão de Jesus, em Betânia, ele reunira seus discípulos e, diante de todos, literalmente, venceu a gravidade, em seu corpo glorificado, e subiu ao Céu à vista deles. Diz o texto de Atos: "E, quando dizia isto, vendo-o eles, foi elevado às alturas, e uma nuvem o recebeu, ocultando-o a seus olhos. E, estando com os olhos fitos no céu, enquanto ele subia, eis que junto deles se puseram dois varões vestidos de branco, os quais lhes disseram: Varões galileus, por que estais olhando para o céu? Esse Jesus, que dentre vós foi recebido em cima no céu, há de vir assim como para o céu o vistes ir" (At 1.9,11). Jesus vai voltar, disseram os mensageiros celestiais, "assim como para o céu o vistes ir". Ou seja, da mesma forma, sobrenatural, literal, visível, de forma incontestável (Elinaldo Renovato de Lima. O Final de Todas as Coisas. pp.16-18).
CONCLUSÃO
Percebe-se que o estudo da Doutrina das Últimas Coisas é difícil e exige muito cuidado por parte dos professores e alunos da Escola Bíblica Dominical. Não nos deixemos perturbar pelas correntes equivocadas e mal-intencionadas de interpretação das profecias, pelos que, mesmo entre nós, comecem a esmorecer e a desacreditar da volta do Senhor, passando a buscar as coisas desta vida, mesmo em nome de sua religiosidade, mesmo em nome de Cristo. Nunca percamos de vista que a razão de ser da nossa fé é a vida eterna, é o convívio para sempre com nosso Senhor nas mansões celestiais. Vigiemos e, juntamente com o Espírito Santo, que nosso profundo desejo da alma seja dizer: “Ora vem Senhor Jesus!”.
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Ev. Luciano de Paula Lourenço
Disponível no Blog: http://luloure.blogspot.com
Referências Bibliográficas:
Bíblia de Estudo Pentecostal.
Bíblia de estudo – Aplicação Pessoal.
Comentário Bíblico popular (Novo Testamento) - William Macdonald.
Guia do Leitor da Bíblia – Lawrence O. Richards
Manual de Escatologia (uma análise detalhada dos eventos futuros). J. Dwight Pentecost. Vida.
Um ensino necessário e confortador - Dr. Caramuru Afonso Francisco. Portal EBD_2004.
Joel Leitão de Melo - Sombras, Tipos mistérios da Bíblia.
Vem o Fim, o Fim Vem. Pr. Claudionor, de Andrade. CPAD. 2004.
Revista Ensinador Cristão – nº 65. CPAD.
(1) Elinaldo Renovato de lima. O Final de todas as Coisas – Esperança e Glória para os Salvos. CPAD.
 
 
FONTE:http://luloure.blogspot.com.br/

sexta-feira, 23 de outubro de 2015

Danilo Gentili do SBT

Por pressão da Record, SBT proíbe Danilo Gentili de fazer piadas com pastores, diz jornalista

Por pressão da Record, SBT proíbe Danilo Gentili de fazer piadas com pastores, diz jornalista
O humorista Danilo Gentili foi censurado pela direção do SBT em relação às piadas que seu programa fazia sobre pastores. A decisão seria resultado de uma suposta pressão da TV Record, que pertence ao bispo Edir Macedo.
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O talk-show The Noite costuma receber pastores para entrevistas, e geralmente são montados esquetes com piadas sobre características da religião. O próprio Gentili já fez troça com os pedidos de dízimos que são feitos nos cultos evangélicos.
De acordo com a jornalista Keila Jimenez, do portal R7, “Danilo Gentili deve passar longe das piadas sobre religião. Todas as religiões”. E o motivo para essa limitação seriam as piadas feitas justamente com os evangélicos.
“Fontes do SBT garantem que o humorista foi enquadrado pela direção após fazer graça com evangélicos em seu programa. Por sinal, foi isso o que realmente pegou quando a Record resolveu não liberar os seus artistas para o Teleton. Claro que as gracinhas de Danilo com Xuxa não foram bem-vindas na emissora. Mas o fato do humorista debochar dos evangélicos, religião da mulher e das filhas de Silvio Santos, foi o real motivo da confusão”, escreveu Jimenez.
A decisão do SBT foi tomada de maneira rápida para contornar o mal-estar com a Record, que chegou a dizer que não liberaria seus artistas para participarem do Teleton justamente por conta das piadas de Gentili.
Após conversas, a Record anunciou que vai liberar Xuxa, Luiz Bacci, César Filho e Gugu para participarem da maratona beneficente promovida pelo SBT em prol da AACD.
“Não é a primeira vez que Gentili arruma encrenca ao falar sobre religião. Em 2011 , ele fez uma piada infeliz sobre os judeus e depois pediu desculpas publicamente. Silvio também tem dado indiretas no ar que não quer os apresentadores do SBT fazendo graça sobre políticos”, escreveu Jimenez, lembrando uma indireta dada pelo dono da emissora sobre as críticas que Gentili costuma fazer contra o PT.

Relembre uma piada feita com pastores pentecostais no dia em que Silas Malafaia foi ao programa:








FONTE: http://noticias.gospelmais.com.br/sbt-proibe-danilo-gentili-fazer-piadas-pastores-79880.html

AULA 4 ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL CPAD

Aula 04 – A QUEDA DA RAÇA HUMANA

4º Trimestre/2015

 
Texto Base: Romanos 5:12-19

 
“Pelo que, como por um homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado, a morte, assim também a morte passou a todos os homens, por isso que todos pecaram” (Rm 5:12).

 

INTRODUÇÃO

Como começou a maldade e todo o sofrimento no mundo? A única resposta satisfatória da origem do mal encontra-se no capítulo 3 do Gênesis, que relata como o pecado entrou no mundo e como tem produzido consequências trágicas e universais. A queda de Adão e Eva é apresentada, literalmente, na Bíblia, de modo explícito. Não é um relato teórico ou figurativo, mas um relato histórico. O seu pecado foi uma transgressão deliberada ao limite que Deus lhe havia colocado.

O homem deliberadamente pecou contra o seu Criador, e ao pecar, tornou-se escravo do pecado (João 8:34), dominado totalmente por ele (Gn 4:7), sem condição alguma de modificar esta situação. Entretanto, a história não terminou com esta tragédia. Bem ao contrário, a Bíblia Sagrada nos ensina que, antes da fundação do mundo, dentro de sua presciência, Deus já havia elaborado um plano para retirar o homem desta situação tão delicada (Ef 1:4; Ap 13:8). Este plano foi revelado ao homem no dia mesmo de sua queda, quando o Senhor anunciou que haveria de surgir alguém da semente da mulher que feriria a cabeça da serpente e tornaria a criar inimizade entre o homem e o mal e, consequentemente, comunhão entre Deus e o homem (Gn 3:15). O Plano divino para a salvação da humanidade foi plenamente cumprido no sacrifício inocente, amoroso e vicário de nosso Senhor Jesus Cristo (cf. João 1:29; Cl 1:19-22; Gl 4:4,5). Só Jesus é quem pode dar a Salvação, pois “ em nenhum outro salvação, porque também debaixo do céu nenhum outro nome , dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos”(Atos 4:12).

I. O PARAÍSO NO ÉDEN (Gn 2:8-25)

Quando Deus fez os Céus e a Terra, e quando Ele criou o sol, a lua, as estrelas, as plantas e as aves, os animais da terra e os animais das águas, nenhum lugar específico tinha sido separado para ser a morada do homem. Deus dá um intervalo antes de criar o homem e prepara para ele um jardim ou paraíso no Éden. Esse jardim é organizado de uma forma especial. Deus planta todos os tipos de árvores nesse jardim – árvores agradáveis à vista e de bons frutos. Duas dessas árvores são chamadas pelo nome: a árvore da vida, plantada no meio do jardim; e a árvore do conhecimento do bem e do mal (Gn 2:9). O jardim foi preparado de tal forma que um rio que tinha sua nascente no próprio jardim fluía através dele, e dividia-se em quatro braços, a saber, Pisom, Giom, Tigre e Eufrates (Gn 2:10-14).  

1. Solicitude de Deus pelo homem. Na visão de Paul Hoff, podemos ver a solicitude de Deus pelo homem nos seguintes fatos:

a) colocou-o no jardim do Éden (ou paraíso na Terra), um ambiente agradável, protegido e bem regado (Gn 2:8-14). Ali, Deus deu a Adão trabalho para fazer, a fim de que não se entediasse. Há quem pense que o trabalho é parte da maldição, porém a Bíblia não ensina tal coisa; ensina, sim, que a maldição transformou o trabalho bom em algo infrutuoso e com fadiga (Gn 3:17).

b) Deus proveu a Adão de uma companheira idônea, instituindo assim o matrimônio (Gn 2:21,22). No capítulo 2 encontra-se, em forma embrioná­ria, o ensino mais avançado dessa relação. O propósito primordial do matrimônio é proporcionar companheirismo e ajuda mútua: "Não é bom que o homem esteja só: far-lhe-ei uma auxiliadora que lhe seja idônea [semelhante ou adequada]” (Gn 2:18).

O matrimônio deve ser monógamo, pois Deus criou uma só mulher para o homem; deve ser exclusivista, porque "deixará o varão o seu pai e a sua mãe"; deve ser uma união estreita e indissolúvel: "apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma carne".

Deus, em sua infinita sabedoria, instituiu o lar para formar um ambiente ideal em que os filhos possam ser criados cabalmente em todos os aspectos: física, social e espiritualmente. Ensina-se a igualdade e dependência mútua dos sexos - "Nem o varão é sem a mulher, nem a mulher sem o varão, no Senhor" (1Co 11:11). Um não é completo sem o outro.

O comentarista Matthew Henry observa que a mulher não foi formada da cabeça do homem, para que não exerça domínio sobre ele; nem de seus pés, para que não seja pisada; mas de seu lado, para ser igual a ele, e de perto de seu coração, para ser amada por ele. A mulher deve ser uma companheira que compartilhe a responsabilida­de de seu marido, reaja com compreensão e amor à natureza dele, e colabore com ele para levar a cabo os planos de Deus.

c) Deus concedeu a Adão ampla inteligência, pois ele podia dar nomes a todos os animais (Gn 2:19,20). Isto demonstra o fato de que tinha poderes de percepção para compreender suas características.

d) Deus mantinha comunhão com o homem (Gn 3:8). Desta feita, o homem podia cumprir seu mais elevado fim. Possivelmente, Deus tomava a forma de um anjo para andar no jardim com o primeiro casal. A essência da vida eterna consiste em conhecer pessoalmente a Deus (João 17:3), e o privilégio mais glorioso desse conhecimento é desfrutar da comunhão com Ele.

e) Deus pôs o casal à prova (Gn 2:16,17). Para os filhos de Deus as provas são oportunidades de demonstrar-lhe amor, obedecendo a Ele. Também constituem um meio de desenvolver seu caráter e santidade. Adão e Eva foram criados inocentes, porém a santidade é mais do que a inocência: é a pureza mantida na hora da tentação.

2. Cultivar e guardar o Jardim do Éden (Gn 2:15). Adão recebeu uma dupla tarefa para realizar: cultivar e guardar (preservar) o jardim do Éden. Isto é, ele tinha que cultivar a terra, e assim extrair dela todos os tesouros que Deus tinha reservado para o uso humano; e ele tinha que vigiar a terra, protegê-la contra todo o mal que pudesse ameaçá-la e preservá-la. Todavia, o homem só poderia cumprir essa missão se ele não quebrasse a conexão que o unia ao Céu, ou seja, somente se ele continuasse a obedecer a Deus.

Essa dupla tarefa, como podemos observar, é essencialmente uma só tarefa. Adão deveria dominar toda a terra, não de forma ociosa e passivamente (isto é: inerte, indiferente), mas através do trabalho de sua mente, de seu coração e de suas mãos. E para que isso fosse possível, ele deveria servir a Deus, que é o seu Criador e Legislador. Trabalho e descanso, domínio e serviço, vocação terrena e celestial, cultura e culto, são pares que caminham juntos desde o princípio. Eles pertencem e estão contidos na vocação do grande, santo e glorioso propósito do homem. Todo trabalho que o homem realiza para subjugar a Terra, seja através da agricultura, da pecuária, do comércio, da indústria, da ciência, ou de qualquer outra forma, é o cumprimento de um mandato divino. Mas para que o homem realmente cumpra esse mandato divino ele tem que depender e obedecer à Palavra de Deus.

II. A TENTAÇÃO NO PARAÍSO (Gn 3:1-6)

No Jardim do Éden, Deus colocou a árvore do conhecimento do bem e do mal como forma de testar a obediência do homem. A única razão para não comerem daquele fruto era o fato de Deus assim haver ordenado. De muitas maneiras, tal fruto ainda se encontra em nosso meio nos dias de hoje.

1. O Agente ativo da tentação. Satanás é o agente ativo da tentação. Ele instigou o primeiro casal a desobedecer à ordem de Deus. Satanás utilizou uma das suas armas preferidas: a sutileza. Esta é a marca registrada do diabo (João 8:44). As Escrituras registram ser ele o mais sutil de todos os seres criados por Deus e não há coisa alguma sutil que não esteja, de modo direto ou indireto, relacionado a ele.

Observamos, no relato da queda do primeiro casal, que o diabo surge como uma serpente, ou seja, de forma quase imperceptível, quase sem ser notada, apresentando-se à mulher de repente, de surpresa, num momento em que a mulher não esperava, diríamos que num instante de distração. Ante à distração do primeiro casal, o diabo conseguiu entrar no Jardim para efetuar a sua tarefa destruidora. A distração, o “cochilo espiritual”, é fatal para a saúde espiritual da Igreja. O caminho da vigilância está relacionado com a meditação diuturna da Palavra de Deus. Quando meditamos nas Escrituras, quando as estudamos ininterruptamente, o adversário não encontra brecha para agir.

Observe os passos que levaram a raça humana a pecar:

a) Satanás instigou dúvida em relação à Palavra de Deus: “É assim que Deus disse: não comereis de toda árvore do jardim? ” (Gn 3:1b). Eva estava distraída e, por causa disto, o diabo pôde se aproximar e iniciar um diálogo com a mulher, lançando-a no campo da dúvida. Diante de tanta amabilidade, Eva aceitou o diálogo, porém, não mostrou firmeza, pois a sua resposta não correspondeu aquilo que, de fato, Deus havia dito. Nossas dúvidas e inseguranças na Palavra de Deus tornam Satanás mais ardiloso.

b) Eva demonstrou desconhecimento da Palavra de Deus. Eva declarou (falando sobre a árvore do conhecimento do bem e do mal): “... do fruto das árvores do jardim comeremos, mas, do fruto da árvore que está no meio do jardim, disse Deus: não comereis dele, nem nele tocareis, para que não morrais”.

Dá para perceber que a mulher demonstrou desconhecimento da Palavra de Deus. Enquanto a ordem divina era para que não se comesse da árvore do conhecimento do bem e do mal (cf. Gn 2:16,17), a mulher respondeu à serpente que a ordem era a proibição de comer e tocar na árvore que estava no meio do jardim (Gn 3:3). Vemos aqui, portanto, que a mulher alterou em dois pontos a ordem divina, a saber: (a) árvore da ciência do bem e do mal por árvore que está no meio do jardim; (b) não comereis por não comereis nem tocareis.

c) Satanás contradita o próprio Deus. Face o desconhecimento da Palavra de Deus, agora Satanás estava em condições de contraditar o próprio Deus, pois, sentiu que já tinha o controle sobre a mulher. Mais uma vez, com muita sutileza, lançou dúvidas quanto à veracidade da Palavra do próprio Deus - “... certamente não morrereis”. Uma maneira muito sutil de afirmar que Deus havia mentido.

Satanás deturpou o mandamento do Senhor ao sugerir que Deus ocultava algo benéfico para Adão e Eva. Satanás se atreveu a negar as consequências da desobediência, como fazem até hoje seus seguidores, ao continuarem negando a existência do inferno e a punição eterna.

d) Satanás desperta na mulher a soberba e o desejo de ser como Deus. Não tendo havido nenhuma reação por ter ouvido que a Palavra do Criador não era verdadeira, então Satanás com maior sutileza deu sua cartada final, despertando, agora, a soberba e o desejo de ser como Deus: “Porque Deus sabe que, no dia em que dele comerdes, se abrirão os vossos olhos, e sereis como Deus, sabendo o bem e o mal” (Gn 3:5).

Satanás utilizou-se de um motivo sincero para testar Eva: “sereis como Deus”. Eva não estava errada em querer ser como Deus. Tornar-se mais parecido com Deus é o maior objetivo da humanidade. Deveríamos ser assim. Mas Satanás enganou Eva no que diz respeito ao modo de alcançar esse objetivo. Ele alegou que ela poderia parecer-se com Deus desafiando a autoridade dele, tomando o seu lugar e decidindo por si mesma o que era melhor para a sua vida. Na verdade, ele a instruiu a ser seu próprio deus. Entretanto, parecer-se com Deus não é o mesmo que querer ser Deus. Ao contrário, é refletir nas características de Deus e reconhecer a autoridade dele sobre a sua vida. Assim como Eva, possuímos um objetivo valioso, mas tentamos alcançá-lo de forma errada. Agimos como um candidato politico que usa de suborno para ser “eleito”; ao fazer isto, servir a comunidade já não é mais seu objetivo.

A exaltação própria conduz à rebelião contra Deus. Logo que começamos a retirar Deus de nossos planos, colocamo-nos acima dele. E é exatamente isto o que Satanás deseja (Bíblia de estudo Aplicação Pessoal).

O humanismo secular tem perpetuado a mentira de Satanás: “você será igual a Deus”.

e) A derrocada de Adão e Eva. O diabo mentiu, pôs em descrédito os ditos do Senhor e criou fantasias nas quais o primeiro casal acreditou e que foram a sua derrocada. Sem qualquer ameaça, sem nenhuma palavra forte, apenas na sutileza, Satanás já estava com a mulher na “palma de sua mão”. Eva se deixou enganar – pensou que seria como Deus. Olhou – “vendo a mulher que a árvore era boa para se comer, agradável aos olhos”; Desejou – “... árvore desejável para dar entendimento...”; Tomou – “... tomou-lhe do fruto...”; Comeu - “... comeu...”; Morreu: morte espiritual instantânea e morte física gradativa. A punição por transgredir o mandamento era a morte - “... no dia em que dela comeres, certamente morrerás”(Gn 2:17).

Uma vez se desprendendo das Escrituras, os homens são iludidos com falsas promessas e fantasias (que as Escrituras denominam de “fábulas”, ou seja, “contos da carochinha” (1Tm 1:4; 4:7; 2Tm 4:4; 2Pe 1:16), falsidades que a seu tempo se revelarão e que, infelizmente, para muitos, significarão a morte eterna.

2. O agente passivo da tentação. “... e deu também a seu marido, e ele comeu com ela” (Gn 3:6). Eva foi enganada (1Tm 2:14), mas Adão agiu intencionalmente, em rebelião deliberada contra Deus. Concordo com o pr. Claudionor quando diz que Eva pecou antes de Adão, e Satanás, por seu turno, pecara muito antes de Eva. Todavia, o pecado entrou no mundo não através da mulher, nem por intermédio do Diabo. O grande responsável pela introdução da apostasia no mundo foi Adão. É o que esclarece Paulo: "Portanto, assim como por um só homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado, a morte, assim também morte passou a todos os homens, porque todos pecaram" (Rm 5.12).

Adão e Eva tiveram o que queriam: um conhecimento profundo do bem e do mal. Mas isto eles conseguiram cometendo pecado e os resultados foram, portanto, desastrosos. Algumas vezes, temos a ilusão de que “liberdade” é fazer o que queremos. Mas Deus diz que a verdadeira liberdade vem da obediência e da consciência do que não deve fazer. As restrições impostas por Ele são para o nosso bem, para ajudar-nos a evitar o mal. Temos a liberdade de andar em frente a um carro em alta velocidade, mas não precisamos ser atropelados para perceber quão tolo isto seria. Não dê ouvidos às tentações de Satanás. Você não precisa fazer o mal para adquirir mais experiências e aprender mais sobre a vida (Bíblia de Estudo – Aplicação Pessoal).

III. O JUÍZO DE DEUS (Gn 3:8-19)

Deus havia provido tudo para o bem do homem e havia proibido uma única coisa. Ao ceder à voz de Satanás, o homem escolhia agradar-se a si mesmo, desobedecendo deliberadamente a Deus. Era um ato de egoísmo e rebelião inescusável. Na realidade, era atribuir a si o lugar de Deus.

1. As consequências teológicas da queda são as seguintes:

a) Adão e Eva conheceram pessoalmente o mal: seus olhos "foram abertos". Adão e Eva chegaram a assemelhar-se a Deus, distinguindo entre o bem e o mal, porém, seu conhecimento se diferencia do conhecimento de Deus em que o conhecimento deles foi o da experiência pecaminosa e contaminada. Deus, ao contrário, conhece o mal como um médico conhece o câncer, porém, o homem caído conhece o mal como o paciente conhece sua enfermidade. A consciência deles despertou para um sentimento de culpa e vergo­nha.

b) Interrompeu-se a comunhão com Deus, e então fugiram de sua presença. O pecado sempre despoja a alma da pureza e do gozo da comunhão com Deus. Essa é a morte espiritual e cumpre, num sentido mais profundo, a advertência de que o homem morreria no dia em que comesse do fruto proibido (Gn 2:17).

c) A natureza humana corrompeu-se e o homem adquiriu a tendência para pecar. Já não era inocente como uma criança, mas sua mente se havia sujado e ele sentia vergonha de seu corpo. Outra prova da sua natureza corrompida: ele lançou a culpa sobre sua mulher. Adão chegou a insinuar que Deus era o culpado: "A mulher que me deste por companheira, ela me deu da árvore, e comi" (Gn 3:12). Isto é uma demonstração clara da natureza decaída do homem.

2. Juízo de Deus. Deus castigou o pecado com dor, sujeição e sofrimento. Um Deus santo e justo não pode fazer vista grossa à rebelião de suas criaturas. Ele é o justo Juiz.

a) Sobre a serpente (Gn 3:14,15). ”Então, o SENHOR Deus disse à serpente: Porquanto fizeste isso, maldita serás mais que toda besta e mais que todos os animais do campo; sobre o teu ventre andarás e pó comerás todos os dias da tua vida” (Gn 3:14). “E porei inimizade entre ti e a mulher e entre a tua semente e a sua semente; esta te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar” (Gn 3:15).

O Senhor Deus amaldiçoou a serpente a viver de modo degradante e em desgraça e derrota. O fato de a serpente ter sido amaldiçoada junto com todos os animais domésticos e todos os animais selváticos sugere que o texto de Gn 3:14 está se referindo à espécie biológica dos répteis, e não a Satanás. Mesmo no Milênio quando a natureza dos animais for restaurada, ela não será redimida de sua degradação (Is 65:25).

b) Sobre a mulher (Gn 3:16).E à mulher disse: Multiplicarei grandemente a tua dor e a tua conceição; com dor terás filhos; e o teu desejo será para o teu marido, e ele te dominará”.

A mulher sofreria dores no parto e estaria sujeita a seu marido. Mas, estar sujeita a seu esposo é maldição? Não deve ter a família uma cabeça? Além do mais, não está aí uma figura da relação entre Cristo e a Igreja? (Ef 5:22,23). O mal consiste em que a natureza decaída do homem torna-o propenso a abusar de sua autoridade sobre a mulher; do mesmo modo que a autoridade do marido sobre a mulher pode trazer sofrimento, o desejo feminino a respeito de seu esposo pode ser motivo de angústia. O desejo da mulher não se limita à esfera física, mas abrange todas as suas aspirações de esposa, mãe e dona-de-casa. Se o casamento fracassa, a mulher fica desolada.

c) Sobre o homem (Gn 3:17-19).E a Adão disse: Porquanto deste ouvidos à voz de tua mulher e comeste da árvore de que te ordenei, dizendo: Não comerás dela, maldita é a terra por causa de ti; com dor comerás dela todos os dias da tua vida. Espinhos e cardos também te produzirá; e comerás a erva do campo. No suor do teu rosto, comerás o teu pão, até que te tornes à terra; porque dela foste tomado, porquanto és pó e em pó te tornarás”.

O homem sentenciado a obter alimento de uma terra amaldiçoada com espinhos e cardos. Isto significa que ele teria de trabalhar o resto da vida em fadigas e com suor do rosto até retornar ao pó.

Devemos observar que o trabalho não é uma maldição. Em geral, o trabalho é uma bênção. A maldição está mais ligada à tristeza, à frustração, ao suor e ao cansaço que acompanham o trabalho.

Toda a raça humana e a própria natureza ainda continuam sofrendo como consequência do juízo pronunciado sobre o primeiro pecado. O apóstolo Paulo fala poeticamente de uma criação que "geme e está juntamente com dores de parto até agora" (Rm 8:22).

3. A promessa de um juízo redentivo (Gn 3:15). “E porei inimizade entre ti e a mulher e entre a tua semente e a sua semente; esta te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar”.

Esta é a mais gloriosa promessa de redenção, de soerguimento do homem da condenação. Ao invés de lançar apenas juízos inclementes e condenatórios sobre o casal, Deus, o justo Juiz, abriu um espaço para a redenção. Observe a bondade de Deus ao prometer a vinda do Messias antes mesmo de decretar a sentença de juízo condenatório ao homem e a mulher.

Este versículo é conhecido como protoevangelho, isto é, “o primeiro evangelho”. O texto anuncia a inimizade perpétua entre Satanás e a mulher (que representa toda a humanidade), e entre a descendência de Satanás (seus representantes) e o seu descendente (o descendente da mulher, o Messias). O descendente da mulher feriria a cabeça de Satanás. Essa ferida foi infligida no Calvário, quando o Salvador triunfou sobre Satanás. Este, por sua vez, feriria o calcanhar do Messias. Essa ferida se refere ao sofrimento (incluindo morte física), mas não à derrota final. Cristo sofreu na cruz e morreu, mas ressuscitou dentre os mortos, vitorioso sobre o pecado, o inferno e Satanás.

CONCLUSÃO

Embora a queda tenha acarretada tanta desgraça para o ser humano, nós aprendemos que há uma esperança para o pecador, em Cristo Jesus. Através de Cristo, Deus Pai provê-nos eterna e suficiente redenção, dispensando-nos um tratamento mui especial.

O homem enquanto vive neste mundo, antes da morte física, ele tem a escolha de aceitar ou não o amor de Cristo. Se ele o aceita, estará aceitando ir morar com Cristo, estar ao lado dEle para sempre (João 3:16-21; 14:1-3; 17:24). A alma daqueles que aceitam a Cristo estarão na luz para sempre; no momento da morte física vão para o paraíso (Lc 23:43), um lugar de gozo espiritual, um lugar de alegria.  O Paraíso é um lugar de espera até o arrebatamento da Igreja, pois neste dia Jesus Cristo virá até as nuvens e todos os mortos que morreram em Cristo, ressurgirão num corpo incorruptível, um corpo glorioso (Fp 3:21, 1Co 15:12, 51,52), e daí para frente estarão para sempre junto do Senhor, seja no reinado de Cristo no milênio (Ap 3:21 e 20:4), e na eternidade futura na nova Jerusalém celestial (Ap 21).

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Luciano de Paula Lourenço

Disponível no Blog: http://luloure.blogspot.com

Referências Bibliográficas:

Bíblia de Estudo Pentecostal.

Bíblia de estudo – Aplicação Pessoal.

Revista Ensinador Cristão – nº 64. CPAD.

Comentário Bíblico popular (Antigo Testamento) - William Macdonald.

Guia do Leitor da Bíblia – Lawrence O. Richards

Teologia do Antigo Testamento – ROY B. ZUCK.

Comentário Bíblico Beacon – CPAD.

O Pentateuco. Paul Hoff.

Gênesis. Bruce K. Waltke. Editora Cultura Cristã.

Manuel do Pentateuco. Victor P. Hamilton. CPAD.

História de Israel no Antigo Testamento. Eugene H. Merrill. CPAD.