ASSEMBLEIA DE DEUS BRASIL

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...

Tradutor

terça-feira, 26 de março de 2013

ÚLTIMA AULA DA EBD 1º TRIMESTRE 2013


Aula 13 – A MORTE DE ELISEU


1º Trimestre/2013

 
Texto Básico: 2Reis 13:14-21

 
E sucedeu que, enterrando eles um homem, eis que viram um bando e lançaram o homem na sepultura de Eliseu; e, caindo nela o homem e tocando os ossos de Eliseu, reviveu e se levantou sobre os seus pés(2Rs 13:21).

 

INTRODUÇÃO


Esta é a última lição do trimestre. Nela estudaremos os derradeiros dias do profeta Eliseu. Ele foi um homem fiel ao Senhor até o fim dos seus dias. Ele começou bem seu ministério profético e o encerrou também com excelência. Como homem natural que era teve que enfrentar a morte física. Esta é a situação mais difícil que o ser humano pode enfrentar. A morte é o terrível legado que herdamos dos nossos primeiros pais, que desobedeceram ao Criador no Éden (Gn 2:15-17; 3:19; Rm 5:12). É o pagamento indesejado que recebemos por ter pecado (Rm 6:23). É o fim para o qual caminhamos a passos largos (Ec 12:1-7). Mais do que isso, é o inimigo implacável que vem em nosso encalço para, no inevitável dia do encontro, nos deixar prostrados (Lc 12:20). É o último inimigo a ser aniquilado(1Co 15:26). Contudo, ela não nos assusta; para o verdadeiro cristão, a morte é “lucro”, que o diga o apóstolo Paulo: ”Para mim o viver é Cristo, e o morrer é lucro”(Fp 1:21). Para ele, morrer é partir para estar com Cristoo que é incomparavelmente melhor(Fp 1:23). Ele desejava, preferencialmente, estar com o Senhor: “Desejamos, antes, deixar este corpo, para habitar com o Senhor”(2Co 5:8). Somente aqueles que têm o Espírito Santo como penhor(2Co 5:5) podem ter essa confiança do além-túmulo. Para o servo de Deus, a morte não é o fim da existência,  muito pelo contrário, é apenas o início da eternidade(ler Lc 16:22,23). Do outro lado da sepultura, há uma eternidade de gozo ou sofrimento, de bem-aventurança ou tormento. Depois da morte, há dois destinos eternos: Céu ou Inferno. Podemos descrer ou negar isso, mas não invalidar essa verdade.

I.  A DOENÇA TERMINAL DE ELISEU


1. A Velhice de Eliseu. A velhice faz parte do processo evolutivo do ser humano. Todos nós envelheceremos um dia. Esta é uma realidade da qual ninguém pode fugir. As pessoas que conseguem superar o medo de envelhecer encaram a terceira idade como qualquer outra fase da vida, repleta de desafios a serem enfrentados. Certamente, isto aconteceu com Eliseu.

O texto de 2Reis 9:1-4 denota que Eliseu já não tinha mais forças físicas para percorrer longas distancias; ele estava velho e doente. Fora um grande homem de Deus e ainda o era, com tudo isso era um homem. Em seu pleno vigor físico, Ele não pediria que outro fosse cumprir uma missão que Deus tinha ordenado. Apesar disso, mesmo em sua velhice não foi omisso nem ocioso. Para a Bíblia, ser velho ou idoso, não significa ser inútil, incapaz, e descartável.  “O justo florescerá como a palmeira, crescerá como o cedro no Líbano... Na velhice ainda darão frutos, serão viçosos e florescentes”(Sl 92:12-14).

Os homens justos na velhice ainda darão frutos. Embora os velhos, ou idosos, possam ser vistos pelas pessoas jovens e viris, com um certo preconceito, às vezes, até com desprezo, contudo, a Bíblia Sagrada afirma que os homens justos “na velhice ainda darão frutos, serão viçosos e florescentes”(Sl 92:14). Moisés, Calebe e Arão confirmam esta verdade bíblica. Calebe, aos oitenta e cinco anos, considerava-se em plena forma para fazer a obra de Deus, segundo sua própria declaração (vide Josué 14:10-11).

Não importa sua idade, você pode ser um instrumento de bênção para muitos. Deus quer isto de você. A Bíblia Sagrada afirma que os crentes fiéis “Na velhice ainda darão frutos, serão viçosos e florescentes”. Portanto, para Deus, ser velho, ou ser idoso, não significa ser inútil, incapaz e descartável.

 

2. O sofrimento de Eliseu. “E Eliseu estava doente da sua doença de que morreu; e Jeoás, rei de Israel, desceu a ele, e chorou sobre os seu rosto, e disse: Meu pai, meu, carros de Israel e seus cavalheiros!” (2Rs 13:14). Este texto mostra que a doença de Eliseu causava-lhe grande sofrimento. A saudação do rei Jeoás: “Meu pai, meu, carros de Israel e seus cavalheiros!”, foi a exclamação que o profeta pronunciou na ocasião em que Elias foi levado ao céu (2Rs 2:12). O fato de Jeoás utilizar esta expressão é uma indicação do visível sofrimento de Eliseu e de que ele reconhecia a proximidade da sua morte.

A doença e o sofrimento de Eliseu vai de encontro à falaciosa teologia da confissão positiva, que ensina que o crente não pode ficar doente, e se estiver doente, é porque não tem fé ou está em pecado. Eliseu era um homem de Deus. Era um homem de fé. Realizou muitos milagres. Mas quando chegou sua hora de partir, esse momento ocorreu porque o profeta ficara doente e a doença o levou. Entende-se que Eliseu já era um homem de idade avançada, e que naturalmente seu organismo, como o de outras pessoas dessa faixa etária, ficou propenso a fraquezas e doenças. Foi um fato natural. Isso nos faz entender os seguintes princípios: a) Se Deus quiser curar o seu servo Ele cura; Se Ele não quiser, Ele não cura. O que temos de fazer é somente orar e respeitar a sua soberania (ler 1João 5:14); b) Em sua soberania, Deus pode permitir que nossa partida para estar com Ele se dê de diversas formas, inclusive por meio de doenças com sofrimento. Ainda que isso ocorra, não podemos pensar que a morte, para o cristão, é uma punição, mas sim uma promoção para estar lado a lado com o Senhor. Deus tem uma forma de tratar com cada pessoa. Elias foi levado ao céu, vivo; Eliseu passou pela morte, mas ambos estão com o Senhor.

Entretanto, o que mais chama atenção não é a doença e o sofrimento do profeta Eliseu, e sim como Deus tratou-o nesse momento de sua vida e como ele respondeu a isso. Mesmo debilitado por causa da idade avançada, Eliseu continuava com o mesmo vigor espiritual de antes. Possuía ainda a mesma visão da obra de Deus. Em nada a doença, o sofrimento ou quaisquer outras coisas impediu-o de continuar sendo uma voz profética. Veja a disposição desse valoroso servo de Deus ao falar com o rei Jeoás: “E Eliseu lhe disse: Toma um arco e flechas. E tomou um arco e flechas. Então, disse ao rei de Israel: Põe a tua mão sobre o arco. E pôs sobre ele a sua mão; e Eliseu pôs as suas mãos sobre as mãos do rei. E disse: Abre a janela para o oriente. E abriu-a. Então, disse Eliseu: Atira. E atirou; e disse: A flecha do livramento do SENHOR é a flecha do livramento contra os siros; porque ferirás os siros em Afeca, até os consumir. E disse mais: Toma as flechas. E tomou-as. Então, disse ao rei de Israel: Fere a terra. E feriu-a três vezes e cessou. Então, o homem de Deus se indignou muito contra ele e disse: Cinco ou seis vezes a deverias ter  ferido; então, feririas os siros até os consumir; porém agora só três vezes ferirás os siros” (2Rs 13:15-19). Se estivéssemos na mesma situação física de Eliseu, teríamos a mesma disposição espiritual? Ou estaríamos reclamando da vida, murmurando e questionando a Deus? São nos momentos difíceis da vida, nos desertos da vida, nos vales, que saberemos se somos ou não fiéis a Deus e confiamos piamente nEle.

II.  A PROFECIA FINAL DE ELISEU


1. A ação de Deus na profecia. Escutamos frequentemente o seguinte jargão, principalmente por aqueles que se dizem “profeta de Deus”: “Eu profetizo sobre a tua vida””. A Bíblia ensina que a profecia não depende do "EU" querer: “... porque a profecia nunca foi produzida por vontade de homem algum, mas os homens santos de Deus falaram inspirado pelo Espírito Santo”(2Pe 1:21). É bom observarmos que os homens santos de Deus também não usaram essa frase; ao contrário, quando profetizaram, disseram: “Assim veio a mim a palavra do Senhor...” (Jr 1:4); “Assim diz o Senhor...” (Jr 2:5; Is 56:1; 66:1); “Ouví a palavra do Senhor...” (Jr 2:4); “E veio a mim a palavra do Senhor”(Jr 2:1; 16:1); (...) “disse o Espírito Santo...” (At 13:2); “... Isto diz o Espírito Santo...” (At 21:11); “Mas o Espírito expressamente diz...” (1Tm 4:1). Em todos os casos, não aparece o "EU", aparece a pessoa divina.

O profeta Eliseu não se utilizou deste jargão. Ele sabia que era apenas um porta voz de Deus. As suas mensagens proféticas sempre estavam precedidas pela expressão: “Assim diz o Senhor” (cf 2Rs 2:21;3:16). No texto de 2Rs 13:17, a expressão “flecha do livramento do Senhor” era semelhante a expressão “Assim diz o Senhor”. O verdadeiro profeta de Deus sabe que a profecia tem sua origem em Deus e não nele. Eliseu não profetizou para depois se inspirar, mas foi primeiramente inspirado para depois profetizar (cf 2Rs 3:15).

2. A participação humana na profecia (2Rs 13:15-19). Não era costumeiro Deus se utilizar de terceiros para auxiliar os seus porta-vozes, os profetas, na transmissão de suas mensagens. No caso específico de Jeoás, rei de Israel, Deus permitiu que houvesse a  participação daquele. Só que a falta de discernimento por parte de Jeoás e sua pequena familiaridade com o sobrenatural de Deus fez com que Israel não prevalecesse de forma perene sobre os siros. Quando foi dito a Jeoás que atirasse as flechas contra a terra, ele o fez de modo indiferente. A sua vitória seria do tamanho da resposta que ele desse ao profeta; deveria ter ferido a terra cinco ou seis vezes, mas fez apenas três. Como resultado, Eliseu disse ao rei que sua vitória sobre a Síria não seria completa. De alguma maneira, Jeoás deixou de perceber o sentido interior do que o profeta  o estava exortando a fazer. Eliseu considerou que Jeoás era claramente culpado pela sua falta de entusiasmo. Para que possamos receber os completos benefícios do plano de Deus para a nossa vida, devemos obedecer completamente os Seus mandamentos. Se não  seguirmos completamente as instruções do Senhor, não deveremos nos surpreender se seus benefícios e bênçãos completos não vierem à nossa vida.

III. O ÚLTIMO MILAGRE DE ELISEU


1. A eternidade e fidelidade de Deus. O último milagre de Eliseu deu-se após a sua morte (2Rs 13:20,21), mesmo que isso venha se contrapor a lógica humana. Humanamente falando, é inconcebível que ossos de um defunto tenha poder para ressuscitar alguém. Mas, é bom estar consciente de que não foram os ossos de Eliseu que ressuscitou o morto e, sim, o Deus de Eliseu. Deus ali manifestou a sua eternidade e sua fidelidade, isto é, Ele não morre quando morre um homem de Deus, nem tampouco deixa de cumprir a sua Palavra quando as circunstâncias parecem dizer o contrário. Mesmo lá na sepultura, Deus deu testemunho do caráter de Eliseu como o profeta que vivifica. Esse milagre sugere que a influência de uma pessoa que anda com Deus não cessa automaticamente com a sua morte, mas que depois disso poderá ser uma manancial de vida espiritual para com os outros.

2. A honra de Eliseu. Ao longo de sua vida, Eliseu teve contato direto com a escola de profetas em seus dias. Foi um homem que viu milagres em seu ministério, trouxe orientações a governantes e gozava da honra de outros profetas. Ele morreu, porém sua influência permaneceu, ao realizar até um milagre de ressurreição. Isto demonstrou que ele foi, na verdade, um profeta de Deus. Também atestou o poder do Senhor – não dos ídolos pagãos que jamais ressuscitaram alguém dentre os mortos. Também, esse miraculoso poder associado aos ossos de Eliseu(2Rs 13:20,21) tinha a finalidade de mostrar a Jeoás que o poder do Deus de Israel seria manifestado na vitória sobre a Síria, mesmo após a morte do profeta. Isso deixa patente que, mesmo morto, o nome de Eliseu continuaria a ser lembrado como um autêntico homem de Deus. A Bíblia fala de outros homens, cujas ações continuam falando mesmo depois de haverem morridos (Hb 11:4).

IV. O LEGADO DE ELISEU


O legado de Eliseu nos fascina e nos mobiliza a nos posicionarmos como autênticos servos de Deus, diante de uma sociedade cada vez mais degradante moral e espiritualmente. Passaram-se 2.800 anos, mas ele ainda continua inspirando milhões de pessoas em todo o mundo. Qual, então, o legado de Eliseu?

 

1. Foi um homem que abraçou o ministério sem olhar para trás (1Rs 19:19-21). Eliseu atendeu prontamente o chamado de Deus por meio de Elias. Fez um churrasco dos bois, dizendo: Agora, só existe o daqui para frente; eu não tenho possibilidade de voltar atrás; nada de retrocessos. Eliseu desembaraçou-se de qualquer impedimento. Jesus disse: “Quem lança mão do arado e olha para trás não é apto para o reino de Deus”.

2. Foi um homem gregário. Ele teve uma participação ativa na vida espiritual, moral e social da nação de Israel. Enquanto Elias era um profeta eremita, Eliseu teve uma atuação mais urbana. Ele tinha acesso aos reis e comandantes militares, e possuía influência suficiente para deles pedir algum favor (cf 2Rs 4:13). Assim deve ser o proceder do cristão. Viver isolado das demais pessoas, em clausura, não coaduna com o grande imperativo de Jesus Cristo: “ide, ensinai todas as nações, batizando-as em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-as a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado”(Mt 20:19,20). Não podemos viver isolados, mas aproveitar as oportunidades para fazer o bem a outras pessoas e mostrar a elas o grande amor de Deus.

3. Foi um homem santo em seu proceder(2Rs 4:9). (a) Era conhecido por todos como umsanto homem de Deus: homens, mulheres, crianças, os reis de Israel e de Judá, e do estrangeiro, os escravos, os discípulos dos profetas e os generais o consideravam como profeta do Senhor; (b)Era humilde (1Rs 19.21 e 2Rs 3.11b): ele servia a Elias; ele deitava água nas mãos de Elias. Quem não é humilde para aprender, jamais será grande; (c) Possuía uma integridade incorruptível (2Rs 5.16): não fazia do ministério um negócio; não trabalhava por dinheiro; não se deixava subornar nem se corrompia.

4. Foi um homem que procurava meios para abençoar as pessoas (2Rs 3:13,14). Há uma extensa lista de obras e milagres operados através do profeta Eliseu. Todos os seus milagres foram para ajudar e nunca para demonstrar poder: (a) A mulher sunamita – Eliseu dá a ela um filho (felicidade familiar); (b) Cura das águas amargas de Jericó – saúde para o povo (2Rs 2:19-22); (c)  Multiplica o azeite da viúva pobre – ajuda ao necessitado (2Rs 4:1-7); (d) Cura de Naamã – um homem estrangeiro (2Rs 5:1); (e) Remove a morte da panela – cuidado espiritual com o povo de Deus (2Rs 4:38-41); (f) Tinha uma escola de profetas – em tempo de apostasia, ele forma obreiros para pregar a verdade.

5. Foi um homem que teve discernimento espiritual(2Rs 6:17): (a) Compreendeu a aflição da sunamita (2Rs 4:17); (b) Discerniu a necessidade de Naamã se humilhar (por isso mandou-o tirar a armadura e mergulhar no Jordão sete vezes, além de não falar com ele pessoalmente). Eliseu entendeu que não adiantava curar a carne de Naamã da lepra se o seu coração estava chagado de orgulho; (c) Discerniu a presença dos cavalos e carros de fogo, ou seja, dos anjos de Deus ao seu redor. Levou os soldados sírios a Samaria para ensinar a eles o poder de Deus; (d)Discerniu a ganância de Geazi (2Rs 5:25-27); (e) Vivia no espírito da vitória, quando afirmou: “Mais são aqueles que estão conosco do que os estão com eles” (2Rs 6:15,16).

6. Foi um homem que morreu vitoriosamente e exerceu maravilhosa influência póstuma (2Rs 13:14-19,20,21): (a) Quando Eliseu ficou doente, ele não questionou a Deus; não ficou amargurado, deprimido. Continuou profetizando vitória e abençoando o povo. Ele não se enclausurou; (b) Ele viveu 60 anos com um ministério abençoado. Ele foi um homem cheio do Espírito. Sua vida foi uma bênção para a nação. Começou bem e terminou bem; (c) Mesmo depois de morto comunicou vida. Quando jogaram um cadáver na sua sepultura e tocou em seus ossos, o cadáver reviveu. Alguém que tocar em nossa história viveria? Se a igreja local onde nos congregamos deixasse de existir faria falta? Quando Deus chamar você, as pessoas sentirão sua falta? Quem ouvir sua história reviverá? Pense nisso!

CONCLUSÃO


Eliseu, qual o seu pai espiritual Elias, não foi um profeta literário, todavia, os seus atos o colocam na galeria dos maiores profetas bíblicos de todos os tempos. Começou de forma humilde e submissa - pondo água nas mãos de Elias (2Rs 3:11), um gesto claro de sua presteza em servir -, e foi exaltado por Deus.

A Morte do justo é de grande valor para Deus. É a ocasião em que é libertado de todo o mal, e levado vitoriosamente desta vida ao Céu. Para os salvos, a morte não é o fim da vida, mas um novo começo. Neste caso, ela não é um terror (1Co 15:55-57), mas um meio de transição para uma vida plena de felicidade eterna. Para o salvo, morrer é ser liberto das aflições deste mundo (2Co 4:17) e do corpo terreno, para ser revestido da vida e glória celestiais (2Co 5:1-5).“Preciosa é à vista do Senhor a morte dos seus santos”(Salmo 116:15).

----

Elaboração: Luciano de Paula Lourenço – Prof. EBD – Assembléia de Deus – Ministério Bela Vista. Disponível no Blog: http://luloure.blogspot.com

Referências Bibliográficas:

William Macdonald – Comentário Bíblico popular (Antigo Testamento).

Bíblia de Estudo Pentecostal.

Bíblia de estudo – Aplicação Pessoal.

O Novo Dicionário da Bíblia – J.D.DOUGLAS.

Comentário Bíblico NVI – EDITORA VIDA.

Revista Ensinador Cristão – nº 53 – CPAD.

A Teologia do Antigo Testamento – Roy B.Zuck.

Comentário Bíblico Beacon, v.2 – CPAD.

Porção Dobrada – Pr. José Gonçalves – CPAD.

Comentário do Novo Testamento – Aplicação Pessoal.

Elias e Eliseu (homens de ação) – Editora cristã Evangélica

FONTE: http://luloure.blogspot.com.br/

segunda-feira, 25 de março de 2013

FLORIDA ATLANTIC UNIVERSITY


Professor manda alunos pisarem sobre o nome de Jesus; Jovem se recusa e é suspenso

Professor manda alunos pisarem sobre o nome de Jesus; Jovem se recusa e é suspenso
Um professor universitário sugeriu a seus alunos que escrevessem o nome “Jesus” num pedaço de papel e pisassem sobre ele, como parte de um exercício sobre debates durante uma aula de Comunicação Intercultural.
Entretanto, um dos alunos se recusou a fazer o que havia sido pedido pelo professor e foi suspenso pela direção da Florida Atlantic University.
O estudante que se recusou a pisar no nome de Jesus é um mórmon, e disse que se sentiu desrespeitado: “Eu não vou ficar sentado em uma classe para ter meus direitos religiosos profanados, e como eu estou sendo punido, vejo realmente dessa forma”, disse Ryan Rotela.
Já o professor Deandre Poole alegou que estava tentando ensinar aos alunos uma “lição de debate”, e que isso seria uma forma de forçar os alunos a enxergarem outras perspectivas.
A diretora da universidade afirmou à Fox News que “como em qualquer lição acadêmica, o exercício foi feito para incentivar os alunos a ver as questões a partir de muitas perspectivas, em relação direta com os objetivos do curso”, e que “apesar de, por vezes, os temas discutidos podem ser sensíveis, um ambiente universitário é um espaço para diálogo e debate”, afirmou Noemi Marin.
Suspenso, Rotela no entanto se mantém criticando a iniciativa: “Eu disse para o professor: ‘com todo o respeito à sua autoridade como professor, eu não acredito que o que você nos disse para fazer seja apropriado. Eu acredito que foi pouco profissional e eu estava profundamente ofendido com o que você me disse para fazer’”, revelou o estudante.
A universidade e o professor Poole defendem-se ainda citando que o exercício é proposto pelo material didático usado nas aulas, e faz parte do livro “Comunicação Intercultural: Uma Abordagem Contextual. Edição 5″, que trata o exercício como o princípio de uma discussão: “Peça aos alunos para se levantar e colocar o papel no chão, na frente deles com o nome Jesus para cima. Peça aos alunos para pensar sobre isso por um momento. Depois de um breve período de silêncio instrua-os para a etapa no papel. Maioria hesitará. Pergunte por que eles não podem pisar no papel e discuta a importância dos símbolos na cultura”, diz o texto.
Paul Kengor, diretor executivo do Centro para a Visão e Valores afirmou que essa lição é um exemplo direto de como a sociedade secular tem o cristianismo como um alvo: “Estes são os novos discípulos seculares da ‘diversidade’ e ‘tolerância’- jargões vazios que fazem os liberais e progressistas se sentirem bem, enquanto eles muitas vezes se recusam a tolerar e às vezes até tomar de assalto as crenças cristãs tradicionais e conservadoras”, criticou.
FONTE: http://noticias.gospelmais.com.br

quarta-feira, 20 de março de 2013

ESCOLA DOMINICAL 12ª AULA



Aula 12 – ELISEU E A ESCOLA DE PROFETAS

1º Trimestre/2013


Texto Básico:2Rs 6:1-7


“Tu, pois, meu filho, fortifica-te na graça que há em Cristo Jesus. E o que de mim, entre muitas testemunhas, ouviste, confia-o a homens fiéis, que sejam idôneos para também ensinarem os outros” (2Tm 2:1,2).



1. Introdução


Nos dias de Elias, a apostasia e a vergonhosa idolatria haviam se alastrado entre o povo de Deus, impulsionadas pelos devaneios de Acabe e Jezabel. O povo de Israel havia trocado a glória de seu Deus pela fútil veneração ao falso deus Baal, considerado pelos desviados e apóstatas como o “senhor da chuva e das tempestades”. Mas, o assombroso confronto no Monte Carmelo entre Elias e os falsos profetas de Baal e Aserá bem como os fenomenais prodígios de Eliseu começaram a reverter a triste situação. Aqueles que antes se escondiam pelo temor de Jezabel passaram a manifestar publicamente a sua fé. O despertamente foi tamanho que, por toda parte, surgiram “escolas teológicas” formando novos mensageiros de Jeová. Haviam grupos de estudantes em Ramá, Gibeá, Gilgal e Jericó (2Rs 2:3,5,7,15; 4:1,38; 9:1,2). Por diversas vezes, em algumas passagens nos livros dos Reis, vemos aparecer a expressão “filhos dos profetas”, mas pelo contexto destas passagens percebe-se que tem a mesma significação que “escola de profetas”. Ressalta-se que as “escolas de profetas” não tinham como propósito ensinar a profetizar, isso é uma atribuição divina; era um testemunho vivo de que o povo de Deus, em um passado distante do Antigo Testamento, preocupava-se em passar às gerações mais novas sua experiência cultural e espiritual.

Neste subsidio à lição 12, quero esclarecer um pouco mais dessas “escolas”, seu cotidiano, seus objetivos e sua relevância.

2. A instituição das “escolas de profetas”. Nem todos os profetas do passado tiveram uma formação teológica convencional. Amós, por exemplo, saiu diretamente do agreste judaico para as ruas de Samaria (capital de Israel – Reino do Norte), proclamando sua mensagem profética da única maneira que sabia: “cantando”. Miquéias, à semelhança de Amós, era homem do campo, e provinha de família humilde, mas ergueu a voz para denunciar os pecados de Jerusalém e os esquemas de corrupção no palácio, no poder judiciário e nos corredores do Templo. A maioria dos profetas, no entanto, até mesmo aqueles que nos são desconhecidos, receberam uma formação teológica mais “especializada”. Por serem uma escola - tipo um seminário -, entende-se que possuía uma certa estrutura física e uma organização mínima para funcionamento a contento, e estavam sob uma liderança que oferecia a devida orientação adequada. No texto de 2Reis 6:1, verificamos que Eliseu era o líder maior dos discípulos dos profetas, e era com ele que buscavam instrução. À época do profeta Samuel essas escolas já existiam; tudo indica que ele tenha sido o primeiro a tomar a iniciativa de organizar esse tipo de “ensino teológico” (cf 1Sm 10:5,10; 19:23). Geralmente os estudantes moravam juntos em uma casa ou em pequenas comunidades, onde o ensino era ministrado (2Rs 6:1,2). Alguns “seminaristas” eram casados e mantinham seus próprios lares (2Rs 4:1).

3. Objetivos das “escolas de profetas”: treinamento e encorajamento.

-          Com relação ao treinamento, além da teoria, a execução de determinadas tarefas, sob permissão do instrutor, eram permitidas, como se observa no ocorrido de 2Reis 2:15-17: “Vendo-o, pois, os filhos dos profetas que estavam defronte em Jericó, disseram: O espírito de Elias repousa sobre Eliseu. E vieram-lhe ao encontro e se prostraram diante dele em terra. E disseram-lhe: Eis que, com teus servos, há cinqüenta homens valentes; ora, deixa-os ir para buscar teu senhor; pode ser que o elevasse o Espírito do Senhor e o lançasse em algum dos montes ou em algum dos vales. Porém ele disse: Não os envieis. Mas eles apertaram com ele, até se enfastiar; e disse-lhes: Enviai. E enviaram cinqüenta homens, que o buscaram três dias, porém não o acharam”. Esse processo interativo entre o líder e o liderado, entre o educador e o educando, é vital para produção do conhecimento. Em outras situações observamos que os filhos de profetas, quando já treinados, podiam agir por conta própria em determinadas situações (1Rs 20:35).

-          Com relação ao encorajamento, os alunos eram encorajados a buscarem uma melhor compreensão da Palavra de Deus. Não há objetivo maior para um educador do que encorajar o educando a buscar a excelência no ensino.

4. Currículo das “escolas de profetas”. A formação acadêmica dos “discípulos de profetas” consistia no estudo das Escrituras (os livros históricos e os poéticos) e das leis mosaicas. Havia espaço ainda para a instrução na música sacra e na poesia (1Sm 10:5). O “professor”, um profeta mais experiente, transmitia o ensino com seu exemplo de vida e seu trabalho, e eram eles mesmos que consagravam os novos obreiros à missão de reconduzir o rebanho desgarrado de Israel ao aprisco do Senhor, o pastor de nossa  alma (Sl 23).

5. Aprendendo na provação. A vida diária nas escolas de profetas não era nada cômoda. Os estudos eram exaustivos, as acomodações eram precárias (2Rs 6:1), a falta de recursos era uma constante (2Rs 4:1), o trabalho era árduo e, se não bastasse isso tudo, a comida era escassa, geralmente produzida por eles mesmos, em hortas comunitárias. As coisas ficaram ainda piores quando Deus enviou uma estiagem que durou sete anos (cf. 2Rs 8:1). Se a nação toda padeceu, quanto mais aqueles que deixaram tudo pelo ministério!

Foi exatamente nesse contexto de crise que Eliseu, o “homem de Deus”, chegou no seminário de Gilgal para uma “série de conferências”. A receptividade foi calorosa, mas a despensa estava vazia. Eliseu enviou um dos alunos ao campo para colher frutos e raízes comestíveis, a fim de preparar um sopão para todos. Mas algo saiu errado: um dos ingredientes estragou a sopa, tornando-a amarga e venenosa. A “colocíntida” (2Rs 4:39), uma espécie de pepino selvagem, em pequenas quantidades era usada para fins medicinais, mas em grande quantidade tornava-se tóxica e extremamente amarga.

Uma das coisas admiráveis neste texto é que, embora o gosto estivesse horrível, todos comeram sem reclamar. O único comentário que surgiu foi quando atinaram para o perigo de conter algo venenoso. Essa é uma boa lição de educação, respeito e ética. Interessante também é notar que Deus permitiu tal acontecimento para mostrar o Seu cuidado aos que a Ele se consagram. Deus usa o homem, e o homem usa o que tem à mão. Eliseu usou farinha, e esse ingrediente anulou o veneno. O milagre aconteceu, não por causa da farinha, mas pela fé de Eliseu. Ele poderia ter usado cevada, hortelã, pão ou qualquer outro ingrediente, e o resultado seria o mesmo.

Aprendemos com esses seminaristas que: Deus cuida de Seus servos, geralmente usando o que eles têm à mão aliado à quantidade de sua fé. A viúva do profeta (2Rs 4:1-7) colocou perante Deus, o pouquinho que tinha, e no que é que deu? Da mesma forma, se usarmos aquilo que temos, ainda que seja pouco, e usarmos com fé, grandes coisas Deus fará por nós.

6. Ensinando através do exemplo. Eliseu demonstrou o poder de Deus com milagres realizados, mas também ensinou pelo seu próprio exemplo. Citamos dois exemplos:

- Primeiro exemplo: Certa feita, um homem da cidade vizinha (Baal-Salisa) veio à “casa de profetas” trazer uma oferta em mantimentos para o sustento de Eliseu, conforme prescrevia a Lei de Moisés (Nm 18:13; Lv 23:10; Dt 18:4). A oferta era generosa para um só homem “professor”, mas insuficientemente para cem alunos (2Rs 4:43). Era um direito de Eliseu reter a oferta só para si, pois “digno é trabalhador do seu salário” (Lc 10:7), contudo, preferiu repartir aquela bênção com os demais colegas de ministério, e Deus abençoou a sua decisão: “todos comeram e ainda sobrou” (2Rs 4:43). Eliseu demonstrou a principal virtude de um homem de Deus: amor ao próximo. Este exemplo que Eliseu manifestou certamente foi um grande ensino para aqueles discípulos. Ele demonstrou o seguinte modo de viver: o que é meu também é teu. Aquele que reparte de bom grado as suas dádivas sempre as terá em abundância – “Daí, e dar-se-vos-á; boa medida, recalcada, sacudida, transbordante, generosamente vos darão; porque com a medida com que tiverdes medido vos medirão também “ ( Lc 6:38).

- Segundo exemplo: Geazi era seu aluno, e convivia com o profeta, vendo milagres. Não é exagero dizer que Eliseu aprendeu muitas coisas com o convívio que teve com Elias, e Geazi também observou os atos de Eliseu. Mas aqui cabe uma observação: Ao passo que Eliseu aprendeu coisas com Elias e teve um ministério frutífero, Geazi optou pelo caminho oposto. Na ocasião em que esteve com o capitão siro Naamã, Geazi demonstrou que não estava apto para o ministério profético pois foi seduzido pelos presentes que Naamã, já curado, ofereceu a Eliseu. Nessa ocasião, vendo Geazi que Eliseu rejeitou os presentes de Naamã, cobiçou-os e foi atrás do siro, contando-lhe uma história piedosa:

“E foi Geazi em alcance de Naamã; e Naamã, vendo que corria atrás dele, saltou do carro a encontrá-lo e disse-lhe: Vai tudo bem? E ele disse: Tudo vai bem; meu senhor me mandou dizer: Eis que agora mesmo vieram a mim dois jovens dos filhos dos profetas da montanha de Efraim; dá-lhes, pois, um talento de prata e duas mudas de vestes. E disse Naamã: Sê servido tomar dois talentos. E instou com ele e amarrou dois talentos de prata em dois sacos, com duas mudas de vestes; e pô-las sobre dois dos seus moços, os quais os levaram diante dele. E, chegando ele à altura, tomou-os das suas mãos e os depositou na casa; e despediu aqueles homens, e foram-se” (2Rs 5:21-24).

Mas, Deus julgou severamente o cobiçoso e materialista Geazi:

“Então, ele entrou e pôs-se diante de seu senhor. E disse-lhe Eliseu: De onde vens, Geazi? E disse: Teu servo não foi nem a uma nem a outra parte. Porém ele lhe disse: Porventura, não foi contigo o meu coração, quando aquele homem voltou de sobre o seu carro, a encontrar-te? Era isso ocasião para tomares prata e para tomares vestes, e olivais, e vinhas, e ovelhas, e bois, e servos, e servas? Portanto, a lepra de Naamã se pegará a ti e à tua semente para sempre. Então, saiu de diante dele  leproso, branco como a neve” (2Rs 5:25-27).

Porque Deus julgou Geazi de forma tão severa? Primeiro, porque ele foi um homem cobiçoso. Segundo, porque ficou indignado de ver Naamã ser curado e não pagar nada pela cura que recebeu. Terceiro, porque mentiu para obter os presentes que Naamã daria a Eliseu. Quarto, não podemos usar os dons que Deus nos concede para lucrar de forma pessoal.

Que essas observações nos sirvam de exemplo, para que não sejamos julgados por Deus por conta de tais manifestações de infidelidade.

CONCLUSÃO


As Escolas de profetas na época de Elias e de Eliseu eram dedicadas ao ensino formal da Palavra de Deus e ao comportamento ético do futuro profeta. A preocupação com o aspecto espiritual do povo de Israel era sua principal bandeira esses líderes. Esses futuros profetas seriam mais tarde líderes que teriam de confrontar as falsas teologias e a idolatria que os maus reis obrigavam o povo a aceitar. Assim como era importante o estudo da Palavra de Deus naquela época, também o é atualmente. Infelizmente, os tempos mudaram e os seminários teológicos se “conformaram com o mundo” – procuram parecenças com as faculdades seculares e, por isso, buscam reconhecimento do MEC -, mas o prejuízo tem sido enorme, pois a teologia liberal tem predominado sobremaneira na maioria dos seminários com prejuízos incalculáveis à ortodoxia das Escrituras Sagradas.

Em qualquer época, sejam tempos de fartura ou tempos de escassez, de paz ou de guerra, de bonança ou de tempestade, a Igreja tem a responsabilidade de salvaguardar a verdadeira e original doutrina bíblica que se acha nas Escrituras Sagradas, e transmiti-las aos fiéis - “Tu, pois, meu filho, fortifica-te na graça que há em Cristo Jesus. E o que de mim, entre muitas testemunhas, ouviste, confia-o a homens fiéis, que sejam idôneos para também ensinarem os outros” (2Tm 2:1,2).

-----

Elaboração: Luciano de Paula Lourenço – Prof. EBD – Assembléia de Deus – Ministério Bela Vista. Disponível no Blog: http://luloure.blogspot.com

Referências Bibliográficas:

William Macdonald – Comentário Bíblico popular (Antigo Testamento).

Bíblia de Estudo Pentecostal.

Bíblia de estudo – Aplicação Pessoal.

O Novo Dicionário da Bíblia – J.D.DOUGLAS.

Comentário Bíblico NVI – EDITORA VIDA.

Revista Ensinador Cristão – nº 53 – CPAD.

A Teologia do Antigo Testamento – Roy B.Zuck.

Comentário Bíblico Beacon, v.2 – CPAD.

Porção Dobrada – Pr. José Gonçalves – CPAD.

Comentário do Novo Testamento – Aplicação Pessoal.

Elias e Eliseu (homens de ação) – Editora cristã Evangélica.

FONTE: http://luloure.blogspot.com.br/