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segunda-feira, 24 de novembro de 2014



segunda-feira, 24 de novembro de 2014

Aula 09 – O PRENÚNCIO DO TEMPO DO FIM


4º Trimestre/2014

 
Texto Base: Daniel 8:1,3-11

 
“E disse: Eis que te farei saber o que há de acontecer no último tempo da ira; porque ela se exercerá no determinado tempo do fim” (Dn 8:19)

 

 
INTRODUÇÃO

Nesta Aula, trataremos da segunda visão que Deus deu a Daniel sobre a ascensão e queda de dois impérios: Medo-Persa e Grego. Estes impérios, tratados no capítulo 7, e representados pelo Urso (Dn 7:5) e pelo Leopardo (Dn 7:6), ganham um sentido especial e particular no capítulo 8. Aqui, eles são representados por dois outros animais, e com caraterísticas especiais: o carneiro (Dn 8:3,4) e um bode (Dn 8:5-9), respectivamente. Ambos eram animais poderosos, mas foram destruídos, porque ninguém prevalece contra o cetro de Deus.

Os elementos históricos da profecia tiveram seu cumprimento no passado, porém, algumas caraterísticas desses dois impérios personificam o futuro de Israel e o que acontecerá no “tempo do fim"(Dn 8:19). Daniel ficou fraco e enfermo diante dos fatos futuros que haveriam de vir. Essa visão prova que Deus é quem dirige a história. Ele tem em suas mãos as rédeas da história do mundo.

I. A VISÃO DO CARNEIRO E DO BODE (Dn 8:3-5).

1. A visão do carneiro (Dn 8:3,4,20). “Aquele carneiro que viste com duas pontas são os reis da Média e da Pérsia” (Dn 8:20).

O texto de Daniel 8:20 é claro: o carneiro simboliza o império Medo-Persa, representado por Dario e Ciro, respectivamente. Não mais aquele “urso” faminto do capítulo 7:5; já enfraquecido, é agora representado ao profeta Daniel como sendo um animal doméstico – carneiro -, em vez de uma fera selvagem – o urso.

Segundo o Rev. Hernandes Dias Lopes, Daniel descreve o carneiro de três maneiras distintas.

Em primeiro lugar, fala que ele tem dois chifres (Dn 8:3,20). Essa é uma descrição do império Medo-Persa que se levantaria para conquistar a Babilônia. Na mesma noite em que o rei Belsazar fazia uma festa e zombava dos vasos do templo, a Babilônia caiu nas mãos dos medo-persas. 

Em segundo lugar, fala que tal carneiro é irresistível (Dn 8:3,4). A união dos Medos e Persas em um só império criou um exército poderoso que conquistou territórios para o oeste (Babilônia, Síria e Ásia Menor), ao norte (Armênia) e ao sul (Egito e Etiópia). Nenhum exército existente naqueles tempos tinha a força ou a capacidade necessária para deter o avanço dos Medo-Persas.

Em terceiro lugar, fala que o carneiro engrandeceu-se (Dn 8:4). Nenhum exército naqueles dias podia resistir ou deter o avanço do reino medo-persa. Isso levou esse reino a tornar-se opulento, poderoso e cheio de soberba. Por isso, engrandeceu-se, e aí estava a gênese de sua futura queda.

2. Os chifres do carneiro. “E levantei os meus olhos e vi, e eis que um carneiro estava diante do rio, o qual tinha duas pontas; e as duas pontas eram altas, mas uma era mais alta do que a outra; e a mais alta subiu por último” (Dn 8:3).

Daniel contempla na sua visão que o audacioso carneiro tinha “duas pontas”, pontiagudas; mas, uma delas era mais alta do que a outra. O chifre maior é uma descrição do poder prevalecente dos persas na liderança do império. Na cronologia histórica, Ciro, o persa, tomou o lugar de Dario, o medo. Eventos importantes aconteceram no período desses dois reis até que o carneiro foi vencido, surgindo na visão de Daniel a figura de um bode que ataca o carneiro e o vence.

Na cultura persa, a figura do carneiro era muito popular. Esse animal é sempre referido ao macho das ovelhas. Simboliza força e bravura na defesa da sua família. Seus chifres são símbolos do poder de domínio e autoridade do carneiro para defender seu rebanho. O símbolo mais importante dos Medos-Persas era a cabeça de ouro de um carneiro que fazia parte da coroa real.

3. A visão do bode (Dn 8:5-8). “E, estando eu considerando, eis que um bode vinha do ocidente sobre toda a terra, mas sem tocar no chão; e aquele bode tinha uma ponta notável entre os olhos”(Dn 8:5).

O profeta Daniel, em sua grande visão deixa um pouco de lado o carneiro (império medo-persa) e agora dá destaque outro animal – o bode. O bode é uma descrição profética acerca do império Greco-Macedônio. No capítulo 7:6, ele é representado pelo “leopardo”. Agora, em Daniel 8:4 ele é representado pelo “bode voador”. Em sentido profundo da exegese, o bode representava o poderoso exército Greco-Macedônico comandado por Alexandre Magno, enquanto que a “ponta notável entre os olhos” representava o próprio Alexandre – “mas o bode peludo é o rei da Grécia; o chifre grande entre os olhos é o primeiro rei” (Dn 8:21). Segundo o Rev. Hernandes Dias Lopes, Daniel elenca quatro fatos a seu respeito:

Em primeiro lugar, fala da rapidez de suas conquistas (Dn 8:5,21). As conquistas de Alexandre foram extensas e rápidas. Em apenas treze anos Alexandre conquistou todo o mundo conhecido de sua época.

Em segundo lugar, Daniel fala do poder desse líder (Dn 8:5). Alexandre é descrito como o chifre notável. Foi um líder forte, ousado e guerreiro. Era um homem irresistível, um líder carismático, com punho de aço.

Em terceiro lugar, Daniel fala dos triunfos de Alexandre sobre o império Medo-Persa (Dn 8:6,7).O poderio e a força de Alexandre são descritos na maneira como enfrentou o carneiro: (a) fere-o; (b) quebra seus dois chifres; (c) derruba-o na terra; e (d) pisoteia-o.

Em quarto lugar, Daniel fala do engrandecimento e queda de Alexandre e seu reino - E o bode se engrandeceu em grande maneira; mas, estando na sua maior força, aquela grande ponta foi quebrada; e subiram no seu lugar quatro também notáveis, para os quatro ventos do céu” (Dn 8:8). “O engrandecimento de um império é ao mesmo tempo prelúdio de sua queda e decadência. Quanto mais se aproxima do auge de seu poder, tanto mais perto está também de seu fim". A Grécia não foi uma exceção.

Daniel 8:8 profetiza a morte inesperada de Alexandre Magno na Babilônia, em 323 a.C, exatamente quando ele queria reconstruir a cidade da Babilônia, contra a palavra profética de que a cidade jamais seria reconstruída.

Após a morte de Alexandre e a divisão de seu reino entre quatro generais (Dn 8:22), o grande império grego desintegrou-se e enfraqueceu-se. A profecia acerca de Alexandre cumpriu-se literalmente, duzentos anos depois da profecia dada a Daniel.

II. O CHIFRE PEQUENO (Dn 8:9)

1. A visão da ponta pequena. “E de uma delas saiu uma ponta mui pequena, a qual cresceu muito para o meio-dia, e para o oriente, e para a terra formosa”.

Daniel passa a falar sobre um pequeno chifre, diferente daquele descrito no capítulo 7. Esse é apenas um protótipo daquele. Vejamos como ele é descrito, segundo o comentário do Rev. Hernandes Dias Lopes:

Em primeiro lugar, Daniel fala sobre sua procedência (Dn 8:8,9,22). O pequeno chifre do capítulo 8 não deve ser confundido com o pequeno chifre do capítulo 7:8. A origem do 7:8 é o quarto império (o império romano). A origem do 8:9 é o bode, o terceiro império - o império grego.

O pequeno chifre do capítulo é um personagem futuro e profético para Daniel, mas para nós, um personagem do passado; enquanto o pequeno chifre do capítulo 7:8 é um personagem escatológico para Daniel e para nós.

O pequeno chifre de Daniel 8:9 é o principal precursor do Anticristo escatológico. Principal porque muitos anticristos precursores do Anticristo escatológico já passaram pelo mundo (1João 2:18), mas nenhum reuniu em si tantas características como esse de Daniel 8:9.

Esse pequeno chifre do capítulo 8 é o rei selêucida Antíoco IV, chamado de Antíoco Epifânio, que reinou na Síria entre 175 a 163 a.C.

Em segundo lugar, Daniel fala sobre sua megalomania (Dn 8:11,25). Em seu coração ele se engrandeceu. Antíoco declarou ser deus. Mandou cunhar moedas que de um lado tinham sua efígie e do outro as palavras: "Do rei Antíoco, o deus tornado visível que traz a vitória”.

Em terceiro lugar, Daniel fala sobre sua truculência (Dn 8:9,10). Alguns imperadores romanos identificaram-se com o Anticristo escatológico, tais como Nero Domiciano, por exigirem adoração de seus súditos. Hitler foi identificado com ele por sua feroz perseguição aos judeus. Outros governadores antigos e contemporâneos por perseguirem os cristãos como nos regimes totalitários e comunistas. Mas ninguém se assemelhou tanto ao Anticristo escatológico comoAntíoco Epifânio.

Esse rei selêucida foi um feroz perseguidor dos judeus (Dn 8:24). Porque os fiéis judeus não se prostravam diante dos ídolos foram duramente perseguidos por ele. Calcula-se que cem mil judeus foram mortos por ele. O Anticristo escatológico também será implacável em sua perseguição aos cristãos e aos judeus no período da Grande Tribulação que virá – “E foi-lhe concedido que desse espírito à imagem da besta, para que também a imagem da besta falasse e fizesse que fossem mortos todos os que não adorassem a imagem da besta” (Ap 13:15).

Em quarto lugar, Daniel fala acerca de sua blasfêmia (Dn 8:23-25). Ele será um usurpador. Como o Anticristo quererá usurpar o lugar de Cristo, Antíoco também foi um usurpador. No seu tempo, a Palestina pertencia ao Egito dos ptolomeus, mas ele, astuciosamente, aproveitou-se da divergência entre os judeus que estavam divididos em dois partidos, e levou-os a se aliarem a ele, rompendo com o Egito (Dn 8:23-25). Quando os judeus se aliaram a ele, logo os explorou e os perseguiu cruelmente até à morte.

2. A ultrajante atividade desse rei contra Israel (Dn 8:10,11). “E se engrandeceu até ao exército dos céus; e a alguns do exército e das estrelas deitou por terra e os pisou. E se engrandeceu até ao príncipe do exército; e por ele foi tirado o contínuo sacrifício, e o lugar do seu santuário foi lançado por terra”.

Segundo o Rev. Hernandes Dias LopesAntíoco Epifânio fez cessar os sacrifícios na Casa de Deus e profanou o templo. Em 169 a.C, ele saqueou o templo e proibiu os sacrifícios, à semelhança do que vai acontecer com o Anticristo escatológico (cf. 2Ts 2:4; Ap 13:6).

Por ordem de Antíoco, o templo foi profanado da maneira mais vil, indecente e imoral. O santuário de Jerusalém foi chamado de “TEMPLO DE JÚPITER OLÍMPICO”. Ele profanou o templo quando colocou a própria imagem no lugar santíssimo e mandou matar sobre o altar um porco e borrifar o sangue e o excremento pelo santuário, obrigando os judeus a comerem a carne do porco, dentro do templo, sob ameaça de morte. Mandou ainda edificar altares e templos dedicados aos ídolos, sacrificando em seus altares porcos e reses imundas.

O livro de Macabeus descreve a soberba e a perversidade de Antíoco na profanação do templo de Jerusalém:

“E entrou cheio de soberba no santuário, e tomou o altar de ouro, e o candeeiro dos lumes, e todos os seus vasos, e a mesa da propiciação, com as bacias, e os copos, e os grais de ouro, e o véu, e as coroas, e o ornamento de ouro, que estava na fachada do templo: e quebrou tudo [...] E fez grande matança de homens, e falou com grande soberba”.

Dessa forma, esse rei tornou-se o maior protótipo do Anticristo que virá (Dn 9:27; Ap 13:5; 2Ts 2:3,4). Ele blasfemou contra Deus, contra o culto e contra o povo de Deus.

3. A purificação do santuário (Dn 8:14). “E ele me disse: Até duas mil e trezentas tardes e manhãs; e o santuário será purificado”.

O tempo de sofrimento de Israel é revelado a Daniel com linguagem especial ao estabelecer um tempo de "2.300 tardes e manhãs" que literalmente, referem-se às atrocidades de Antíoco Epifânio num período de 171 a 165 a.C. Em Dn 8:14 o Senhor revela que depois daquele período de sofrimento, Ele haveria de purificar o santuário. Essa promessa implica na limpeza da profanação imposta por esse líder cruel contra a Casa de Deus. Os judeus até hoje fazem a celebração da purificação ou dedicação, ou seja, a Festa de Hannakah, que lembra a festa da purificação. Jesus esteve durante esta festa, em Jerusalém – “E em Jerusalém havia a festa da dedicação, e era inverno” (João 10:22).

Existe um segmento religioso, bastante conhecido, que interpreta este texto de Daniel 8:14 de forma equivocada. Os líderes e seguidores deste segmento religioso, dizem que esses 2.300 dias são 2.300 anos proféticos; e dizem que essa contagem teve início no ano 457 a.C. Segundo eles, Jesus em vez de vir à terra no final desses anos, entrou em 22 de outubro de 1844 no lugar santíssimo do santuário celestial – para levar a efeito a obra final da redenção (cic). Esse ensino é também conhecido como a redenção incompleta.

Refutamos veemente este ensino desse segmento religioso. Em primeiro lugar, porque a Bíblia ensina claramente que na sua ascensão, o Senhor Jesus entrou diretamente na presença do Pai, no Santo dos Santos (At 7:55; Rm 8:34; Ef 1:20; Cl 3:1). Em segundo lugar, porque Jesus é apresentado na Bíblia, até o período atual, como Sacerdote (Hb 4:14,15; 8:1) e Advogado (Rm 8:34; Hb 7:25; 1João 2:1), e não como juiz.  Quanto à redenção, a Bíblia declara que ela foi completa e acabada na cruz, de uma vez por todas (João 19:30; Hb 1:3; 9:11,12; 10:12-14). Outrossim, a data de início da contagem dos 2.300 dias é 445 a.C (baseado em Dan 9:25, quando Artaxerxes estava no 20º ano do seu reinado), e não 457 a.C., como afirmam os adeptos desse segmento religioso. Virá ainda o Dia em que o Senhor julgará a todos (Rm 2:16).

III. ANTÍOCO EPIFÂNIO, O PROTÓTIPO DO ANTICRISTO

1. Antíoco Epifânio. Antíoco IV Epífânio (que significa: "que se manifesta com esplendor") foi um rei da Dinastia Selêucida que governou a Síria entre 175 e 164 a.C. Este déspota foi o maior protótipo do Anticristo. Este imporá uma única religião em seu reino e perseguirá e matará os que não se conformarem a ele (Ap 13:12,15). Antíoco Epifânio fez a mesma coisa em seu reino. A posse do Livro Sagrado, o Antigo Testamento, e a observância da lei de Deus eram punidas com a morte. Muitos judeus foram mortos por se manterem fiéis a Deus.

O Anticristo se levantará em tempo de grande apostasia. Como a apostasia do período do fim abrirá a porta para o Anticristo (2Ts 2.3,4), também muitos judeus, à época do rei Antíoco Epifânio, haviam se afastado da lei de Deus e adotado costumes dos gentios (Dn 8:12,23). Deus castigou Israel por causa de seus pecados. Quando no fim dos tempos a humanidade estiver suficientemente corrompida, ela estará pronta para receber o Anticristo.

2. Daniel descreve derrota do protótipo do Anticristo (Dn 8:25). “E, pelo seu entendimento, também fará prosperar o engano na sua mão; e, no seu coração, se engrandecerá, e, por causa da tranquilidade, destruirá muitos, e se levantará contra o príncipe dos príncipes, mas, sem mão, será quebrado”.

Antíoco Epifânio foi derrotado sem o auxílio de mãos humanas. Ele foi morto não em combate, mas por uma súbita doença, em Elimaida, na Pérsia. O segundo livro de Macabeus diz que sua morte foi das mais horrorosas. A queda do Anticristo será assim também. Não será morto num combate humano, mas pela manifestação da vinda de Cristo (2Ts 2:8; Ap 19:20).

3. O tempo do fim (Dn 8:17). “E veio perto de onde eu estava; e, vindo ele, fiquei assombrado e caí sobre o meu rosto; mas ele me disse: Entende, filho do homem, porque esta visão se realizará no fim do tempo”.

O anjo Gabriel diz a Daniel que esta visão se cumprirá somente no “tempo do fim”. Este “tempo do fim”, aqui, refere-se a septuagésima semana profética, descrita em Daniel 9:24-27, com especial referência à metade dela, na parte final, que, no Apocalipse, é chamada “A Grande Tribulação”. No Novo Testamento, a expressão “os últimos dias”, em At 2:17; 2Tm 3:1; Hb 1:1, é equivalente, no grego, ao “tempo de fim”, e, o sentido geral, é mais amplo que em Daniel, pois é aplicado à época da Igreja, à época do Espírito Santo em sua plenitude.

4. Encerramento da visão (Dn 8:27). “E eu, Daniel, enfraqueci e estive enfermo alguns dias; então, levantei-me e tratei do negócio do rei; e espantei-me acerca da visão, e não havia quem a entendesse”.

Ao ver todas as coisas terríveis que viriam sobre a sua nação e tudo o que aconteceria com o seu povo, Daniel adoeceu por alguns dias. Ele tinha quase 90 anos de idade. Naturalmente, toda aquela visão requereu dele, um estado de êxtase espiritual que, quando voltou ao normal, não tinha forças para ficar em pé. O mesmo aconteceu com João, na Ilha de Patmos. Entretanto, após um tempo, levantou-se novamente e foi tratar dos negócios do rei. A situação que contemplou certamente causou grande pesar, mas não derrubou a sua fé, nem o seu testemunho ou sequer impediu que continuasse o seu serviço.

Hoje, a situação do mundo, de Israel e dos “crentes” realmente não são motivos de riso, mas à semelhança de Daniel, não devemos nos  abater; precisamos continuar cuidando dos negócios do nosso Rei e Senhor, Jesus Cristo.

CONCLUSÃO

Deus mostrou a Daniel que as rédeas da história não estão nas mãos dos poderosos deste mundo, mas nas mãos daquele que está assentado no alto e sublime trono. A história do mundo faz parte dos desígnios do Deus Todo Poderoso, e o futuro da humanidade e dos reinos deste mundo estão sob o Seus Onipresente olhar. Toda honra e louvor sejam dada ao Seu glorioso e bendito nome!

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Elaboração: Luciano de Paula Lourenço – Assembleia de Deus. Disponível no Blog: http://luloure.blogspot.com

Referências Bibliográficas:

Bíblia de estudo – Aplicação Pessoal.

Revista Ensinador Cristão – nº 60 – CPAD.

Roy E. Swim. Comentário Bíblico Beacon. CPAD.

Rev. Hernandes Dias Lopes – Daniel, um homem amado do Céu. HAGNOS.

Severino Pedro da Silva – Daniel (a visão para estes últimos dais). CPAD,

Integridade Moral e Espiritual – Elienai Cabral. CPAD.

Bíblia de Estudo Pentecostal– pg.1258.

FONTE: http://luloure.blogspot.com.br/

sexta-feira, 21 de novembro de 2014

ESCOLA BÍBLICA CPAD AULA 8


Aula 08 – OS IMPÉRIOS MUNDIAIS E O REINO DO MESSIAS

4º Trimestre/2014


Texto Base: Daniel 7:3-8,13,14



“E o reino, e o domínio, e a majestade dos reinos debaixo de todo o céu serão dados ao povo dos santos do Altíssimo; o seu reino será um reino eterno, e todos os domínios o servirão e lhe obedecerão” (Dn 7:27).



INTRODUÇÃO

Nesta Aula estudaremos o capítulo 7, onde é narrada a visão que Deus deu a Daniel sobre o fim dos Impérios mundiais e o surgimento do Reino eterno do Messias. Até o capítulo 6, vimos a parte histórica do livro; agora, nos capítulos 7 a 12, veremos a parte profética.

O capítulo 7 está dividido em duas grandes partes: os versículos 1 a 14 retratam o sonho de Daniel; os versículos 15 a 28, a interpretação do sonho.

Percebe-se que há um paralelo entre o capítulo 2 e o capítulo 7. Estudiosos dizem que o capítulo 2 apresenta um panorama na perspectiva do homem, enquanto o capítulo 7 apresenta uma perspectiva divina do mesmo tema. O capítulo 2 trata da história dos impérios em seu aspecto externo: seu esplendor; o capítulo 7 trata do aspecto espiritual interno: são como feras selvagens.

Daniel 7 trata do desenrolar da história humana até o fim do mundo. Se olharmos apenas para os reinos deste mundo somos o povo menos favorecido da terra, mas se olharmos para o trono de Deus somos o povo mais feliz da terra. Os impérios do mundo surgem, prosperam e desaparecem, mas o Reino de Cristo permanece para sempre. (1)

I. A VISÃO DOS QUATRO ANIMAIS (Dn 7:1-8)



1. A visão (Dn 7:3-15). A visão de Daniel ocorreu no “primeiro ano de Belsazar, rei da Babilônia” (Dn 7:1), ou seja, quatorze anos antes da queda do reino Babilônico. A visão de Daniel revela a ordem das coisas futuras - da época em que o profeta se encontrava, mais de cinco séculos antes do nascimento de Cristo, até os nossos tempos e até o fim da Era gentílica. Da sua perspectiva, rodeado por uma escuridão silenciosa da noite (Dn 7:2), emergiu uma figura violenta e furiosa – tempestuosos ventos do céu, animais rugindo (Dn 7:3) subindo das águas, espalhando-se pela terra, um após o outro. Aqui, Daniel vê a história dos reinos mundiais em terrível convulsão. Todavia, ele olha e vê Deus assentado no trono (Dn 7:9-11). Devemos estar conscientes de que um Dia toda natureza gentílica será extirpada e o reino de Cristo estabelecido para sempre. Os grandes reinos crescem, fortalecem-se, deterioram-se e caem, mas só o Reino de Deus permanece para sempre, conforme Daniel capítulos 2 e 7.

2. Interpretação. “Cheguei-me a um dos que estavam perto e pedi-lhe a verdade acerca de tudo isso. E ele me disse e fez-me saber a interpretação das coisas” (Dn 7:16).

a) “O leão com asas de águia” (Dn 7:4).

O leão (rei dos animais) e a águia (rainha das aves) são símbolos da grandeza da Babilônia. Duas coisas aqui devem ser observadas no texto:

Primeiro, as asas foram arrancadas. Aqui, fala de Nabucodonosor sendo expulso do trono para viver com os animais (ver Dn 4:32).

Segundo, o texto diz que o animal foi levantado da terra e posto em pé como um homem; e foi-lhe dado um coração de homem. Isto se refere o retorno de Nabucodonosor de sua lucidez e da sua conversão (ver Dn 4:32b,36,37).





  b) “O urso” (Dn 7:5).

Aqui, o urso é símbolo do império medo-persa, um império formado pela coligação de dois povos: os medos e os persas. Esse império foi descrito em Daniel 2:32,39.

As “três costelas” que o urso trazia na sua boca, na simbologia profética, significam as três primeiras potências conquistadas pelo Império Medo-persa. São elas: (a) Babilônia; (b) A Lídia, na Ásia Menor; (c) O Egito. Esses três reinos (costelas) fizeram uma coligação pensando suplantar as ameaças do inimigo, mas não tiveram nenhum êxito nisso, pois a conquista por Dario e Ciro dessas nações já estava vaticinada cerca de 80 anos antes, como está descrito pelo profeta do Senhor: "O Senhor despertou o espírito dos reis da Média; porque o seu intento contra Babilônia é para a destruir” (Jr 51:11,29).

c) O leopardo com quatro asas (Dn 7:6).

Esse animal simboliza o império grego-macedônio. Em 334, Alexandre Magno empreendeu sua surpreendente conquista, que em um período de 10 anos o levou a ser soberano de um vasto império.

Alexandre foi educado por Aristóteles. Difundiu a cultura grega entre os povos vencidos. O idioma grego tornou-se conhecido em todo o mundo antigo e veio a ser a língua em que o Novo Testamento foi escrito. Ele fundou a cidade de Alexandria, conhecida mundialmente por sua famosa biblioteca e pelo farol na ilha de Faros, uma das sete maravilhas do mundo antigo.

Observe três destaques importantes no texto de Daniel 7:6.

Primeiro, "e tinha quatro asas de ave nas suas costas". Daniel notifica que nas costas do animal havia quatro asas. Elas representam, sem dúvida, os "quatro generais" de Alexandre que, após sua morte, fundaram quatro realezas. São eles: (a) Ptolomeu; (b) Selêuco; (c) Lisímaco; (d) Cassandro. Em tudo que Alexandre fazia esses generais estavam sempre em evidência. Cada um deles começou por implantar-se na região que lhe fora designada, e não ficaram somente nisso, pois a ambição de glória e de poder, levou-os a lutarem entre si, para novas conquistas.

Segundo, “tinha também este animal quatro cabeças". A cabeça, que é de um animal quadrúpede, está diante de si. Na simbologia profética, isso significa os quatro reinos que estavam por vir. Após a morte de Alexandre, seus quatro generais fundaram quatro reinos dentro da divisão do Império: (a) Egito (Ptolomeu); (b) Síria (Selêuco); (c) Macedónia (Lisímaco); (d) Ásia Menor (Cassandro).

Terceiro, “e foi-lhe dado domínio”. Diz o versículo 6 que o domínio lhe foi dado. Foi Deus quem levantou Alexandre Magno. Deus dirige a história. É Deus quem dá o poder aos poderosos da terra. E é Ele mesmo quem o tira de suas mãos.

d) Uma aparência indescritível (Dn 7:7,8).

Com relação ao quarto animal, Daniel ver um animal espantoso, terrível e sobremodo forte. O que caracteriza esse quarto animal era sua força e poder, ou seja, sua capacidade de destruir. Tinha grandes dentes de ferro; devorava e fazia em pedaços; pisava aos pés o que sobejava. Todas essas características sugerem força e insensibilidade com suas vítimas (Dn 7:23). Esse animal simbolizava o império romano.

e) A ênfase no quarto animal (Dn 7:23-27). O quarto animal torna-se o tópico especial da interpretação do anjo em Daniel 7:15-28. O caráter distintivo dessa fera é o terror que provoca no observador; ele era “terrível e espantoso e muito forte, o qual tinha dentes grandes de ferro, comia e triturava o que encontrasse pelo caminho”.

Em 241 a.C, os romanos derrotaram os cartagineses e ocuparam a ilha da Sicília. Em 218 a.C, as legiões romanas fizeram sua entrada na Espanha. Em 202 a.C, os romanos conquistaram Cartago. Em 146 a.C, eles tomaram a cidade de Corinto. Em 63 a.C, Pompeu ocupou a Palestina. Em 30 a.C, Marco Antônio incorporou o Egito ao território romano. De modo que antes do nascimento de Cristo os romanos tinham praticamente o controle do mundo conhecido.

O império romano experimentou dois séculos de glória e esplendor. Em 476 d.C, os bárbaros puseram fim ao império romano no Ocidente, e, em 1453 d.C, os turcos ocuparam a cidade de Constantinopla, e o império romano no Oriente se desintegrou.

Roma foi o império mais devastador da história do mundo. Era forte (ferro), pela sua força e eficácia administrativa, mas frágil (barro), dada a grande corrupção que ajudou a sepultar “um sonho chamado Roma”. (2)

f) Os dez chifres e o pequeno chifre.

- “e tinha dez chifres (Dn 7:7)”. Esse animal espantoso tinha dez chifres como tinha dez dedos os pés da estátua do capitulo 2. Esses dez chifres na cabeça da fera simbolizam dez reis que “se levantarão” no tempo do fim. Eles não existiram nos dias do Império Romano. Observe bem a frase: “se levantarão”. João, em sua visão na Ilha de Patmos, descreve a mesma coisa em Ap 13:1. O fato de estarem em alinhamento como em alinhamento estavam os dez dedos da estátua do capitulo 2, quer dizer que esses reis escatológicos governarão ao mesmo tempo (Ap 17:12).

- “subiu outro chifre pequeno” (Dn 7:8). Saindo da mesma cabeça e desalojando três das pontas primeiras subiu outra ponta pequena, que é mais devastador do que qualquer um dos seus predecessores. Será um ser humano, dotado de inteligência e sagacidade extraordinárias. Esse chifre torna-se o assunto principal do restante do capítulo 7.

Esse orgulhoso e poderoso ser humano será o Anticristo, que no tempo apropriado aparecerá no cenário mundial. Ele é o homem do pecado (2Ts 2:3,8), a besta que abate três dos dez reis (Dn 7:24). Ele guerreará contra os santos de Deus, vencê-los-á (Dn 7:21,22,25; Ap 13:7) e falará palavras contra Deus (Dn 7:25).

O pequeno chifre é pequeno só no começo (Dn 7:8), mas crescerá progressivamente até distinguir-se como mais robusto que os outros chifres (Dn 7:20). Ou seja, o governo do Anticristo será a expressão mais forte de poder na terra até ser erradicado por Cristo. Ele será o último dominador do mundo. Ele será o último líder mundial. Quando, porém, vier o “Ancião de dias” (Dn 7:9), os santos possuirão o reino (Dn 7:22,27; cf. Ap 11:15-18; 20:4-6). O Anticristo será destruído (Dn 7:11,26) e lançado no Lago de fogo ardente (Ap 19:20), que é o Inferno propriamente dito.

II. O CLÍMAX DA VISÃO PROFÉTICA

1. Tronos, “ancião de dias” e juízo divino ((Dn 7:9-14). “Ancião de dias” é outra maneira de reconhecer que Deus é o Eterno, é aquele que Abraão reconhecia como o “Juiz de toda a terra” (Gn 18:25). Deus é retratado julgando todos os povos e todos os reinos no fim dos tempos. Quando a fúria do quarto animal alcançou seu clímax, Daniel viu tronos sendo estabelecidos, e o “Ancião de dias” toma seu assento de julgamento. Coberto por uma luz inefável, cercado por milhares de milhares que o serviam, o Juiz iniciou o juízo [...] e abriram-se os livros. Esse quadro é claramente refletido em Apocalipse 20:4.

2. O “Filho do Homem” (Dn 7:13,14). "... um como o Filho do homem". Na continuação da visão, Daniel também viu um como “Filho do homem” (Dn 7:13), que vem nas nuvens do Céu e recebe um domínio eterno (Dn 7:14). Todos os povos, nações e línguas tornam-se sujeitos a Ele. A relação dessa visão com a visão de Dn 2:44 é evidente. Ali a pedra que foi cortada da montanha substituiu os reinos (cf. Mt 24:30 e Ap 1:7).

“Filho do homem” é um título que frequentemente é aplicado à pessoa de Cristo (Mt 16:13). Cerca de 80 vezes esta expressão ocorre nos Evangelhos, e 22 destas somente em Apocalipse. Em Ezequiel, a expressão "filho do homem" é empregada por Deus 93 vezes, quando fala com o profeta. Em Ap 14:14, há um quadro sobre o "Filho do homem". Jesus é o "Filho do homem", porque, de um modo especial, Ele é o representante da humanidade perante a pessoa do Pai. Ele é declarado "Filho de Davi segundo a carne" (Rm 1:3). Ele se tornou o "Filho do homem" para que nós, humanos, nos tornássemos filhos de Deus (Jo 1:12). (3)

"... foi-lhe dado o domínio" (Dn 7:14). O domínio e reino do presente texto, para que todos os povos, nações e línguas o servissem, é o estabelecimento do Reino de Deus sobre a terra, que começará com o reino milenar de Cristo (Ap 20:1-6).

3. A Grande Tribulação (Dn 7:24,25). “Os dez chifres correspondem a dez reis que se levantarão daquele mesmo reino; e, depois deles, se levantará outro, o qual será diferente dos primeiros, e abaterá a três reis" (Dn 7:24). “E proferirá palavras contra o Altíssimo, e destruirá os santos do Altíssimo, e cuidará em mudar os tempos, e a lei; e eles serão entregues na sua mão por um tempo, e tempos, e metade dum tempo"(Dn 7:25).

Estes versículos e outros correlatos mostram a ascendência, desenvolvimento e consumação do Império Romano. Mas, a profecia diz que daquele mesmo reino, no futuro, "se levantarão dez reis". Isso significa que durante o período sombrio da Grande Tribulação se levantarão dez reis dentro dos limites do antigo Império Romano. São as dez pontas que João contemplou na cabeça da Besta que subiu do mar (Ap 13:1). Em Ap 17:12, o anjo celestial faz a interpretação para João daqueles chifres, dizendo: "... os dez chifres que viste são dez reis, que ainda não receberam o reino, mas receberão o poder como reis, por uma hora, juntamente com a besta". Esses dez monarcas escatológicos serão dez agentes de Satanás, que, auxiliados por ele, ajudarão o Anticristo em sua política sombria pela conquista do mundo (c/c Ap 17:13).

- “... depois deles, se levantará outro(rei)...” (Dn 7:24). Aqui, refere-se ao “chifre pequeno” (Dn 7:8), que aparecerá depois dos dez chifres (dez reinos ou nações), isto é, no fim desta presente era, na área do antigo império romano. O pequeno chifre, aqui, difere do pequeno chifre de Dn 8:9, que provém do império grego e representa Antíoco Epifânio, uma figura do Anticristo. O pequeno chifre do presente texto provém da besta romana e subjuga três reinos pela força; os demais reinos parecem delegar seus poderes a ele. Ele profere blasfêmia contra o Altíssimo, isto é, o Ancião de dias (cf. 2Ts 2:4). Ele destruirá os santos, mediante perseguições, enquanto tentará mudar os “tempos” (datas para adoração religiosa especial) e as leis de Deus. Continuará a perseguir os santos durante um período de três anos e meio até ser destruído (cf. Dn 9:27; 12:11; 13:5). Como se vê o “pequeno chifre” se identifica perfeitamente com a primeira besta do livro de Apocalipse (Ap 13), que é comumente chamado o Anticristo. (5)

- "tempo, tempos e metade de um tempo” (Dn 7:25). Esse texto aponta, literalmente, o período de tempo em que ocorrerá um grande sofrimento no mundo, especialmente, contra Israel. Será o período quando "o chifre pequeno", e na linguagem do Novo Testamento o "Anticristo", firmará o concerto com Israel por "uma semana" (Dn 9:27). Esse período ganha uma linguagem metafórica quando fala de "um tempo, e tempos, e metade de um tempo"(Dn 7:25). Esse período equivale a "três anos e meio", ou a "42 meses", ou "a 1260 dias" (Dn 12:7; 9:27; Ap 7:14). É interessante notar que a primeira metade dos sete anos - três anos e meio - será de artifícios políticos do Anticristo, simulando um tipo de paz nas relações de Israel com as nações. Nesses primeiros três anos e meio o Anticristo fará acordos com Israel os quais não cumprirá. Nesse primeiro período ele exercerá poder e influência política e econômica sobre Israel. Depois, quebrará o pacto feito e não cumprirá o acordo com Israel e fará pressões e incitará as nações para guerrear contra Israel para destruí-lo.

A Grande Tribulação não será para a Igreja de Cristo. A igreja será arrebatada ao Céu antes da Grande Tribulação, e os mortos em Cristo serão ressuscitados gloriosamente (1Co 15:51,52; 1Ts 4:13-18). Portanto, o Messias virá para Israel e para o mundo, e a igreja não estará na Terra. O Messias virá para cumprir o sonho desejado e profetizado para intervir no "poder dos gentios" sob o comando do Anticristo e assumirá o Reino sobre a Terra. (4)

III. A VINDA DO FILHO DO HOMEM

1. A visão (Dn 7:13,14). "e eis que vinha nas nuvens do céu um como o filho do homem".

Daniel chega ao clímax das visões e revelações. No versículo 13 está escrito literalmente que o Filho do homem "vinha nas nuvens do céu". Esta profecia é repetida em Atos 1:9-11, onde os anjos anunciaram que o Jesus que subiu gloriosamente ao céu haveria de vir. Posteriormente, na revelação que Jesus deu ao seu amado apóstolo João, a mensagem é repetida: "eis que vem com as nuvens, e todo olho o verá, até os mesmos que o traspassaram" (Ap 1:7).

Daniel, em sua visão, viu esse personagem que vinha nas nuvens do céu e se identificava como "o filho do homem", o qual se dirigiu ao Ancião de dias. Não há dúvida que se tratava de Jesus Cristo. Este "Filho do homem" recebeu a concessão de poder e domínio sobre todas as nações para que o servissem, porque o seu domínio seria um domínio eterno que não passaria e seu reino não seria destruído.

Há quem pergunte como é possível determinar que o arrebatamento da Igreja e a segunda vinda de Cristo são dois acontecimentos separados. Podemos responder apontando para as formas como são distinguidos nas Escrituras Sagradas:

ARREBATAMENTO
SEGUNDA VINDA
1. Cristo vem nos ares (1Ts 4:17).
1. Cristo vem à Terra (Zc 14:4).
2. Vem para buscar seus santos (1Ts 4:16,17).
2. Vem com seus santos (1Ts 3:13; Jd 14).
3. O arrebatamento é um mistério, ou seja, uma verdade desconhecida no tempo do Antigo Testamento (1Co 15:51).
3. A segunda vinda de Cristo não é um mistério; constitui o tema de várias profecias do Antigo Testamento (Sl 72; Is 11; Zc 14).
4. Em nenhum momento, as Escrituras dizem que a vinda de Cristo para buscar seus santos é precedida de portentos celestiais.
4. Sua vinda com seus santos será anunciada por vários sinais nos céus (Mt 24:29-30).
5. O arrebatamento é identificado com o Dia de Cristo (1Co 1:8; 2Co 1:14; Fp 1:6,10).
5. A segunda vinda é identificada com o Dia do Senhor (2Ts 2:1-12).
6. O arrebatamento é apresentado como um tempo de benção (1Ts 4:18).
6. A ênfase da segunda vinda é sobre o julgamento (2Ts 2:8-12).
7. O arrebatamento ocorre num piscar de olhos (1Co 15:52), uma clara indicação de que o mundo não testemunhará sua ocorrência.
7. O mundo inteiro verá a segunda vinda (Mt 24:27; Ap 1:7).
8. O arrebatamento parece envolver principalmente a Igreja (João 14:1-4; 1Co 15:51-58; 1Ts 4:13-18).
8. A segunda vinda envolve principalmente Israel, mas também as nações gentias (Mt 24:1-25:46).
9. Cristo vem como a brilhante Estrela da Manhã (Ap 22:16).
9. Ele vem como sol da justiça (Ml 4:2).
10. O arrebatamento não é mencionado nos evangelhos sinópticos, mas João faz diversos alusões a ele.
10. A segunda vinda está presente nos evangelhos sinópticos, mas quase não é mencionado nada em João.
11. Os que forem levados serão abençoados (1Ts 4:13-18). Os que forem deixados serão julgados (1Ts 5:1-3).
11. Os que forem levados serão julgados. Os que forem deixados serão abençoados (Mt 24:37-41).
12. As Escrituras não fornecem um sistema de datação para acontecimento que precederão o arrebatamento.
12. As Escrituras fornecem um sistema de datação complexo para segunda vinda, como 1.260 dias, 42 meses, 3 anos e meio (cf. Dn 7:25; 12:7,11,12; Ap 11:2; 12:14; 13:5).
13. O título “Filho do homem” não é usado em nenhuma passagem que trata do arrebatamento.
13. A segunda vinda é descrita como a vinda do Filho do homem (Mt 16:28; 24:27,30,39; 26:24; Mc 13:26; Lc 21:27).

2. “Os santos do Altíssimo” (Dn 7:18). Na visão milenista e pré-tribulacíonísta, "os santos do Altíssimo" são, indubitavelmente, o povo judeu (Dn 7.21; 9.24; Ap 13.7; 17.6). Israel, durante o milênio, será cabeça das nações. Todos os santos participarão do reino e Jesus estará assentado sobre o trono de Davi e reinará para sempre. Jesus Cristo, "o filho do Homem", reinará literalmente na terra por mil anos.

O milênio não é mera alegoria; será real e literal, quando Jesus Cristo tomar posse do governo do mundo e desfazer o poder da trindade satânica constituída pelo Diabo, o Anticristo e o Falso Profeta.

3. A destruição do Anticristo (Dn 7:26,27). A vitória de Cristo e Seu exército na batalha do Armagedom porá fim ao sistema mundial gentílico que tem governado o mundo desde o início da história humana depois da expulsão do Éden. O sistema político estabelecido pelo Anticristo ruirá por completo e outro deverá ser estabelecido. Ocorre, então, o que foi profetizado por Daniel, ou seja, a pedra cortada sem mão que feriu a estátua do sonho do rei Nabucodonosor (Dn 2:34), pedra que encheu toda a terra (Dn 2:35). Esta pedra é Cristo, que passará a ser, de direito, o Governante de toda a Terra.

No Apocalipse, assim está narrado o fim do Anticristo: "E a besta foi presa e, com ela, o falso profeta, que, diante dela, fizera os sinais com que enganou os que receberam o sinal da besta e adoraram a sua imagem. Estes dois foram lançados vivos no ardente lago de fogo e enxofre"(Ap 19.20). Portanto, o Anticristo e o Falso profeta, na Batalha do Armagedom, serão aniquilados pela espada que sai da boca de Cristo (isto é, por sua Palavra), e serão lançados vivos no lago de fogo e enxofre, que é o inferno propriamente dito (Ap 19:20). É o fim deles.

CONCLUSÃO

Daniel ficou perplexo ao ver essa invasão do mal na história e a devastação que ele opera. Não deveríamos nós também nos alarmar? Não deveríamos ter a mesma sensação de Daniel? Estamos vivendo os últimos dias da Igreja, e não precisa ser teólogo para compreender isso. A terra passa por grandes aflições, e não é nem o início das terríveis catástrofes que virão.

Muitos hoje estão mais preocupados com “o aqui e o agora” do que com o porvir, ludibriados por pregadores materialistas, e esquecem de que Jesus está às portas. Infelizmente estamos vivendo à síndrome da igreja de Laodicéia: materialmente rica, mas terrivelmente pobre no aspecto espiritual. A mornidão nuvea a igreja e empata a visão do sobrenatural de Deus. Muitos, hoje, correm o perigo de serem deixados para trás no dia da Vinda do Senhor Jesus. Precisamos de forma devocional nos dedicar mais à oração e à vigilância. Daniel conclui a visão do capítulo 7 com um gesto de humildade: “Mas guardei estas coisas no meu coração” (Dn 7:28). E nós, o que estamos guardando no coração?

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Elaboração: Luciano de Paula Lourenço – Assembleia de Deus. Disponível no Blog: http://luloure.blogspot.com

Referências Bibliográficas:

Bíblia de estudo – Aplicação Pessoal.

Revista Ensinador Cristão – nº 60 – CPAD.

Roy E. Swim. Comentário Bíblico Beacon. CPAD.

(1) Rev. Hernandes Dias Lopes – Daniel, um homem amado do Céu. HAGNOS.

(2) Ibidem.

(3) Severino Pedro da Silva – Daniel (a visão para estes últimos dais). CPAD,

(4) Integridade Moral e Espiritual – Elienai Cabral. CPAD.

(5) Bíblia de Estudo Pentecostal– pg.1258.

FONTE: http://luloure.blogspot.com.br/

segunda-feira, 10 de novembro de 2014

MORRE MYLES MONROE A ESPOSA E FILHA

Morre em acidente aéreo Myles Munroe e esposa



O acidente vitimou Munroe (60) , a esposa Ruth e  a filha Charis.  O casal tinha mais um filho, Myles Jr. que não estava no acidente. 



O mundialmente conhecido escritor e líder do Ministério da Fé de Bahamas, Myles Munroe, e sua esposa Ruth morreram em acidente aéreo na tarde deste domingo nas Grand Bahamas.

No acidente morreram também a filha do casal, Charis Munroe (O casal tinha mais um filho, Myles Jr.)  e mais seis pessoas. Segundo relatos, o avião particular do pastor se chocou com um grande guindaste de carga em um estaleiro das Bahamas e se despedaçou no pátio em frente. O Lear Jet 36 executivo fazia um curto trajeto entre dois aeroportos locais.

Segundo a versão online do Caribbean News Desk, o choque com o guindaste ocorreu as 17:10h (hora local) quando o jato fazia a aproximação para pouso no Grand Bahama International Airport . A fotografia a seguir foi tirada minutos antes da decolagem do voo fatídico e mostra as pessoas que morreram no acidente.


Na foto, os passageiros e tripulação mortos no acidente. A foto foi publicada em uma rede social minutos antes da decolagem do voo que vitimou Munroe e mais oito pessoas.

O mega pastor Munroe era um dos expoentes do movimento "Palavra da Fé"  e arrecadava fortunas em campanhas, seminários de liderança, venda de livros e aparições em todo o mundo. A audiência presencial de suas palestras motivacionais atingia a marca de   500.000 pessoas por ano.

Munroe esteve algumas vezes no Brasil a foi recepcionado inicialmente, por Robson Rodovalho da Sara Nossa Terra, a quem muito influenciou em seu caminho pela teologia da prosperidade e, num segundo momento, por Silas Malafaia que o recebeu em seus programas e congressos e editou alguns de seus livros no Brasil. Em função disto, as obras de Munroe vendiam muito bem no país.

Em seu perfil do Twitter, Malafaia lamentou a perda de seu parceiro de negócios e amigo.





No mundo, seus parceiros incluíam Benny Himm, Murdock e outros expoentes da teologia da prosperidade.

O ministério de Myles Munroe está organizando entre os dias 10-13 deste mês um fórum mundial de liderança em Freeport, Bahamas onde eram esperadas milhares de pessoas e convidados internacionais, muitos dos quais, já estavam no local no momento da divulgação do acidente. A página do ministério noticiou ontem a noite a morte do líder e informou aos seguidores que o evento iniciando hoje não seria cancelado, segundo a página: "esta seria a vontade do Dr. Munroe". Nesta segunda-feira, a página amanheceu com milhares de mensagem de condolências.






A teologia de Munroe


Munroe colocava ênfase em suas palestras e livros sobre o Reino de Deus e defendia uma escatologia pós milenista, em versão um tanto heterodoxa,  que promovia  o caminho da construção neste tempo de um reino de paz e amor universal, um paraíso na terra, mas em um contexto triunfalista, aos moldas da teologia da prosperidade. 


Destroços no estaleiro de Grand Bahamas
Outros dois  pontos polêmicos dos  ensinos  de Munroe incluíam: (1) uma compreensão de inspiração novaerista propondo a divisão da pessoa do Senhor entre Cristo e Jesus (Em seu livro "como compreender seu potencial", o autor escreveu "Jesus foi a manifestação humana do Cristo celestial" e "Quando queremos encontrar Cristo, Deus nos mostrará a Igreja. Entretanto, nós não podemos aceitar isso, porque acreditamos que Cristo está no céu. Não, ele não está. Jesus está no céu"). A sã doutrina é que em Cristo há uma só pessoa com duas naturezas: a divina e a humana; e (2) a defesa de uma heresia Mórmom acerca da existência humana -"Nós sempre existimos. No estado anterior, éramos invisíveis, mas mesmo assim já existíamos". Coríntios 15:46 refuta esta crença e deixa claro que a existência do homem é primeiro natural; depois  espiritual".

Biografia

Munroe era bacharel em Artes e Educação, belas Artes e Teologia pela Universidade Oral Roberts, grau de Mestre em Artes e Administração pela Universidade de Tulsa e doutor em honorário grau pela Oral Roberts Universidade. Em 1998, recebeu o prêmio de “Oficial do Imperio Britânico” (OBE), que foi outorgado pelo Rainha da Inglaterra e o prêmio Jubileu de Prata (SJA) do Governo de Bahamas, por sua contribuição ao crescimento e fortalecimento de Bahamas. Foi autor ou co-autor de mais de 100 livros, sendo 23 deles com ênfase na autoajuda e no encorajamento. Foi autor de "bíblias de estudo" e escrevia para diversas revistas e jornais.

FONTE: http://www.genizahvirtual.com/