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sábado, 30 de junho de 2012

EBD 3º TRIMESTRE 2012


Lição 1 - No mundo tereis aflições


Lições Bíblicas do 3º Trimestre de 2012 - CPAD - Jovens e Adultos
Título: Vencendo as aflições da vida — Muitas são as aflições do justo, mas o Senhor o livra de todas
Comentarista: Eliezer de Lira e Silva.
Consultor Doutrinário e Teológico da CPAD: Pr. Antonio Gilberto

LIÇÃO 01
No mundo tereis aflições
1º  de Julho de 2012

TEXTO ÁUREO

Tenho-vos dito isso, para que em mim tenhais paz; no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo; eu venci o mundo” (Jo 16.33).– Mesmo em meio à perseguição há uma paz alegre na certeza da vitória em Cristo (Is 9.6; Rm5.1; Ef 2.14; 2Tm 3.12; Rm 8.37; 1Jo 4.4).

VERDADE PRÁTICA
Mesmo sofrendo as consequências da queda, sabemos que Deus está no controle de todas as coisas.

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
João 16.20,21,25-33.

OBJETIVOS

Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
  • Descrever as aflições do tempo presente;
  • Responder “por que o crente sofre?”; e
  • Conscientizar-se de que podemos crescer e desfrutar da paz do Senhor no sofrimento.

Palavra Chave
Mundo: [gr. kosmos, ordem, beleza; do lat. mundus, puro] É a terra e o conjunto de todas as coisas criadas por Deus. Frequentemente é usado para querer dizer a soma de experiência humana na história, ou a 'condição humana' em geral. Especialmente num contexto metafísico, também pode referir a tudo que compõe a realidade.

COMENTÁRIO

introdução
Prezados amigos do Blog Auxílio ao Mestre, pela imensa graça do Soberano Deus, damos início ao terceiro trimestre de 2012 com o tema “Vencendo as aflições da vida — Muitas são as aflições do justo, mas o Senhor o livra de todas”, escrita pelo Pr. Eliezer de Lira e Silva, membro do ministério da IEAD em Curitiba, Comentarista das revistas de Escola Dominical - Lições Bíblicas da CPAD, Bacharel em Teologia, fundador e diretor do Projeto Missionário “Ide e Ensinai” em Moçambique, conferencista na área de liderança ministerial e com casais.
Não são poucas as afirmações equivocadas de que “o crente não sofre neste mundo”. Porém, o Pr Eliezer discorre na presente lição exatamente o contrário daquilo que estão alardeando em nossos púlpitos. A vida que Jesus prometeu aos crentes não é uma vida somente de prazeres, mas Ele avisou que teríamos tribulações (Jo 16.33). A Bíblia mostra que, ao contrário daquilo que muitos andam pregando, exatamente por sermos crentes, enfrentaremos aflições (2Tm 3.12; Mt 10.22; Jo 15.20; At 14.22). Estamos sujeitos aos acontecimentos de ordem natural, econômica e física no mundo que habitamos, os quais não se abatem apenas sobre os ímpios, mas também se sobrepõem aos crentes fiéis. Boa aula!
I. AS AFLIÇÕES DO TEMPO PRESENTE
1. De ordem natural. Presenciamos uma desordem nunca antes vista na natureza. Apesar dos falsos alarmes, não podemos ignorar a devastação provocada pela ação irresponsável do homem. As dores de parto estão se amiudando, ficando mais intensas, mais fortes, mais preocupantes. A Bíblia diz que a criação geme e está com “dores de parto” pelo que o ser humano tem-lhe feito (Rm 8.22). A violência explode em todo o mundo. Violência no trânsito; violência sexual; violência contra a vida; contra a mulher; contra crianças. Milhões de homens, mulheres e crianças obrigados a um exílio forçado pelas circunstâncias, em várias partes do mundo. Tribos em guerra fratricida. Milhares fugindo de ditaduras, de perseguições. Fugindo dos próprios compatriotas, da terra natal, de suas origens. Fugindo sem destino certo, sem rumo. Nas maiores cidades do Brasil as autoridades se declaram incompetentes diante das atrocidades de gangues. São problemas de ordem natural que sobrecaem não apenas aos infiéis.
2. De ordem econômica. Outra aflição que se abate sobre o mundo é a de ordem financeira. A crise econômica internacional empobrece países, nações e famílias. Quantos não deram cabo da própria vida porque, da noite para o dia, descobriram que perderam todos os bens? Em nosso país, milhões de pessoas sobrevivem com menos de um salário mínimo. A pobreza, a fome e a miséria continuam a flagelar vidas ao redor do mundo, inclusive as dos servos de Deus (Mc 12.41-44). As Escrituras apresentam como sendo a nossa porção nesta vida: "Tenho-vos dito estas coisas, para que em mim tenhais paz. No mundo tereis tribulações; mas tende bom ânimo, eu venci o mundo" (Jo 16.33); "Por muitas tribulações nos importa entrar no reino de Deus" (At 14.22); "Para que ninguém seja abalado por estas tribulações; porque vós mesmos sabeis que para isto fomos destinados" (1Ts 3.3). As nossas aflições são determinadas por Deus, com o objetivo de produzirem frutos para o nosso bem e para a Sua glória.
3. De ordem física. Segundo dados da Organização Mundial de Saúde, doenças como câncer, hepatite, hipertensão arterial, depressão e obesidade são consideradas as pragas do século XXI. Essa informação traz-nos algumas indagações: Será que o crente fiel não é vítima de câncer? Ou não desenvolve a depressão e não sofre de hipertensão arterial? Não precisamos de muito esforço para reconhecer que as enfermidades também atingem os salvos e são consequência da queda (Rm 6.23). Mesmo cientes de que as doenças acometem igualmente o servo de Deus, é impossível ignorar que há enfermidades de natureza espiritual e oriundas de práticas pecaminosas (Mt 9.32,33; Jo 5.14,15). Como uma decorrência da queda de Adão e Eva. Embora a Bíblia não discuta claramente a origem do mal, Ela declara a estreita relação entre a queda da humanidade e o advento do sofrimento. Pelo pecado entrou a morte e o sofrimento no mundo (Gn 3.16-19; Rm 5.12). Entretanto, todo sofrimento não nos é causado por estarmos em pecado (Sl 34.19; Pv 11.31; Sl 73.13-15; 44.17-18,20-22), mas por permissão divina, para cumprir Seus propósitos

SINOPSE DO TÓPICO (I)
As aflições do tempo presente são representadas pelas crises de ordem natural, econômica e física. Malefícios que acometem igualmente o servo de Deus.

II. POR QUE O CRENTE SOFRE
1. A queda. O sofrimento é algo comum a todos os homens, sejam ímpios sejam justos. Uma razão para a existência do mal é a queda humana. Deus fez um mundo perfeito (Gn 1.31), mas a transgressão de Adão trouxe a tristeza, a dor e a morte (Gn 3.16-19; Rm 5.12). Por isso, todos estão igualmente sujeitos ao sofrimento (Rm 2.12; 8.22). O crente experimenta sofrimento como uma decorrência da queda de Adão e Eva. Quando o pecado entrou no mundo, entrou também a dor, a tristeza, o conflito e, finalmente, a morte sobre o ser humano (Gn 3.16-19). A Bíblia afirma o seguinte: “Pelo que, como por um homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado, a morte, assim também a morte passou a todos os homens, por isso que todos pecaram” (Rm 5.12). Realmente, a totalidade da criação geme sob os efeitos do pecado, e anseia por um novo céu e nova terra (Rm 8.20-23; 2Pe 3.10-13). É nosso dever sempre recorrermos à graça, fortaleza e consolo divinos (cf. 1Co 10.13).
2. A degeneração humana. Com a queda no Éden, o homem sofreu um processo de degeneração moral, social e espiritual. Tal degradação, observada na vida de Caim (Gn 4.8-16), Lameque (Gn 4.23,24) e de toda aquela geração, levou Deus a destruir o mundo pelo dilúvio (Gn 6.1-7.24). O relato bíblico mostra claramente a corrupção humana e o aparecimento do ódio, da violência, das guerras e de todos os atos que contrariam a vontade divina. Não é exatamente essa a situação da sociedade atual? A humanidade acha-se em franca rebelião contra Deus (Rm 3.23). Certos crentes sofrem pela mesma razão que os descrentes sofrem, isto é, conseqüência de seus próprios atos. A lei bíblica “Tudo o que o homem semear, isso também ceifará” (Gl 6.7) aplica-se a todos de modo geral. Se guiarmos com imprudência o nosso automóvel, poderemos sofrer graves danos. Se não formos comedidos em nossos hábitos alimentares, certamente vamos ter graves problemas de saúde. É nosso dever sempre proceder com sabedoria e de acordo com a Palavra de Deus e evitar tudo o que nos privaria do cuidado providente de Deus.
3. O novo nascimento e o sofrimento. A experiência pessoal e genuína do novo nascimento gera no crente uma natureza oposta a da queda (1 Jo 5.1,19). Entretanto, apesar de ter nascido de novo, o crente em Jesus não deixa de experimentar o sofrimento, pois, como disse Agostinho de Hipona: “A permanência da concupiscência em nós é uma maneira de provarmos a Deus o nosso amor a Ele, lutando contra o pecado por amor ao Senhor; é, sobretudo, no rompimento radical com o pecado que damos a Deus a prova real do nosso amor”. Assim, experimentamos o sofrimento porque habitamos um corpo que ainda não foi transformado, mas que espera a sua plena glorificação (1 Co 15.35-58). O crente também sofre, pelo menos no seu espírito, por habitar num mundo pecaminoso e corrompido. Por toda parte ao nosso redor estão os efeitos do pecado. Sentimos aflição e angústia ao vermos o domínio da iniquidade sobre tantas vidas (Ez 9.4; At 17.16; 2Pe 2.8). É nosso dever orar a Deus para que Ele suplante vitoriosamente o poder do pecado.

SINOPSE DO TÓPICO (II)
A Queda e a degeneração humana são as chaves para se compreender a realidade do sofrimento.

III. O CRESCIMENTO E A PAZ NAS AFLIÇÕES
1. A soberania divina na vida do crente. A soberania divina na existência do crente garante-lhe que os olhos de Deus sondem-lhe a vida por inteiro. Somos em suas mãos o que o vaso é nas mãos do oleiro (Jr 18.4). Por isso, você pode falar como o salmista: “Eu me alegrarei e regozijarei na tua benignidade, pois consideraste a minha aflição; conheceste a minha alma nas angústias” (Sl 31.7). Querido irmão, querida irmã, não se desespere! O Senhor, Criador dos céus e da terra, cuida inteiramente de você e dos seus, porque “a terra é do Senhor e toda a sua plenitude” (1 Co 10.26). Deus pode usar o sofrimento como catalizador para o nosso crescimento ou melhoramento espiritual. (a) Freqüentemente, Ele emprega o sofrimento a fim de chamar a si o seu povo desgarrado, para arrependimento dos seus pecados e renovação espiritual (ver o livro de Juízes). É nosso dever confessar nossos pecados conhecidos e examinar nossa vida para ver se há alguma coisa que desagrada o Espírito Santo. (b) Deus, às vezes, usa o sofrimento para testar a nossa fé, para ver se permanecemos fiéis a Ele. A Bíblia diz que as provações que enfrentamos são “a prova da vossa fé” (Tg 1.3; ver 1.2 nota); elas são um meio de aperfeiçoamento da nossa fé em Cristo (ver Dt 8.3 nota; 1Pe 1.7 nota). É nosso dever reconhecer que uma fé autêntica resultará em “louvor, e honra, e glória na revelação de Jesus Cristo” (1Pe 1.7). (c) Deus emprega o sofrimento, não somente para fortalecer a nossa fé, mas também para nos ajudar no desenvolvimento do caráter cristão e da retidão. Segundo vemos nas cartas de Paulo e Tiago, Deus quer que aprendamos a ser pacientes mediante o sofrimento (Rm 5.3-5; Tg 1.3). No sofrimento, aprendemos a depender menos de nós mesmos e mais de Deus e da sua graça (ver Rm 5.3 nota; 2Co 12.9 nota). É nosso dever estar afinados com aquilo que Deus quer que aprendamos através do sofrimento. (d) Deus também pode permitir que soframos dor e aflição para que possamos melhor consolar e animar outros que estão a sofrer (ver 2Co 1.4 nota). É nosso dever usar nossa experiência advinda do sofrimento para encorajar e fortalecer outros crentes.
2. Tudo coopera para o bem. A vontade de Deus para as nossas vidas é boa, perfeita e agradável (Rm 12.2). O escritor aos Hebreus reconhece que o Senhor, muitas vezes, usa a provação para corrigir-nos e fazer brotar em nossa vida o “fruto pacífico de justiça” (Hb 12.3-11). No exercício desse processo, crescemos como pessoas e servos de Deus, aprendendo na faculdade das aflições da vida. Assim, podemos dizer inequivocamente que “todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados por seu decreto” (Rm 8.28). Finalmente, Deus pode usar, e usa mesmo, o sofrimento dos justos para propagar o seu reino e seu plano redentor. Por exemplo: toda injustiça por que José passou nas mãos dos seus irmãos e dos egípcios faziam parte do plano de Deus “para conservar vossa sucessão na terra e para guardar-vos em vida por um grande livramento” (Gn 45.7). O principal exemplo, aqui, é o sofrimento de Cristo, “o Santo e o Justo” (At 3.14), que experimentou perseguição, agonia e morte para que o plano divino da salvação fosse plenamente cumprido. Isso não exime da iniqüidade aqueles que o crucificaram (At 2.23), mas indica, sim, como Deus pode usar o sofrimento dos justos pelos pecadores, para seus próprios propósitos e sua própria glória.
3. Desfrutando a paz do Senhor. Olhar para o sofrimento e a aflição humana e, paradoxalmente, desfrutar da paz de Cristo, parece-nos loucura! Mas não o é quando entendemos que Deus age segundo o conselho da sua vontade, visando sempre o bem e o crescimento dos seus filhos. O deserto da vida não é percorrido sob a ilusão mágica da “sombra e água fresca”, mas com os pés firmes na realidade desértica do sol escaldante (Rm 5.1-5; Fp 4.7). Nesse interregno, porém, desfrutamos a bondade, a misericórdia e a proteção do Criador dos céus e da terra. Mesmo vivendo em um mundo de aflições, podemos experimentar a paz que excede todo o entendimento e cantar em alto e bom som o coro do hino 178 da Harpa Cristã: “Paz, paz/ gloriosa paz/ Paz, paz/ perfeita paz/ desde que Cristo minh'alma salvou/ tenho doce paz!”. O primeiro fato a ser lembrado é este: Deus acompanha o nosso sofrer. Satanás é o deus deste século, mas ele só pode afligir um filho de Deus pela vontade permissiva de Deus. Deus promete na sua Palavra que Ele não permitirá sermos tentados além do que podemos suportar (1Co 10.13). Temos também de Deus a promessa que Ele converterá em bem todos os sofrimentos e perseguições daqueles que o amam e obedecem aos seus mandamentos (ver Rm 8.28 nota). José verificou esta verdade na sua própria vida de sofrimento (cf. Gn 50.20), e o autor de Hebreus demonstra como Deus usa os tempos de apertos da nossa vida para nosso próprio crescimento e benefício (ver Hb 12.5). Além disso, Deus promete que ficará conosco na hora da dor; que andará conosco “pelo vale da sombra da morte” (Sl 23.4; cf. Is 43.2).

SINOPSE DO TÓPICO (III)
O crente em Jesus pode crescer na graça e desfrutar a paz de Deus em meio ao sofrimento. O Senhor é soberano e tudo coopera para o bem daqueles que O amam.

CONCLUSÃO
Neste mundo, estamos sujeitos às aflições e sofrimentos de qualquer espécie. A vida cristã envolve períodos difíceis e trabalhosos. No entanto, se a nossa expectativa estiver na soberania de Deus e no seu bem, desfrutaremos, mesmo que andemos em aflição, da mais perfeita e sublime paz de Cristo. Que ao longo desse trimestre, o Todo-Poderoso ilumine-lhe a mente e o coração para deleitar-se em sua eterna e maravilhosa graça. Cruzando o deserto do sofrimento, devemos examinar qual é a razão dese sofrimento e ver em que sentido o sofrimento concerne a você. Creia que Deus se importa sobremaneira com você, independente da severidade das suas circunstâncias (Rm 8.36; 2Co 1.8-10; Tg 5.11; 1Pe 5.7). O sofrimento nunca deve nos levar a concluir que Deus não nos ama. Deus dará a graça necessária para suportar a aflição até chegar o livramento (1Co 10.13; 2Co 12.7-10).

N’Ele, que me garante: "Pela graça sois salvos, por meio da fé, e isto não vem de vós, é dom de Deus” (Ef 2.8),
Campina Grande, PB
Junho de 2012,
Francisco de Assis Barbosa,


EXERCÍCIOS
1. O que não podemos ignorar em relação à desordem da natureza?
R. A devastação provocada pela ação irresponsável do homem.
2. As enfermidades como câncer, hipertensão arterial, dentre outras, podem atingir o crente? Por quê?
R. Sim. As enfermidades também atingem os salvos e são consequência da queda.
3. Que tipo de processo o homem sofreu no Éden?
R. Um processo de degeneração moral, social e espiritual.
4. Apesar de nascido de novo, o crente deixa de experimentar o sofrimento?
R. Não. Apesar de ter nascido de novo, o crente em Jesus não deixa de experimentar o sofrimento.
5. Você pode, mesmo no sofrimento, desfrutar da paz do Senhor?
R. Mesmo vivendo em um mundo de aflições, podemos experimentar a paz que excede todo o entendimento.


NOTAS BIBLIOGRÁFICAS
TEXTOS UTILIZADOS:
-. Lições Bíblicas do 3º Trimestre de 2012, Jovens e Adultos, Vencendo as aflições da vida — Muitas são as aflições do justo, mas o Senhor o livra de todas; Comentarista: Eliezer de Lira e Silva; CPAD;

OBRAS CONSULTADAS:
-. Bíblia de Estudo Pentecostal, CPAD;
-. Bíblia de Estudo Plenitude, Barueri, SP; SBB 2001;
-. Bíblia de Estudo Palavra Chave Hebraico e Grego, - 2ª Ed.; 2ª reimpr. Rio de Janeiro: CPAD, 2011;
-. Bíblia de Estudo Genebra, São Paulo e Barueri, Cultura Cristã e Sociedade Bíblica do Brasil, 1999;
-. Bíblia de Estudo Palavra Chave Hebraico e Grego, - 2ª Ed.; 2ª reimpr. Rio de Janeiro: CPAD, 2011;
-. COLSON, C.; PEARCEY, N. E Agora Como Viveremos? 2.ed., RJ: CPAD, 2000;
-. RHODES, R. Por que coisas ruins acontecem se Deus é bom? 1.ed., RJ: CPAD, 2010.

Os textos das referências bíblicas foram extraídos do site http://www.bibliaonline.com.br/ , na versão Almeida Corrigida e Revisada Fiel, salvo indicação específica.
Autorizo a todos que quiserem fazer uso dos subsídios colocados neste Blog. Solicito, tão somente, que indiquem a fonte e não modifiquem o seu conteúdo. Agradeceria, igualmente, a gentileza de um e-mail indicando qual o texto que está utilizando e com que finalidade (estudo pessoal, na igreja, postagem em outro site, impressão, etc.).
                                                                                                             Francisco de Assis Barbosa

domingo, 17 de junho de 2012

ESCATOLOGIA

O PALCO PROFÉTICO



A Montagem do Palco Profético
O presidente russo Vladimir Putin chocou o mundo ao convidar a organização terrorista radical islâmica Hamas para fazer uma visita à Rússia. Putin declarou que a Rússia nunca considerou oHamas como uma organização terrorista. Nem mesmo os franceses chegaram a tanto. A Rússia desenvolve fortes laços de relacionamento com o Irã e a Síria, duas nações islâmicas das mais militantes em sua política contra Israel e os Estados Unidos. Por que razão o incremento de tal relação é potencialmente importante para a profecia bíblica? É importante porque testemunhamos, no atual momento, uma aliança cada vez mais expressiva entre a Rússia e muitos países do mundo islâmico. Futuramente, uma aliança militar exatamente desse tipo entre a Rússia e um grupo de nações invadirá Israel nos últimos dias, segundo consta nos capítulos 38 e 39 do livro de Ezequiel.

Os Críticos

O presidente russo Vladimir Putin chocou o mundo ao convidar a organização terrorista radical islâmica Hamas para fazer uma visita à Rússia.
Não é de se admirar que liberais e descrentes critiquem a profecia bíblica, já que normalmente rejeitam a noção de um Deus sobrenatural e soberano. Entretanto, há muitos críticos dentro da comunidade evangélica que também menosprezam e difamam nossos pontos de vista acerca da profecia bíblica. Bárbara Rossing, uma professora do seminário luterano de Chicago, faz a seguinte declaração sobre nossas perspectivas: “Soa como bíblico, mas é uma estrutura inventada”. Ela persiste em dizer que “distorcemos” o significado de um punhado de versículos bíblicos para justificar uma conjectura teológica fantasiosa”.[1] “Ao que parece, esses entusiastas da profecia não se dão conta do lamentável histórico de muitos ‘especialistas em profecia”’[2] vocifera Gary DeMar, outro crítico da mesma linha de Barbara Rossing.
Será que nossos pontos de vista são apenas invenções elaboradas a partir da leitura que fazemos de jornais e livros de história? Há alguma relação entre aquilo que cremos ser o que a Bíblia ensina sobre esses assuntos e o momento atual em que nos encontramos na história? Será que estamos tão desorientados quanto muitas vezes afirmam aqueles que nos criticam? Eu diria que estamos nitidamente no rastro certo do momento em que a história se encontra no presente e para onde ela se dirige no futuro. Os principais pontos de nossa perspectiva quanto ao que a Bíblia ensina acerca do futuro estão na trilha certa, ainda que algumas das especulações [de pessoas que compartilham nossa posição] sobre nossos pontos de vista estivessem inteiramente equivocadas.

A Montagem do Palco Para a Tribulação

Creio que seja coerente com nossa perspectiva da profecia desenvolver um cenário composto de personagens e eventos. Esse cenário estará no lugar certo naquele momento em que o curso do plano de Deus para Israel for retomado durante a Tribulação, após o Arrebatamento. Ele contempla os acontecimentos atuais como uma montagem progressiva do palco para os eventos do fim dos tempos, ainda que esses eventos não tenham seu início durante a presente era da Igreja. Tal modelo considera o Arrebatamento como um evento iminente (i.e., que pode acontecer a qualquer momento, sem a necessidade obrigatória de que eventos preliminares ocorram), mas ao mesmo tempo crê que já estejamos no final da era da Igreja. John Walvoord fez a seguinte observação:
No cenário mundial da atualidade há muitos indícios que levam à conclusão de que o fim da era [da Igreja] pode chegar em nossos dias. Essas profecias concernentes ao futuro dia de sofrimento de Israel e de sua restauração final podem estar destinadas a se cumprir na presente geração. Na história do mundo, nunca houve uma confluência de tantas importantes evidências da preparação para o fim.[3]
O Arrebatamento pode acontecer a qualquer momento, sem a necessidade obrigatória de que eventos preliminares ocorram.
A atual era da Igreja por via de regra não é um período no qual a profecia bíblica está se cumprindo. A maioria das profecias diz respeito a um tempo posterior ao Arrebatamento, um cumprimento que se verificará durante o período de sete anos da Tribulação. Contudo, isso não significa que, durante a presente era da Igreja, Deus não esteja preparando o mundo para aquele período futuro – na realidade, é o que Ele faz atualmente. No entanto, a montagem do palco não é o “cumprimento” da profecia bíblica. Assim, ainda que a profecia não esteja se cumprindo em nossos dias, isso não quer dizer que não podemos  rastrear as “tendências gerais” na atual preparação para a futura Tribulação, principalmente quando se considera o fato de que a Tribulação se dará imediatamente após o Arrebatamento. A essa abordagem denominamos “montagem do palco”. Assim como muitas pessoas preparam na noite anterior a roupa que usarão no dia seguinte, também Deus agora, em sentido análogo, prepara o mundo para o infalível cumprimento da profecia num tempo futuro.
O Dr. Walvoord explica:
Contudo, se não há sinais para a ocorrência do próprio Arrebatamento, quais são as razões pelas quais crer que o Arrebatamento possa estar particularmente próximo desta geração?
A resposta não se encontra em nenhum dos eventos proféticos preditos para se cumprir antes do Arrebatamento, mas na compreensão dos eventos que acontecerão depois do Arrebatamento. Da mesma forma que a história foi preparada para a Primeira Vinda de Cristo, a história se prepara atualmente para os eventos que culminarão na Segunda Vinda [...] Se for assim, a conclusão inevitável é a de que o Arrebatamento pode estar estimulantemente próximo de ocorrer.[4]

Sinais dos Tempos

A Bíblia apresenta profecias detalhadas sobre o período de sete anos da Tribulação. Para dizer a verdade, os capítulos 4-19 do Apocalipse oferecem um detalhado esboço seqüencial dos principais personagens e eventos daquele período. Se um estudante da Bíblia usar o livro do Apocalipse como estrutura básica, será capaz de harmonizar centenas de outros textos bíblicos referentes à Tribulação de sete anos dentro de um modelo claro que explique o próximo período a ser vivido pelo planeta Terra. Com um molde desses para nos orientar, podemos perceber que Deus já está preparando ou montando o palco do mundo, onde o dramático espetáculo da Tribulação se desenvolverá. Desse modo, aquele período futuro forma sombras de expectativa sobre nossos próprios dias, de modo que os acontecimentos atuais proporcionem perceptíveis sinais dos tempos.
Uma questão a ser lembrada é a de que assim como nos primórdios do cristianismo houve uma transição de instrumento mediador, o qual anteriormente era Israel e passou a ser a Igreja, assim também, ao que parece, haverá uma transição no final da era da Igreja, quando Deus terminar a montagem do palco e der prosseguimento ao Seu plano inacabado em relação a Israel, depois do Arrebatamento. A era [i.e., dispensação] da Igreja nitidamente começou no Dia de Pentecoste. Quarenta anos mais tarde, por ocasião da destruição de Jerusalém em 70 d.C., uma profecia específica relativa ao plano de Deus para Israel se cumpriu historicamente. Esse foi o último cumprimento profético referente à transição de Israel para a Igreja. Durante os últimos cem anos observou-se a ocorrência de fatos que preparam o palco a fim de que os personagens estejam no lugar exato para aquele momento em que, concluída a era da Igreja com o Arrebatamento, Deus retomar o curso de Seu plano para Israel durante a Tribulação.
Uma vez que Israel já é uma nação novamente constituída e, até certo ponto, já tem o controle da Cidade Antiga de Jerusalém, pode-se dizer que esses elementos proféticos já estão no seu lugar e aguardam o desdobramento dos eventos da Tribulação.
Uma vez que Israel já é uma nação novamente constituída e, até certo ponto, já tem o controle da Cidade Antiga de Jerusalém, pode-se dizer que esses elementos proféticos já estão no seu lugar e aguardam o desdobramento dos eventos da Tribulação.
Além do mais, há predições gerais sobre o curso da era da Igreja, tais como a tendência para a apostasia (1 Tm 4.1-16; 2 Tm 3.1-17). Tais predições não têm relação com o momento exato do Arrebatamento, pelo contrário, são tendências gerais que dizem respeito à era da Igreja. O que ainda falta para que um cristão que crê na Bíblia veja o aumento oportuno da apostasia em nossos dias? É importante perceber que quando se fala de uma característica geral como a apostasia, a despeito de quão ruim algo possa ser, sempre pode se tornar um pouco pior ou ir um pouco mais além. Portanto, é precipitado citar características gerais sem que se considerem os indicadores históricos como sinais dos últimos dias. Independentemente do quanto nossa época atual pareça se ajustar a essa tendência, nunca podemos estar absolutamente certos de que não surgirão ainda mais desdobramentos no futuro.

Outras Áreas da “Montagem do Palco” em Nossos Dias

O estudo da profecia bíblica divide-se em três áreas principais: as nações (i.e., os gentios), Israel e a Igreja. As Escrituras apresentam mais detalhes proféticos a respeito dos futuros planos de Deus para Seu povo – Israel. Deus já preparou um maravilhoso e abençoado futuro para os judeus eleitos como indivíduos e para o Israel nacional. Israel é o super-sinal de Deus no fim dos tempos.
Uma pessoa teria de ser totalmente ignorante acerca dos desdobramentos no mundo de hoje para não reconhecer que, através dos esforços da União Européia, o despedaçado Império Romano tem sido ajuntado novamente. Isso está acontecendo, à semelhança de todos os outros desdobramentos obrigatórios da profecia, simplesmente na hora exata de estar no lugar certo para o futuro período da Tribulação. Hal Lindsey comenta:
Há uma geração atrás, ninguém sonharia com a possibilidade de que um império formado pelas nações constituintes da antiga Roma pudesse ser revitalizado [...] Mas hoje em dia, diante do fato de que a Europa começou sua marcha rumo à genuína unidade, vemos o cumprimento em potencial de outra profecia muito importante para a volta de nosso Senhor Jesus Cristo.[5]
Em combinação com os eventos da Tribulação, os capítulos 38 e 39 de Ezequiel demonstram que haverá uma invasão do território de Israel por uma coalizão militar liderada por “Gogue, da terra de Magogue, príncipe de Rôs, de Meseque e Tubal” (Ezequiel 38.2). Chuck Missler chega à seguinte conclusão: “Todos os aliados de Magogue (i.e., da Rússia) são razoavelmente bem identificados e todos eles são muçulmanos”.[6] A Rússia e seus aliados já estão em posição e prontos para um ataque em nossos dias.
Não é surpresa nenhuma constatar que muitas passagens bíblicas destacam o papel a ser desempenhado pela Babilônia no fim dos tempos como inimiga de Deus (Apocalipse 14.8; e os capítulos 17 e 18). “Quais são as placas sinalizadoras específicas que podem servir de indicadores para o mundo quanto ao plano de Deus no fim dos tempos?”, pergunta o Dr. Charles Dyer. “A terceira placa sinalizadora, sem dúvida, é a reconstrução de Babilônia”.[7]
Uma pessoa teria de ser totalmente ignorante acerca dos desdobramentos no mundo de hoje para não reconhecer que, através dos esforços da União Européia, o despedaçado Império Romano tem sido ajuntado novamente.

Conclusão

Há sinais dos tempos que indicam estarmos provavelmente próximos do momento em que a Tribulação terá seu início. Muitos outros sinais poderiam ser considerados. É evidente que hoje em dia vemos os principais personagens do fim dos tempos sendo preparados para seu futuro papel durante a Tribulação, a despeito de tudo o que os críticos digam. Contudo, antes que se abram as cortinas, a Igreja subirá para as nuvens no Arrebatamento. Muito mais do que estar à procura de sinais dos tempos, eu aguardo, dia após dia, o nosso Salvador, que voltará a qualquer momento. E você? Maranata! (Thomas Ice - Pre-Trib Perspectives -http://www.beth-shalom.com.br)




AUTOR: Thomas Ice